De volta

4 2 0
                                    

Cheguei em casa suado, quase às sete da manhã.

Minha mãe já havia saído para trabalhar, e sem sinal de Luisa. Até que eu decidi olhar meu celular. Umas dez mensagens da coroa, e umas vinte de Luisa.

— Que merda.

Pelo conteúdo das mensagens, minha mãe estava me procurando desde que acordou, mas minha amiga disse que aliviou minha barra, dizendo que saímos mais cedo pra ir comprar qualquer coisa. Fiquei embaraçado com a situação. Seria difícil explicar para mamãe. Entretanto, eu ainda tinha uma dúvida sobre toda a situação.

Eu ligaria para Lu, porém ela já estava na escola. Decidi por tomar um banho e ir pra lá mesmo, não importava estar atrasado.

Durante o banho, ainda estava assimilando o que havia acontecido mais cedo. Só neste momento percebi que eu me vi diante do perigo bem antes de ouvir passos, aliás, como o lagarto entrou dentro de um armário fechado? Eu deveria ter ido embora naquele momento. Alguém o colocara ali, e evidentemente deveria ser aquela coisa que presenciei. Aquele monte de sucata, também, não foi jogada ali à toa. De fato, alguém habitava aquela residência e, à julgar pelo andar da carruagem, não deveria ser algo bom.

No fim, me dei conta que fui bobo. Luisa nunca foi para o casarão. Ela fez exatamente o que eu pedi. Me perguntei se foi proposital me avisar que iria, mas fazendo o contrário, ou se eu realmente fui bobo de não mandar uma mensagem sequer antes de sair de casa.

A Casa Velha.Onde histórias criam vida. Descubra agora