Cuidado Com Seus Desejos

Consequências

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Sentada no chão do quarto, Evie se pôs a chorar. Como ela havia se metido nessa situação? Como ela iria sair de tudo isso? É certo que ela estava em algum universo alternativo? Ou tudo isso era real? São perguntas que ela não sabe das respostas. Mas ela sabia que queria que tudo voltasse como era antes. Não queria ficar ali. Só então, uma ideia surgiu em sua cabeça. Talvez um mestre de magia poderia ajudá-la e tirá-la dessa situação. Infelizmente, Evie não era avançada. Ela nem saberia por onde começar. Entre seus pensamentos, percebeu que sua melhor opção era seu tio Rumple. Seria difícil explicar se naquele situação ele ainda era seu tio, além que a árvore genealógica da família era complicada.

Decidida e agarrando essa ideia, ela se levanta e seca suas lágrimas. Era hora de agir. Não poderia ficar presa no minúsculo quarto lamentando consigo mesma, as coisas não se resolveriam nunca. Ela tinha um plano, então se concentrou em encontrar Rumplestiltiskin e sabia exatamente onde ele poderia estar.
Rapidamente, procurou por uma roupa adequada e caminhou a porta da frente do pequeno apartamento.
Andou em passos leves na tentativa de sair sem chamar atenção, mas fora descoberta por uma voz.

— Ei, espere! Vai sair sem tomar o café da manhã? - Marian perguntou.

— Não tenho fome. - ela grita de volta para Marian enquanto passa pela porta. Do lado de fora, Evie olhou ao seu redor. Ela estava em um bairro de baixa renda de Storybrooke.

Caminhou daquele bairro até a rua principal onde situavam as lojas da cidade. Ela estava cansada. Demorou alguns minutos, mas finalmente ela avistou a loja de Gold. Seguiu em direção a entrada da loja de penhores enquanto recuperava o fôlego. Adentrou o local e ficou contente de ver que tudo ali estava do mesmo jeito. A loja ainda estava em uma perfeita bagunça.

— Olá? - Evie gritou, mas não houve respostas. — Rumplestiltiskin? - ela olha ao redor da loja, mas não encontra quem procura, então se vira para a porta. Ao se virar, não pôde conter seu grito assustado ao ver o homem que procura diante dela. — Você me assustou! - suspira enquanto olha para o velho. Ele parecia exatamente o mesmo.

— Essa é minha loja, pequena Evie. Espera que eu estivesse aonde senão aqui?

— Não... Eu estou a sua procura. Preciso de sua ajuda!

— Minha ajuda?

— Sim... - Evie respirou fundo antes de falar. — Isso vai soar muita loucura, mas...

— Você não está gostando da sua nova família? - o velho a interrompeu com um sorriso. Suas palavras deixou Evie confusa.

— Como... Como você sabe disso?

— Bem, fui eu quem te trouxe aqui! - disse com um sorriso divertido no rosto.

— Você me amaldiçoou aqui? - perguntou em choque com o que ouviu. A última coisa que passaria na cabeça dela seria alguém tê-la enviado propositalmente para lá.

— Maldição é uma palavra muito forte, eu diria. - ele começou. — Entenda isso como uma lição. - o sorriso não saiu do rosto dele.

— Tio Rumple, como pôde fazer isso comigo?

— Nada disso, querida! - disse conscientemente. — Você fez o desejo e eu simplesmente dei um... empurrãozinho!

— Mas por quê?

— Você não entende, entende? - o velho disse balançando a cabeça. — Se Oliver tratasse Belle e eu da mesma maneira que você trata com seus pais, não deixaria passar...

— Mas eles tornam minha vida miserável!

— Creio que você não saiba o que significa ser miserável. Desde que você nasceu, seus pais se dedicam a você e lhe mostram nada além do que amor. E veja só como você os retribui. Com desobediência e palavras duras. Então, não, pequena Evie, você não tem ideia de como é viver uma vida miserável. - os olhos de Rumple brilharam drasticamente. — Mas algo me diz que está prestes a descobrir!

— Apenas me leve de volta! - Evie diz aborrecida.

— Em circunstâncias diferentes, eu faria. Mas não depende de mim. Vai ser uma tarefa difícil...

— O que você quer dizer? - ela pergunta curiosa.

— Para quebrar a maldição, você terá que fazer com seus pais dêem um beijo de amor verdadeiro...

— Mas o problema é que nesse mundo meu pai é casado com uma mulher chamada Marian. Ele ao menos sabe quem é minha mãe?

— Essa é uma pequena cidade, pequena Evie. Tenho certeza que em breve você terá algo em mente. - Evie assente concordando com ele. Ele estava certo. A cidade é pequena então, todos se conheciam.

— Certo. Então o que eu preciso fazer é com que eles se beijem. Isso não parece ser uma missão complicada...

— Sinto em dizer, mas posso garantir que será. Marian é a mulher que atrapalhou a felicidade de seus pais. E somente nesse mundo, eles não tiveram um final feliz. Essa é sua tarefa: ajudá-los a encontrar. Assim, depois de tudo feito, sua vida será devolvida como era antes. - com essas palavras, Rumple desapareceu em meio a fumaça mágica deixando Evie para trás.

— Espere! Tio Rumple, eu não posso fazer isso sozinha... - ele já havia desaparecido. E lá ela ficou sozinha como sempre. Só então, algo lhe chamou atenção. Ou melhor, alguém. Era a mãe dela passando pela loja. Certamente ela estava indo para o escritório. Evie saiu da loja e tentou alcançar sua mãe.

— Mãe! - grita enquanto corre até Regina. - Mãe! - grita mais uma vez. Por que ela não escuta? Correu mais um pouco e a alcança tocando em seu ombro, parando-a em meio estrondo. — Mãe! - Evie a chamou pela terceira vez, sem fôlego.

— Desculpe? - Regina olha para a garota em sua frente. — Por que você está me chamando de "mãe"?

— Sou eu, mãe! - seu coração quase parou quando viu a maneira que a mulher olhou para ela. Era como se não tivesse sentimento algum. Como se não importasse...

— Eu sei bem que você é... - Regina disse friamente e se afasta de Evie. Se ela se sentiu sozinha, não pode ser comparado com a solidão desse exato momento ao ver sua mãe se afastando. Com os olhos cheios de lágrimas, Evie assistiu sua mãe andar pela rua. Rumple estava certo.

— Deve ser assim que se sente ser miserável. - Evie chorou.