Presentinho.

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"Não me cante canções do dia, pois o sol é inimigo dos amantes. Cante as sombras e a escuridão, cante as lembranças da meia-noite."

Safo

– Tá gostando de Nunca Mais? – o menino perguntou enquanto pintava

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– Tá gostando de Nunca Mais? – o menino perguntou enquanto pintava.

– Não.

– Sério? – ele duvidou. – Você vai gostar, pessoas como nós nos damos bem aqui.

– Pessoas como minha querida mãe se dão bem aqui. E para meu azar ou minha sorte, eu não sou como ela. – respondeu.

– Se você tentasse ser flexível com isso, talvez gostasse daqui.

– Eu já tenho uma mãe e uma terapeuta, é tortura o suficiente. – a garota bufou. Ela lavou o pincel em um pote d'água e se virou para o garoto. – Me passa o azul.

Ele olhou para a lata de tinta e olhou para a garota, pegou e entregou a ela.

– Prefere azul ou verde? – puxou conversa.

– Preto.

– Não era uma das opções.

– Eu não ligo. – respondeu simples. – Você já terminou com o branco? Eu quero retocar aqui e...

Ela havia se virado para o menino e ele fez o mesmo, só tinha um pequeno detalhe, estavam um ao lado do outro e diferente da garota ele se virou com o pincel com tinta branca levantado na altura do rosto da menina.

América sentiu algo gelado passar em seu rosto e fechou as pálpebras pra proteger os olhos. Alguns segundos de silêncio e olhos fechados e ela ouviu a risada alta do garoto.

– Desculpa foi sem querer, eu juro! – disse com dificuldade em meio às risadas.

– Pare de rir, agora. Se não eu vou adicionar mais um homicídio na minha ficha escolar. – as risadas cessaram e ela abriu os olhos, vendo Xavier segurar o riso.

– Olha, é sério foi sem querer. Eu sou inocente. – ele se defendeu, América tirou o excesso de tinta branca de sua testa e bochecha.

– Claro, Senhor inocente. – disse, ela ergueu pincel e espirrou a tinta azul no rosto do garoto. – Não vai se importar se eu fizer isso.

– Tá bem. – se conformou, e pegou um pano limpo e tirou a tinta do rosto dele. – Estamos quites.

A garota concordou e olhou ambas as mãos antes limpas agora eram manchadas com azul e branco. Ela se assustou e deu um passo para trás quando sentiu algo encostar em seu rosto.

Ela ergueu o olhar, encontrando o garoto com o pano próximo a sua pele, ele se aproximou de novo, dessa vez devagar.

Ele passou o tecido de forma delicada em seu rosto, limpando as partes sujas. A garota travou o olhar em seu rosto, avaliando seus olhos verdes concentrados no que estava fazendo.

América Addams - Xavier ThorpeTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang