Meu doce anjo caído [FAMÍLIA BELLEROSE]🥀

Capítulo Dezessete🥀

                  ● Damon Bellerose ●

   O carro balançava e seguia a estrada de pedra, rumo a casa da minha nova família. Enquanto o carro se mantinha em um silêncio que não me incomodava, eu estava ocupando minha mente apenas observando as gotas de chuva que caíam forte na janela.

— Está tudo bem, querido? — A mulher de cabelos castanhos escuros e de olhar carismático e doce me pergunta em um tom de voz preocupado. — Está passando mal?

   Apenas nego com a cabeça, ainda não me sentia totalmente confortável em falar com ela, nem com o homem a frente que observava a nossa pouca interação com um olhar cuidadoso e criterioso.

— Dê o tempo dele, Ma rose. — Fala com seu tom de voz grossa, e a mulher ao meu lado apenas me olha, suspirando e concordando.

   Era estranho estar com duas pessoas que eu mal conhecia, e agora me acostumar a chamá-los de mãe e pai.

   Não estava triste, pelo contrário, estava muito contente de me livrar da minha antiga família, e daquele orfanato desprezível,  mas eu ainda estava inseguro. Com medo de ninguém me aceitar, e desprezar, como meus pais biológicos faziam.

— Estou tão animada! Seus irmãos vão te adorar. — A mulher que eu sabia que se chamava Lisandra, fala entusiasmada. — Bella e Delilah sempre me perguntava sobre você, nesses meses de adaptação.

— Elas me conhecem? — Pergunto baixo, ainda olhando a janela.

— Todos te conhecem, sempre enviávamos notícias suas. — Agora quem falava era Ariel, marido de Lisandra.

— São quantas pessoas?

— A partir de agora você terá cinco irmãos e três irmãs. — Lisandra fala e eu arregalo os olhos olhando para ela.

— Muitas crianças, não é? — Ariel pergunta divertido, ouvindo a risada da sua esposa, e eu concordo, ainda tentando assimilar isso tudo.

— Eles estão me esperando? Eles querem me conhecer de verdade? — Essa notícia tinha me animado, nunca tive irmãos, nem irmãs, minha antiga família era composta apenas pelo meu pai e minha mãe. E estava longe de ser uma família feliz e unida.

— Sim, querido. Todos nós estamos ansiosos para conseguir finalmente ser uma família completa.

   Encaro ela, que sorri abertamente. Lisandra parecia ser o tipo de mãe cuidadosa, amorosa e protetora. Volto a encarar a janela agora com um pequeno sorriso, ansioso para chegar na minha nova casa.

   Um tempo se passa e sem perceber eu adormeço com o balançar do veículo, e sou despertado com alguém passando a mão suave em minha testa e chamando meu nome.

— Damon, já chegamos. — Abro os olhos, coçando em seguida me espreguiçando, ouvindo uma voz suave que só podia ser de Lisandra.

   A porta se abre, e um homem que parecia ser um segurança me dá espaço para que eu pudesse descer.

  Quando já estou do lado de fora do carro, reparo na grande entrada da mansão, que era enfeitada com diversas luzes, e a cada lado da escada de cinco degraus tinha um canteiro de rosas vermelhas que tinha uma aparência muito bonita. Ouço o carro se partir atrás de nós, fazendo eu olhar na direção em que ele ia, e vejo um chafariz branco com três andares e algumas velas estavam acesas enfeitando a borda, e também era rodeado por rosas.

   Começo a andar ao lado da mulher que eu teria que me acostumar a chamar de mãe, enquanto eu estava olhando tudo ao redor, com um olhar maravilhado, e assim reparo que Ariel não estava conosco.