Onde Rosalind Delacour não esperava que toda a sua vida virasse de cabeça para baixo apenas por causa de uma viagem ao Egito e um cara que conheceu no bar, mas agora já era tarde demais para se arrepender.
Capa por @s-spiderwho
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1 ano antes
TUDO COMEÇOU QUANDO MEUS AMIGOS decidiram fazer uma viagem para comemorar nossa formatura em Beauxbatons, entre os milhares de destinos considerados, Egito acabou ganhando por apenas um voto de diferença do México, então quando percebi, estava formada na Academia de Magia e minhas coisas estavam em cima de uma cama de hotel no país vencedor.
Eu nunca havia pensado em ir para o Egito, afinal, o que poderia ter de interessante em múmias e pirâmides?
Totalmente sem graça.
Éramos três garotas e dois meninos, nosso pequeno grupo de amigos que vinha desde quando éramos criança, afinal, nossos pais estudaram juntos.
Ser filha do Ministro Francês não era algo legal na maioria das vezes e apenas atraia ainda mais atenção, como se ter descendência Veela não fosse o suficiente. A maior parte das pessoas sempre se aproximou com segundas intenções, seja pela influência da minha família ou pela minha beleza.
Provavelmente se eu não conhecesse meus amigos desde criança, teria passado todo o tempo da Academia sozinha e sem amigos.
Meus amigos haviam me feito prometer que iria curtir aquela viagem sem pensar no amanhã, sem consequências, apenas me permitir, sem pensar muito pela primeira vez na vida. Então quando eles sugeriram ir em um bar, decidi não reclamar e apenas concordar.
Usei um dos vestidos que Sophie havia me feito comprar quando estávamos escolhendo roupas para a viagem, ele era azul escuro e combinava com meus olhos.
Nossa mesa no bar era uma das mais animadas, Oliver estava competindo com Elyna, Sophie estava dançando junto com Timothée. Minha bebida já havia acabado, o que me levou a ir até o balcão do bar e parar ao lado de um garoto ruivo, enquanto esperava para ser atendida.
— Estrangeira?
O ruivo falava inglês, agradeci mentalmente por ter escolhido estudar essa língua há alguns anos e me virei para ele, o observando com mais atenção.
Dizer que ele era bonito era um eufemismo.
— Francesa, estou passando as férias aqui, chegamos ontem — expliquei, tomando cuidado para falar corretamente em Inglês — e você?
Um sorriso divertido surgiu em seu rosto, havia algumas sardas espalhadas pela sua pele, seus olhos eram mais verde do que qualquer coisa que eu poderia imaginar, havia um brinco de garra de dragão em sua orelha e o seu cabelo ruivo era comprido, preso em um rabo de cavalo. Como se tudo isso não fosse o suficiente, ele usava uma camiseta branca com os primeiros botões abertos, uma jaqueta de couro por cima e diversos anéis de prata enfeitaram seus dedos.
