Lágrimas de uma insensível.

134 14 1
                                    


"Queria demonstrar realmente o que eu sinto, mesmo sabendo que os sentimentos não precisam serem demonstrados para serem verdadeiros..."

— Aline Sormani

– Olha pra vocês, minhas armadilhas mortais! – seu pai as abordou assim que chegaram ao lado de fora, já vestidas com os uniformes

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

– Olha pra vocês, minhas armadilhas mortais! – seu pai as abordou assim que chegaram ao lado de fora, já vestidas com os uniformes. – Ver vocês nesse uniforme trás lembranças muito terríveis. Não é mesmo, Tish? – se aproximou ficando no meio das duas.

– É... Porque meus meninos não esperam no carro? Eu preciso de um momentinho com elas. – ele as abraçou levemente e se afastou.

Feioso foi na direção de Wandinha a abraçando forte, mesmo sem a mesma retribuir.

– Feioso,você é mole e fraco. Nunca vai sobreviver sem a gente. Te dou dois meses no máximo. – disse fria. E ele se afastou.

– Também vou sentir saudade. – respondeu cabisbaixo. Ele olhou para a outra irmã, a qual tinha um olhar mais ameno no rosto.

Ele se aproximou e a abraçou. Wandinha não prestou atenção nos dois. Não viu que, diferente dela, ela havia retribuído o abraço e beijado o topo da cabeça do irmão.

– Vou sentir sua falta, Feioso. Se cuida. – disse ainda o abraçando.

– Também vou sentir sua falta, Ames. – se afastou sorrindo triste. O sorriso a qual foi retribuído no tempo médio de dois segundos.

Ele se virou, e América virou o rosto para o lado, levantando a mão e limpando uma lágrima que se recusou a ficar em seu olho.

Sua carranca rotineira logo tomou lugar novamente.

Eles entraram no carro e a mãe começou a se aproximar.

– Qualquer plano que vocês tiverem bolado para fugir, acaba agora mesmo. – sua voz era baixa e firme. – Alertei toda família para me avisar assim que vocês obscurecerem a soleira da porta deles. Vocês não tem pra onde ir.

– Como sempre, você nos subestima, mamãe. – América a olhou.

– Nos vamos escapar dessa penitenciária educacional, e você nunca mais vai saber da gente. – a irmã roubou as palavras de sua boca. A fazendo concordar.

– Vocês são meninas brilhantes, mas as vezes vocês mesmas se atrapalham. Com certeza vocês vão adorar Nunca Mais. E achar que ela muda vidas como eu achei.

América viu a mãe mexer as mãos, segurando dois objetos, cordões.

– Eu comprei uma coisinha pra vocês. – ela mostrou um dos colares. – W... – virou o pingente. – M. Nossas iniciais. – disse a Wandinha. Então ela pegou o outro colar e mostrou um tipo de medalhão com uma rosa estampado em cima. – São feitos de obsidiana, que os sacerdotes astecas usavam para conjurar visões. O medalhão, – começou. – era de América Frump. Vai te ajudar quando a hora chegar.

América Addams - Xavier ThorpeWhere stories live. Discover now