𝐌𝐎𝐍𝐄𝐘 - 𝐾𝑜𝑘𝑜𝑛𝑜𝑖 𝐻𝑎𝑗𝑖𝑚𝑒

𝙵𝚘𝚞𝚛

"Mãe".

Era o que estava escrito na tela do celular.

Inspiro o ar que antes expirava, apertei meus dedos no punho, me controlando.

Atendi a chamada e então ouvi a voz alterada da minha mãe pela ligação.

Ligação on

Mãe/[Nome] - Sua vadia de merda! Acabei de receber uma ligação de um professor seu! Que porra foi aquela de querer oferecer serviços sexuais em troca de nota!? Eu não te criei assim!

Espera... Oquê!?

Puta que pariu, que porra é essa?

[Nome] - Eu tenho absoluta certeza que não foi isso que aconteceu. - Tentei manter meu tom de voz mais calmo o possível.

Mãe/[Nome] - Nem tente inventar alguma desculpa esfarrapada! Você quer realmente afundar essa família na desgraça! Volte para casa, já avisei seu pai, vamos ter uma conversinha, ouviu? Agora!

Desliguei a chamada e joguei o celular no mar, totalmente irritada.

[Nome] - Filho da puta! Como ele... Eu vou foder com esse desgraçado.

Frustrada me sentei na beira do mar, abraçando meus próprios joelhos com a cabeça baixa.

Tirei o cigarro da bolsa, com uma lágrima escorrendo por minha bochecha, então o acendi.

Se as coisas continuarem assim, não passo dos 18.

Que assim seja então.

Dei uma tratada, encarando o vazio das ondas agitadas do mar daquela tarde.

O vento batia contra mim, eu o sentia me invadindo enquanto seguia seu caminho.

Soltei fumaça do cigarro, jogando minha cabeça para trás fechando os olhos.

Flashback on

12 anos atrás...

[Nome] - Papai? - Bateu na porta do escritório não obtendo resposta.

Preocupada, a garotinha resolveu entrar, já que a porta não estava trancada.

Ao abrir a porta, avistou seu pai no canto perto da sacada, chorando enquanto fumava.

"Se gostava da vida de solteira, por que caralhos casou?

A filha única franziu o cenho, tentando ver oque estava acontecendo.

Pai/[Nome] - Não devia estar aqui. - Disse tentando regular seu tom de voz e escondendo sua face.

[Nome] - Eu vim chamar o senhor para jantar, pai, sinto muito. - Se chegou em sinal de desculpas e mordeu a bochecha o olhando em seguida.

O mais velho a olhou de relance e tragou seu cigarro, suspirando e assentindo com a cabeça ainda sem a encarar.