Sua Mãe Esta Errada

Um passeio ao beco diagonal e alguns sentimentos

(Uso de palavras ofensivas mas sem a intenção de ofender)

P.O.V Andrômeda Black

E ali estavam eles, quase todos os herdeiros da família Black, quase todos por que Bellatrix havia se recusado. Ali estavam todos os desviantes, ao menos, Andrômeda, a "traidora de sangue", Narcissa, a "pirralha mimada", Sirius, o "transviado" e Regulus, o "retardado", parados em frente a Florean Foterscue esperando a chegada dos Potter, enfileirados de mãos dadas, pareceriam crianças abandonadas se não fosse pelas roupas, sempre de ótima qualidade.

Eles chegaram, é claro que chegariam, era Euphemia quem havia-a convidado, mas uma vozinha continuava dizendo que ela iria desistir, que Andrômeda não deveria estar ali, que era estúpido enviar cartas para uma desconhecida, contar coisas sobre sua vida, pedir ajuda, expor seus primos, e agora ela queria fugir, porque Euphemia, a senhora Potter, estava lá, com seu filho, um garotinho da idade de Sirius que ela precisaria dedicar sua atenção, e não se preocupar com três crianças de família problemática, e ela também tinha um marido, essa parte não faria diferença para Andrômeda exceto pelo fato de que ela não gostava de estar perto de adultos estranhos, aquilo tudo era uma péssima ideia, decididamente era e antes que ela pudesse fazer qualquer coisa sobre isso Euphemia já estava parada em sua frente, com os braços abertos para lhe abraçar, e Andrômeda não pode fazer nada se não a abraçar de volta.

E foi tão bom, tão bom que era suficiente para que toda sua timidez fosse, todo seu egoísmo tomasse conta de si, e que toda a agonia e o medo de que seus pais soubessem da verdade sobre sua pequena excursão deixassem de existir, já valia o risco, apenas estar ali, e ela pode ver a mesma coisa em Sirius quando o mesmo também recebeu um abraço, e em Regulus, mesmo que esse só tenha recebido um afago em seus cabelos.

—Parabéns, Andrômeda!—e a mesma tentou não pensar na forma seca que toda sua família havia dito aquelas mesmas palavras, apenas por obrigação, no dia anterior— Esse é Fleamont, meu marido, e esse é James, meu filho

As palavras mal acabaram de sair da boca de Euphemia quando o menino de cabelos escuros e bagunçados disse muito rápido

—Eu sei quem você é! Você envia cartas para minha mãe

E Andrômeda se sentiu envergonhada, não sabia o porquê exatamente, mas se sentiu

—James! Que história é essa?—Euphemia questionou enquanto caminhava para dentro da sorveteira, encorajando todos a seguirem ela

—Eu e Marlene estávamos só brincando e encontramos cartas de Andrômeda, Sirius e Regulus Black, e agora parte do mistério está resolvida, se essa é Andrômeda

—Pois o resto está resolvido também, esses são Sirius e Regulus, e eu já te disse que não é certo xeretar, mas enfim, você deve ser Narcissa certo?

—Sim, senhora—sua irmã respondeu em um tom de voz baixo, mas com clareza e educação, como sempre

—Não existe necessidade de me chamar de senhora, meu nome é Euphemia, ou Effie, agora, eu preciso ir falar com o senhor Fortescue, um segundo

O dono da sorveteira estava atrás de um alto balcão, conversando com uma menininha de cabelos castanhos sentanda em um dos bancos, balançando as perninhas, enquanto Euphemia esperava para conversar com ele, todos ali se encontraram em uma situação desconfortável sem saber o que dizer uns para os outros, todos exceto James, ele olhava em volta com curiosidade e o início de um sorriso, apenas pensando em que dizer

—Quantos anos você tem—sua pergunta direcionada a Sirius que até o momento estava se balançando para frente e para trás, como quem se sente entediado—Minha amiga, Marlene leu em sua carta, mas eu não me lembro