Capítulo 17

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ELA COMEÇOU a chorar, apanhou sua bolsa e correu pelo estacionamento a fora. Apanhei minhas coisas, abri a porta do carro e joguei tudo no banco de trás, liguei o carro e fui atrás dela.

— Senhorita, entre no carro.

— Não se incomode, senhor Parker, estou indo para o hotel...

— Gabrielly, isso não está em discussão, entre no carro! - falei firme para que ela deixasse de teimosia e entrasse no carro, não era hora para aquilo — Aquele cara ainda pode estar por perto.

Ela olhou para os lados como se quisesse confirmar o que eu havia dito, e acabou cedendo e entrou no carro.

Dirigi o mais rápido possível, dentro do limite de velocidade, não queria ganhar uma multa, menos ainda arriscar nossas vidas. Quando chegamos à suíte presidencial, Melissa estava em companhia da babysitter que o hotel oferecia a clientes especiais ou por contrato, Gabrielly não sabia disso, foi mais uma mentira que o Peter contou a ela, disse que era uma cortesia do hotel. A Mel ficava com a babysitter até a Gabrielly voltar da faculdade, não era todos os dias já que a Fabrícia cobria alguns dias, quando não estava trabalhando.

Sentei-me no sofá e a Gabrielly foi apanhar coisas para limpar os machucados no meu rosto, fora as partes raladas devido a queda quando o idiota me julgou no chão.

— Senhor Parker, vai arder um pouco - me senti especial, era como se minha mãe estivesse cuidando dos meus machucados quando eu voltava do colégio com machucados feitos pelo Toddy e sua turma. Porém, aquilo ardia pra caramba, acabei não sendo tão forte assim e gemi — O que foi?

— Arde, mas ouvir você continuar a me chamar de senhor Parker, sendo que estamos fora da empresa, arde ainda mais.

Vi um sorriso tímido em seus lábios, o que me fez lembrar de mim, quando era mais jovem e estava interessado na Olga, eu sempre ficava tímido, será mesmo que ela tinha interesse em mim?

— Tio Raffa, você se machucou? - perguntou a Mel se aproximando da gente.

— O tio Raffa precisa de cuidados, Mel, deixa a mamãe cuidar dele, está bem?

— Tá bem.

Ela tem uma mão muito delicada e suavemente ela limpava o canto de minha boca, embaixo do meu nariz, ela estava tão próxima... Enquanto ela limpava meu rosto, eu estava admirando os seus traços, seus olhos e de repente nossos olhares se cruzaram, eu nem sentia mais o ardor ou o toque de sua mão, estava tão suave e delicado que parecia mais um carinho. Mantive meus olhos presos nos dela e senti sua respiração ficar acelerada.

— Mamãe...

Gabrielly desconectou seu olhar do meu, colocou a gaze na minha mão e foi ver o que a filha queria, eu fiquei olhando aquela gaze e imaginando como seria ter alguém para cuidar de mim, para me esperar em casa, para me olhar com tanta admiração como ela me olhava. Levantei e coloquei a gaze num cantinho na ponta da mesa de centro.

𝙼𝚛. 𝓟𝓪𝓻𝓴𝓮𝓻  - Spin-off do Livro 3 da Trilogia: POR QUE NÃO?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora