América Addams
Descobrir seus próprios segredos se tornou mais difícil do que imaginava. Seus ancestrais a assombravam com o seu passado, presente e futuro. A Addams com sentimentos, desejos e sonhos, todos sendo reprimidos por querer aceitação. Tud...
"As melhores amizades são compostas por adolescentes com sérias tendências suicidas"
— Uma melhor amiga drogada por aí.
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A feição de preocupação logo foi instalada em América, trêmula ela digitou os números na tela e esperou nervosa e ansiosa, que Amélia atendesse a droga do celular.
"Oi?" Ela ouviu a voz familiar da prima do outro lado da linha.
– Como assim Marcel sofreu um acidente? – Perguntou histérica.
"Ele bateu em um carro na rodovia, teve ferimentos leves, fica calma, ele tá bem. Só deslocou o ombro." A garota soltou um suspiro audivelmente aliviado, agora o alívio foi substituído por um humor possesso.
– E você simplesmente acha que é uma boa ideia simplesmente falar que ele sofreu um acidente e mais nada?! – perguntou irritada.
"Eu estava digitando a próxima mensagem quando você ligou, não tenho culpa de digitar devagar. Achei melhor que você soubesse por mim do que pela mamãe, ela fez cena atoa." Disse em tom descrente.
– E como ele tá?
"Papai é dramático, mas está vivo. O ombro já tinha sido colocado de volta quando chegamos na emergência, ele tá em observação até de manhã, e possivelmente, ganha alta na hora do almoço." Informou.
– Nunca mais me passe um susto desse. Fala pra ele que eu mandei melhoras. Te ligo outra hora, tenho que ver onde minha irmã está agora. – ela ouviu uma despedida da prima e desligou o celular respirando fundo.
Ela iria esbofetear Amélia uma hora dessas.
Ela ia caminhando entre as grandes árvores, apreciando o silêncio e a calmaria das folhas aos seus pés. Algo que não foi duradouro.
Uma dor dilacerante atingiu a sua cabeça junto com flashbacks da morte de Rowan, estava tendo um episódio de descontrole mental, ela se apoiou em uma árvore e recostou-se nela.
A falta de ar foi a próxima, ela teve de abrir a boca em busca de ar, sua frequência cardíaca aumentava e seus pulmões ardiam. Ela encolheu as pernas, as abraçando junto ao corpo. Sem nem mesmo perceber, lágrimas já caíam por suas bochechas.
Ela nem mesmo sabia o porque chorava, ou porque faltava ar ao ponto de seu corpo começar a tremer, por deuses, ela só queria Salem ali, mas nem mesmo forças tinha para chamá-lo.
Passos apressados e ligeiros se aproximaram dela, uma mão tocou seu ombro.
– Hey... garota... olha pra mim... – a voz pediu, América não conseguiu falar nada a não ser um resmungo de "vai embora", a figura provavelmente a ignorou.
– Eu não vou embora, a menos que você olhe pra mim agora eu não vou sair daqui. – disse firme, América reconheceu ser uma voz masculina.
Ela levantou a cabeça, sua visão estava embaçada pelas lágrimas, mas viu um garoto, com uma toca na cabeça. Se América já estava ruim, agora, ela estava se sentindo ridiculamente vulnerável.