Pinheiro de Maio, Sândalo de Julho

Capitulo VIII

Deixa eu testar, quero ver seu limite
Deixa eu tocar seu corpo, só me assiste
Eu nunca paro, só porque ela insiste
202 era nossa suíte

Geme pra eu ouvir
Aproveita que ninguém tá aqui
Dentro de você, quero sentir
Desce como eu peço pra eu assistir

- 202 by Kweller 

Pessoas são como um grande bolo de diversas camadas.

A cobertura, é a primeira impressão que você deixa nos outros, doce se é gentil e agradável, azeda se é indelicado e arrogante, amarga se é raivoso, e assim por diante. A primeira camada de massa é a segunda interação, aquela em que ou as relações se estreitam ou se evaporam, pode ser macio, mostrando que a gentileza, a bondade está ali ainda, faz parte das suas característica, pode ser duro como pedra, pesado de engolir mostrando raiva, indelicadeza, arrogância, uma superioridade irreal, características que são parte de você e isso não vai mudar, pode ser abatumado, mostrando que não há medo em demonstrar que há características ruins, mas isso não quer dizer que você é ruim. Cada fator do bolo é a demonstração de uma característica. Em um relacionamento, é como se cada parte se transformasse em uma única, trazendo a verdadeira essência do bolo em questão.

Levando isso em conta, a relação sexual, absolutamente, é um recheio. Doce ou amargo, viciante ou não, bom ou ruim, assim como o resto, cada um que provar vai ter sua própria opinião.

E o recheio de Son para Richarlison, era o mais viciante, o mais saboroso, feito com os sabores certos para sua boca. Ele sentia na língua a textura e o sabor do cheiro de açúcar queimado com menta que Heung-min exalava naquele momento em sua frente, com as coxas grossas e fortes a detalhes de esmagar seu crânio.

Os lábios estavam muito ocupados chupando o membro do outro em movimentos metódicos de vai e vem, as mão acariciando e apertando as coxas firmes, mantendo-as afastadas, porém, os olhos do alfa se mantinham no rosto corado, com olhos fechados e boca vermelha, de tanto ser mordida, que soltava gemidos mal contidos.

Ele se deixou levar pelos sons que recebia por um tempo, mas quando viu nos olhos de Son que ele estava perto, seus lábios se moveram para as coxas sem marcas, fazendo com a boca sua obra de arte em suas preciosas telas brancas. Os ruídos do ômega o fizeram se aprofunda em seus toques, levando seus dedos ao buraco do outro e sentindo a lubrificação natural saindo em abundância.

- Ri... Ah.... chy - A voz rouca e entrecortada de Son abre espaço entre os sons de seus próprios gemidos e dos barulhos molhados que o brasileiro fazia enquanto marcava sua pele com chupões, beijos e mordidas. - Richy please.

- Do que você precisa, baby? - O alfa responde com uma voz densa, rouca. Ele sabe que exala em seu cheiro a forma como continua segurando a si mesmo para não atacar e devorar seu namorado ali, sem chances de escapatória, sem chances de sair dali antes do dia terminar e começar de novo.

E sentido cada sensação como se fosse sua própria, mas muito vulnerável para falar firmemente, para fazer mais do que implorar com aquelas mãos treinadas passando por seu corpo e tocando suas partes mais sensíveis com experiência, conhecimento de quem sabe o que está fazendo, Heung-min faz seu melhor em sua fala:

- De... De vo- - A fala é cortada por um grito alto do próprio ômega, quando ele chega ao seu êxtase com um simples toque em sua próstata.

Richarlison se aproxima devagar do ômega, como um predador que encontrou e encurralou sua presa, mas ainda é delicado, para não assustá-la. Sua boca se encontra com a do coreano e o beija, mordendo e sugando os lábios já avermelhados.

Mas quando eles se afastaram minimamente, e o alfa abriu a boca para falar algo, se escuta as altas batidas na porta do quarto. E então a óbvia voz de algum brasileiro em um português comum do Brasil:

- "OWN" "AWN", NÃO SABIA QUE TAVA NO MOTEL NÃO! - A voz era de Vinicius Junior, encheu o corredor e, pela proximidade, o quarto.

- É ESSES DOIS DESSE LADO, OS OUTROS DOIS DO OUTRO, - Completava Paquetá, aparentemente não tão próximo da porta quanto o outro. - SINFONIA DE GEMIDO NESSA PORRA!

- Deixem eles, - Foi Alisson quem falava, com Casemiro ao seu lado. - Eles estão nos quartos, em um local que era pra estar vazio, e aproveitando algum tempo com os namorados antes de ficarem a quilômetros de distância por algum tempo.

- Sinceramente, temos mais que fazer que cuidar a foda dos outros. - Completou o capitão da seleção.

- E seria apreciado se vocês não atrapalhassem minha despedida com meu namorado. - A voz quase rosnada de Richarlison corta a discussão na porta do quarto. O atacante não sai do quarto e tão pouco abre mais do que o suficiente para ver seu rosto e parte do torso sem camisa.

- Digo o mesmo. - Antony, na porta do outro lado do corredor, fala muito mais calmo que o outro. Diferente do colega da porta a frente, ele abriu a porta e saiu para o lado de fora sem camisa, deixando expostas as marcas em tons de roxos e vermelhos de chupões, mordidas e beliscões que marcavam a pele bronzeada até onde fosse visível.

- São um bando de desocupado mesmo, além de gostar de perturbar minha paz não tem um treininho pra fazer. - Foi Son quem falou, vestindo uma bermuda e uma blusa preta sem mangas, roupas essas que deixavam expostas as marcas em seu corpo.

- Realmente me parecem mais como um bando de pervertidos. Eu vi os olhares que lançaram quando perceberam que eu e Tony éramos "algo", e agora tão' aqui, caçando transa dos outros. - Foi Cho quem falou, também saindo do quarto, ele usava uma calça de moletom que aparentava ser de Antony e não usava camisa.

Se isso causou alguma reação, foi a de todos os jogadores da seleção brasileira recuarem levemente com as vozes sarcásticas cheias de veneno dos coreanos.

- Desculpem por eles, eu e Alisson já dissemos pra eles saírem. - Foi Casemiro quem falou, lançando um olhar a todos que ocupavam o corredor. O que foi suficiente para começarem a se dispersar de cabeça baixa.

- Obrigado grande Casé! - Richarlison responde com um sorriso aberto para o capitão do time que devolve um sorrisinho antes de acompanhar os outros jogadores, que já começavam alguma nova discussão provavelmente estúpida.

- Droga! Olha a hora! - É Heung-min quem quebra o silêncio que começa a se formar enquanto os brasileiros se afastam. - Eu vou tomar um banho e já temos que ir Cho!

- O que? Já é tão tarde? - Gue-sung arregala os olhos quando vê a hora, entrando rapidamente no quarto para se arrumar.

Em algumas poucas horas eles teriam que deixar o país ao lado de sua seleção. Então, apesar de decepcionados, os dois coreanos sabiam que a interrupção foi o melhor.

🌲FIM DA ATT DE HJ🪵

Desculpem a demora, tá sendo um pouco difícil de conciliar a escrita com o trabalho, mas não quero deixar de escrever e quero poder entregar bons capítulos. Então pode acontecer de as vezes o capítulo atrasar um dia, mas mais que isso vou tentar fazer com que não aconteça.

Estou mudando os dias de att para segunda e sexta, pois quinta fica complicado pq tenho curso e trabalho 😭🔫

É isso, espero que tenham gostado, não esqueçam de deixar seus comentários e sua ⭐