10 (Parte Dois) | Aninhando sua Mágoa

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NOTA: Oi pessoal, avisei no prólogo os gatilhos, fiquem atentos.

Por ter uma linguagem muito gráfica coloquei um "[ ! ]" como aviso das falas com descrição de estupro.

BOA LEITURA!!


  Izuna nunca quis tanto morrer quanto naquele momento, e houve muitas vezes as quais ele teve motivo para desejar a morte. Porém com ambas as mãos nos joelhos do irmão, uma visão perturbadora de um parto que não iria acontecer naturalmente, e o peso de outros dois irmãos em suas costas, clamando pelo nascimento do bebê e sobrevivência de Daisuke, Izuna queria apenas e unicamente morrer.

A única coisa que passava pela sua cabeça era como aquilo não devia estar acontecendo, como tudo podia ser diferente. Ele se perguntou: "eu não lhe dei o suficiente?". E Madara o olhava, com aquele misto de desespero e esperança, e sua ingênua experiência com corpos e partos não o deixavam perceber que não havia quaisquer alternativas que no fim Daisuke estaria vivo. Ele olhou para Izuna esperando que ele salvasse o irmão mais velho deles, mas isso estava além da autoridade, capacidade e experiência do pobre ômega.

Mebuki segurava seu ombro, num apoio irracional que segurava Izuna em pé, porém ela não sabia disso. As poucas coisas que disse sobre partos, lembranças vagas das grandes habilidades de sua mãe — que ajudou no parto de todos os filhos de Sakura Senju, os que viveram e os que não. —, ajudavam o ômega mais velho que tentava a todo custo poupar o irmão da morte. Infelizmente, a Haruno não era boa com partos, o único parto que ela vivenciou foi o de sua própria filha, porém isso não a impediu de estar ao lado de Izuna, como a amiga fiel que ela se prova ser desde o começo.

O bebê não iria sair de Daisuke de uma forma natural. Um parto masculino sempre fora mais doloroso e complicado, porém sabendo que o feto estava na posição errada, pois ele devia sair pela cabeça, porém estava com os pezinhos posicionados, era praticamente impossível conseguir tirá-lo dali. Daisuke estava em seu limite de dor, acordado a alguns minutos, mesmo que apenas Izuna percebesse isso, já que o irmão permanecia de olhos fechados e quase imóvel. Sua cabeça escorria sangue e Izuna imaginava que ele tenha tido um fermento grave ali, assim como seu peito, que foi costurado e constatado que não era tão grave de longe. Eles não tinham a opção de abri-lo e saber se havia perfurado algo, apenas fizeram as coisas simples de limpar e suturar. Por isso Izuna temia uma hemorragia interna, que poderia não parecer nada a princípio, porém podia estar matando Daisuke aos poucos.

O Uchiha poderia estar morrendo mesmo que tirassem o bebê, e se não tirassem o bebê agora, eles dois morreriam.

Se ao menos fosse Izuna no lugar dele. Ele desejou que fosse. Que aquele sofrimento eterno acabasse logo e sua vida fosse tirada. Ele pensou nisso um pocado de vezes com Haruaki, desejou, porém, camuflou esse pensamento por Maku, mas agora ele tem Tobirama. Ele desejou morrer, genuinamente, ele quis morrer no lugar de seu irmão e sobrinha.

I-Izuna — chamou, sôfrego e com dificuldade.

— Daisuke. — o ômega respondeu baixo, impossibilitado pelos próprios sentimentos de parecer desesperado. Todo seu desespero estava guardado em sua mente.

— Quanto tempo?

— Cerca de duas horas e meia.

Asahi e Madara não entendiam tão bem sobre o que eles falavam, mas sabiam que não era bom. Um sentimento positivo atingiu Madara ao ouvir a voz do irmão mais velho, porém sumiu com facilidade ao perceber o quão mal ele estava.

— Droga — Daisuke usou de toda sua força para se ajeitar no sofá e colocar a mão na barriga. — existem chances de ele viver? Seja sincero Izuna.

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