Andrômeda conhece Euphemia Potter

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Entediada, era assim que Andrômeda se sentia, agora que estava de férias de Hogwarts, novamente presa com sua família, seus pais que pareciam não se interessar em nada pela existência de suas filhas exceto para criticá-las, suas irmãs que, apesar de seus esforços, acreditavam e repetiam tudo aquilo que seus pais diziam, então saber que teriam um evento era animador, mesmo sendo um daqueles terríveis eventos dos Black. Na noite anterior, após seus pais irem se deitar entrou na biblioteca da casa e roubou a lista de convidados do armário, a maioria eram as pessoas de sempre

Abbott

Avery

Bulstrode

Burke

Carrow

Crouch...

E, oh, isso sim era interessante, e completamente inesperado...

Potter

Então Andrômeda decidiu que deveria falar com eles, ela precisava falar com alguém que não fosse do mesmo ciclo social retrógrado de seus pais, nem um de seus colegas em Hogwarts.

E é por isso que agora ela estava em um canto da festa falando com Euphemia Potter, que era, por Merlim, uma pessoa incrível, nenhum adulto nunca havia de fato falado com ela de igual para igual assim, sem contar que ela realmente estava interessada em falar com ela e seus primos, eles sim, diferente de suas irmãs ainda tinham salvação, eles escutavam o que ela dizia.

—E como são seus pais? — perguntou Euphemia para os garotos, mas disse olhando diretamente para Regulus, que por sua vez olhou para Sirius esperando que o irmão respondesse

—A mamãe nos educa

Educa?!

Isso sim a irritou, sua tia com certeza não educava Sirius e Regulus, sua tia os torturava, não que sua mãe fosse muito diferente, Andrômeda pensa que talvez houvesse um tempo em que ela acredita que aquilo que sua mãe fazia, humilhar, amaldiçoar, castigar, era educar, mas agora ela sabia que não. E Euphemia parecia ter percebido isso, pois olhou pelo canto do olho para Andrômeda, sem saber se acreditava ou não, e ela fez questão de negar com a cabeça, indicando que não era isso.

—Ela educa como, exatamente?

—Com feitiços — foi a vez de Regulus responder

Eram bem mais que feitiços, mas Andrômeda achou que era melhor deixar eles falarem, não sabia como a conversa sobre gostos e o filho de Euphemia, James, havia se tornado uma conversa sobre seus pais, mas parecia estar realmente preocupada.

—Ela machuca vocês? — Disse ela em um tom sério, mas antes que qualquer um dos meninos respondessem eles ouviram um estalar mágico e agradável, produzido por uma varinha, e então seu pai começou a falar.

—Boa tarde — Disse Cygnus Black de forma séria — alguns de vocês sabem por que os chamamos aqui, recentemente, nos surgiu uma oportunidade. Talvez, vocês tenham ouvido falar sobre o Lorde das Trevas, ele, não como o ministério, quer lutar para que nós, que temos sangue puro, voltemos a ocupar o lugar que merecemos na sociedade — Até mesmo Andrômeda, que já havia se acostumado com as coisas ridículas que seus pais diziam, estava assustada.

A Partir daí seu pai continuou com um discurso de ódio indiscriminado, mas esse era diferente, eles haviam encontrado um líder, alguém que lhes dizia que podiam atacar pessoas apenas por terem nascido trouxas. Quando olhou ao redor viu Euphemia e seu marido, que havia passado a manhã apenas andando ao redor da sala e pontualmente falando com alguém, de mãos dadas, com indignação, e medo, viu seus primos completamente indiferentes a tudo, afinal, crianças de quatro e cinco anos não se importavam muito com discursos, mas, também viu muitas pessoas que sorriam e concordavam com tudo.

—Portanto, eu lhes peço, ele lhes pede, que assim como eu, se unam a nós, para que o mundo bruxo pertença, aos verdadeiros bruxos — Foi assim que terminou seu discurso, antes de levantar a manga do terno, revelando uma tatuagem, era uma caveira engolindo uma cobra.

Todos na sala começaram a falar sobre isso, e sobre aquele que os prometia tudo que sonhavam, Euphemia, que ainda estava ao seu lado a chamou

—Andrômeda, nós temos que ir — disse se referindo a si mesma e a seu marido — mas, vou deixar com você meu endereço para que vocês possam me mandar cartas, caso queiram conversar, ou caso as coisas com seus pais piorem, por favor não hesitem em me mandar cartas por que eu sei que eu irei.

Ela achou isso estranho, e estranhamente bom, elas falaram por menos de quatro horas e ela parecia que se importava, ela queria que Andrômeda e seus primos mandassem cartas, ao mesmo tempo ela queria desesperadamente aceitar, e de fato mandar cartas para Euphemia Potter, ela não sabia se ela estava falando sério, e antes que ela pudesse pensar sobre isso Euphemia a puxou para um abraço rápido, beijou o topo de sua cabeça e deixou um bilhete em suas mãos, e isso realmente foi estranho. Depois disso ela abraçou Sirius e fez carinho em Regulus, e Sirius realmente parecia querer aceitar a oferta.

E então eles foram embora, ela olhou o bilhete, com o endereço dos Potter, e, ah, um coração desenhado no canto do papel

***

NOTA DA AUTORA:

Oi! Já me apresentei no meu perfil, mas não na fanfic então... Meu nome é Clara, eu amo Harry Potter desde dos seis anos, e amo os marotos desde quando descobri esse mundo e os headcannons, mas sempre que leio algo, sendo um livro ou uma fanfic alguma coisa me incomoda, por isso estou escrevendo a minha, do meu jeito.

É aqui que acaba a reunião, depois de três capítulos inteiros focando nela.
Pode parecer meio "apressado" a Euphemia já ter perguntado pra as crianças como é em casa, ou entregado o endereço dela, mas essa é Euphemia Potter -tia Effie- pra mim, ela se importa, principalmente com crianças.
E sobre o fato de ela ter desenhado um coração no bilhete, escrever isso me deixou tão felizinha, porque é isso, ela viu três crianças com uma falta absurda de amor e carinho e mostrou isso pra eles quase sem querer, pra ela, na familia dela, tratar crianças assim é apenas o normal.
Já para a Andrômeda não, ela cresceu sem nada desse tipo, e ver aquilo foi uma sensação nova, não teve nenhum tipo de maldade nisso na parte de nenhuma delas, foi uma mãe carinhosa vendo crianças sem carinho.

Sua Mãe Esta ErradaWhere stories live. Discover now