capítulo VI _ verdades

7 2 0
                                    

  Eu mexia constantemente  no cabelo e algumas pessoas, observavam de banda,  a crise de ansiedade  não   havia rolado graças a deus, mas a preocupação  estava a nível cem.

  Desinqueta, me levantei, o hospital não  ficava tão  longe da minha casa, o jeito era ir andando por que aquela  altura, Judite não  estava  em condições, e  eu nem mesmo Sabia onde ela estava,  e se tinha sido guinxada, do local.

  Eu segui pela cidade dentro de alguns minutos pouco menos de uns 40  cheguei em meu apartamento, bom não  era o melhor, mais eu estava sendo bancada pelos meus pais, o fato de eu não   ter que pagar o aluguel era totalmente favorável,  ja que era papai quem pagava, subi as escadas lentamente  e bem cansada a propósito, porque o único elevador estava com defeito, tudo por culpa de Cleide  a síndica do prédio.

  Caminhei pelo corredor até o fim do mesmo onde a porta de número quatrocentos e oito me esperava intacta,  e da mesma forma de quando eu havia saído, Abaixei, e ao levantar o tapete  com um bem vindo estampado  no centro, vi que se encontrava a chave de acesso a minha doce e humilde  residência. Ao entrar percebo que as louças ainda se encontram todas sem lavar na pia, enquanto  as várias roupas estão  espalhadas pelo chão, caminho até o centro, e reviro uma das pilhas até encontrar uma pequena bolsa, e retirar de dentro meu telefone  celular, disco o número de papai.

— alô pai, sou eu, tem como me arrumar grana pro táxi? - a típica filha pidona prazer eu.

— como assim grana pro táxi?  Jade Alencar, tem ideia do quão preocupado fiquei quando soube do acidente.- ele estava nervoso, só dizia meu sobrenome quando estava puto da vida comigo, mas também como estaria preocupado se nem foi me visitar no hospital.

— pai, eu, eu precisava chegar a tempo a formatura, e vai se tivesse  mesmo tão  preocupado, tinha ido me visitar coisa que não  fez. - quando vi já tinha escapulido,  e eu sabia o enorme discurso de moral que viria a seguir.

— ESCUTA AQUI MININA, EU E SUA MÃE ESTAMOS TRABALHANDO DIA E NOITE PRA PAGAR O SEU ALUGUEL  E POR COMIDA EM SUA MESA, E É ASSIM QUE VOCÊ NOS AGRADECE? DIZENDO QUE NÃO  NOS IMPORTAMOS?, FRANCAMENTE ESSA NÃO  FOI A EDUCAÇÃO  QUE EU TE DEI, SE QUER MESMO DINHEIRO PRO TAXI POIS TRATE DE TRABALHAR.-  ele desligou na minha cara, eu não  acreditava que ele fez aquilo comigo.

— pai, papai? Mas que droga.- bati o telefone  na mesa enquanto levava as mãos a cabeça pensando no que eu faria agora.

Sentei na poltrona de coro ali quase toda rasgada, e me peguei olhando para o tempo, preciso conseguir saber da Margô, até que lembrei da fábrica Corp roups eu podia ir até lá, assim ficar sabendo o endereço  de Margô.   Joguei  a bolsa de lado, abri novamente a porta e desci as escadas até Persival  nosso porteiro, conversei com ele dizendo ser uma emergência, e pedi seu carro emprestado  um Fiat 2005 vermelho,  coloquei a localização  no meu celular, e dirigi em direção  a tal fábrica, se era certo Persival  confiar em mim, eu não  sei mas eu precisava mesmo saber oque estava rolando.

Depois de virar algumas esquinas cheguei na fábrica, e desci do carro, para meu azar o prédio estava fechado, mas havia alguém na recepção, eu acenei  para a pessoa que se levantou e veio de encontro a mim, era um homem alto bem vestido e portado, eu expliquei  a ele que precisava encontrar Margô  que trabalhava ali mas para minha surpresa surgiu mais um emprevisto.

— não  tem como sua amiga trabalhar aqui, não existe mais a Corp roups essa fábrica fechou ano retrasado.- e mais uma vez minha cabeça pareceu explodir, oque estava acontecendo  será que sonhei com tudo? Será que a enfermeira estava certa  e tudo era um efeito dos medicamentos.

O homem, concordou em me ajudar ligou para o antigo dono da fábrica, para pedir o endereço  de Margô, e logo em seguida me transferiu agradeci e  joguei novamente no GPS, e digiri cidade afora.

ROTA 55 (CONTO)Where stories live. Discover now