Onde Rosalind Delacour não esperava que toda a sua vida virasse de cabeça para baixo apenas por causa de uma viagem ao Egito e um cara que conheceu no bar, mas agora já era tarde demais para se arrepender.
Capa por @s-spiderwho
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BILL WEASLEY
EU SABIA QUE ROSALIND DELACOUR tinha a tendência de se isolar quando estava chateada, mas já fazia uma semana que a garota simplesmente não dava sinal de vida para ninguém.
Quando o dia de ir buscar Harry Potter chegou e ela simplesmente não apareceu para ajudar, meu coração apertou.
Havia algo errado.
Então eu nem sequer pensei antes de ir até o apartamento dela, junto com Tonks, que parecia tão preocupada quanto. Ao abrirem a porta, senti todo o meu corpo congelar, notando que estava tudo uma verdadeira bagunça e não tinha nenhum sinal dela.
— Porra.
Tonks estava agitada, procurando qualquer mínima pista.
— Pegaram ela — Tonks resmungou — Porque pegariam ela? Rosalind não é a pessoa que se coloca na linha de frente, eles nem deveriam saber que ela existe!
Me apoiei na parede, meu coração batia bruscamente dentro do meu peito e eu nem sequer queria imaginar o que poderia estar acontecendo com ela naquele momento, só o simples pensamento dela sendo machucada, me matava.
— Eles gostam de poder e Rosalind é parte Veela, existe mais poder do que isso? Todos sabem do talento natural dela para cura.
Tonks me encarou.
— Como isso justificaria eles a sequestrarem? Ninguém nunca viu ela usar seu poder Veela ou sei lá.
— Eu não sei!
Ela me enviou um olhar mortal.
— Tudo isso é sua culpa — resmungou, furiosa.
Antes que pudesse responder, algo entrou na minha linha de visão e eu fui até o tapete que havia em frente ao sofá, me abaixando e pegando o fino colar de prata, que tinha um anel que eu conhecia muito bem.
O anel que dei para ela ao final da sua viagem do Egito.
— Não quero nem imaginar o que podem estar fazendo com ela nesse momento — murmurei — precisamos avisar o resto da ordem.
A mulher me encarou.
— Você ao menos se importou, de verdade, com Rosalind, em algum momento?
Encarei a garota, eu sabia o que todos ao meu redor pensavam sobre tudo o que havia acontecido, só que eles não sabiam de tudo.
Rosalind fisgou meu coração no segundo em que entrou naquele bar com seus amigos, eu simplesmente não consegui mais desviar meus olhos dela e não era por causa da sua beleza e sim porque ela tinha algo, uma fome de liberdade e aventura que brilhava em seus olhos. Quando ela se aproximou, não resisti e a única coisa que conseguia pensar era ela.
Só havia uma coisa na minha mente: Rosalind, Rosalind, Rosalind.
Pensei que não passaria daquela aventura de verão, mas então o destino pareceu zombar da gente e quando menos esperava, a encontrei na Copa Mundial de Quadribol, apenas para perceber que aquela garota incrível era filha do Ministro da Magia francês. Parecia que o destino continuava nos unindo e eu não poderia lutar contra aquilo, não conseguia me cansar de tocar em seu corpo, de ouvir sua risada ou simplesmente ficarmos deitados abraçados.
Ela estava se tornando tudo.
Mas ela não demonstrava querer algo a mais do que aquela amizade com benefícios, enquanto eu me encontrava completamente apaixonado. Foi nesse momento que Fleur entrou, no começo, me mantive afastado e apenas auxilie nas coisas do trabalho, mas para todo o lugar que eu olhava, a garota parecia surgir, até que o pessoal do trabalho decidiu sair para beber e depois de muitas doses, a única coisa que eu conseguia ver era a semelhança de Fleur com Rosalind.
Foi um erro e eu sabia, mas Fleur fez questão de ameaçar contar para absolutamente todo mundo que eu havia - supostamente - tirado sua virgindade e a jogado fora como um maldito brinquedo, se eu não continuasse ficando com ela.
Quando após a batalha do Ministério, Rosalind se declarou, senti meu mundo despedaçar.
Depois disso, tudo só piorou cada vez mais.
— Me importei mais do que imagina — sussurrei.
Na primeira lua cheia após o ataque, Rosalind era absolutamente tudo que eu necessitava, era como se fosse enlouquecendo se não a encontrasse, tocasse, sentisse o seu cheiro...
Eu precisava dela tanto quanto precisava respirar.
Tonks suspirou.
— Vamos, precisamos contar aos outros.
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NÓS NÃO TIVEMOS NOTÍCIAS DE Rosalind, mesmo que uma incrível força tarefa houvesse sido montada na Ordem.
Meu coração doía sem notícias dela.
Tudo parecia cada vez pior e para a minha surpresa, até mesmo Fleur parecia abalada e preocupada com a irmã, deixando toda a futilidade, birras e competições (competição que ela mesmo havia criado dentro da sua cabeça).
Encarei fixamente a pequena foto Polaroid, Rosalind sorria para as pirâmides comigo a abraçando.
Como as coisas se tornaram assim?
Charlie entrou no quarto e me encarou, parecendo frustrado.
— Não encontramos nada — resmungou — Eles sumiram com ela e a gente nem sabe se ela ainda está...
O encarei, percebendo que ele se recusava a usar a palavra morta, como haviam sugerido durante a última reunião da Ordem. Eu entendia o que ele estava sentido, pois me recusava a acreditar que Rosalind não estava mais viva.
A gente ia encontrar ela.
Larguei a foto e passei as mãos pelo rosto, frustrada.
— Ela não está... Você sabe — resmunguei, levantando do chão — Vamos encontrar ela.
