Não envergonhe a família.

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"Sei quem sou, mas prefiro não te contar;
Os meus sentimentos, escolhi não demonstrar;
As minhas opiniões não irei defender...
Para te poupar ou me proteger?"

— Rafaela Anela

– Filhinhas, ainda vão continuar dando esse gelo na gente? – a garota foi tirada dos pensamentos com a voz de sua mãe

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– Filhinhas, ainda vão continuar dando esse gelo na gente? – a garota foi tirada dos pensamentos com a voz de sua mãe. A qual até então tentou ignorar olhando pela janela do carro o céu nublado que se fazia lá fora.

– Tropeço? Pode lembrar aos nossos pais que não estamos falando com eles. – sua irmã respondeu, se virando para o homem que apenas resmungou de volta.

– Eu prometo, minhas víborazinhas, vocês vão adorar Nunca Mais! – disse seu pai, tentando animar as garotas. – Não vão, Tish?

– Claro que vão. É a escola perfeita pra elas. – a mãe olhou para as duas filhas.

– Por quê? – perguntou a garota que ainda não havia se pronunciado.

– Porque foi a escola perfeita pra você? – Wandinha  perguntou ríspida. – eu não tenho nenhum interesse em seguir os seus passos. Ser capitã da equipe de esgrima,

– Rainha da formatura sombria. – estremeceu por dentro com o pensamento.

– Presidente da sociedade espírita. – wandinha continuou.

– Mas eu só quis dizer que finalmente vão estar entre colegas que vão entendê-las. – a mãe olhou de Wandinha para a garota e depois para a irmã novamente. – Quem sabe até façam amigos. – sorriu.

– Nunca Mais, não é um internato qualquer. É um lugar mágico. Foi onde conheci a mãe de vocês. E nos apaixonamos. – a garota viu seu pai olhar profundamente a sua mãe, que correspondeu o olhar apaixonado. Se aproximando em um tipo de transe.

– Estão nos deixando enjoadas. Não de um jeito bom. – a irmã interrompeu os pais, as salvando do inferno de corações.

– Filhinha, não fomos nós que as fizemos serem expulsas. – Mortícia disse, encarando agora as filhas gêmeas não idênticas. – A família do garoto ia prestar queixa de tentativa de homicídio. Como as fichas de vocês iriam ficar?

– Terrível. Todos saberiam que não terminamos o serviço. – a garota respondeu, a irmã concordando com ela com o olhar.

– Hm. – a mãe respondeu por fim.

– Ah, pelo menos está ficando um lindo dia. – a mãe disse, olhando pela janela o céu cada vez mais nublado, com nuvens de tempestades.

A garota observou a imagem de um castelo, daqueles de filmes de terror, aparecer em seu campo de visão.

Aquele seria um longo semestre. E ela não tinha um bom pressentimento.

Desde os dez anos, a garota aprendeu que é bom confiar em suas intuições.

América Addams - Xavier ThorpeOnde histórias criam vida. Descubra agora