Enviando Cartas, Falando, Imperdoáveis Entre Outras Coisas

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Sirius havia insistido para que Andrômeda fosse até o Largo Grimmauld, e Andrômeda por sua vez havia insistido para que seus pais a deixassem ir, e por algum motivo que ela não entendeu, mas não questionou, eles a deixaram ir facilmente.

Era bom que fosse, ela havia escrito outra carta, e eles três, Andrômeda, Sirius e Regulus concordaram em mandar as cartas juntos, entretanto esse era um acordo que Andrômeda tinha intenção de mudar, não queria que todas suas cartas, a começar pela última, fossem assinadas pelos três.

***

Na manhã do dia 13 de julho, Andrômeda se arrumou para ir até a casa de seus tios, avisou seus pais que estava indo, e usou pó de flu para chegar até lá, ela se sentia desconfortável viajando com pó de flu, mas não tinha idade para aparatar e seus pais não aprovavam vassouras. Quando chegou a primeira coisa que viu foram dois rostinhos ajoelhados próximos a lareira, Sirius, ansiedade irradiando de seu olhar, e Regulus tentando imitar sua expressão.

— Oi meninos! — Andrômeda falou com o tom doce que direcionava a seus primos, e a suas irmãs, pelo menos quando Bellatrix era mais nova e menos implicante

— Oi Andy! — Responderam Sirius e Regulus quase ao mesmo tempo, com apenas alguns segundos de descompasso

— Bom dia tio, tia — Disse Andrômeda mantendo o sorriso, mas sem a voz delicada

— Andrômeda — Seu tio disse — Que agradável visita.

Ela sabia que essa frase era nada além de falsa, obviamente, o tom de desgosto na voz era claro, mas você deixa de se incomodar quando esse tom é direcionado a você diariamente, desde de que se lembra.

***

— Nós escrevemos cartas novas — disse Regulus assim que os três estavam reunidos no quarto de Sirius

— Sim, nós não gostamos da primeira — Sirius concordou

— Engraçado, eu também escrevi outra

— Ótimo! Assim enviaremos as três cartas de uma vez, mas agora vamos ao que interessa, Euphemia nos respondeu, Reg e eu ainda não abrimos a carta, estávamos esperando por você.

Com isso Sirius pegou a carta que estava na gaveta de seu irmão e leu em voz alta, abrindo parênteses quando queria fazer algum comentário, ou ouvindo Andrômeda abrir parênteses quando ele errava alguma palavra.

Contudo quando Sirius terminou de ler nenhum deles disse nada, Andrômeda estava abrindo a boca para falar que deveriam enviar as cartas que haviam escrito, mas Regulus falou primeiro

— Nós já fizemos o que ela pediu, já escrevemos cartas falando sobre nós mesmos

Era isso que Andrômeda iria dizer, mas quem disse foi seu primo, não que ela estivesse incomodada em perder a oportunidade de falar, mas ela conhecia o caçula da família o suficiente para saber que ele detestava falar, e o fazia apenas por obrigação, ou quando achava extremamente necessário, mas Regulus estava consideravelmente mais falante que seu usual, fez uma anotação mental para se lembrar de perguntar a Sirius se algo havia acontecido, ela sabia como sua família poderia ser com relação ao que consideravam mal comportamento, ela também já havia ouvido suas opiniões em relação a quietude do mais novo.

Foi obrigada a sair de seus pensamentos quando Sirius respondeu

— Certo! Então podemos mandar?

E com isso os três foram buscar uma coruja que pudessem usar, uma das mais pequenas e atrapalhadas, uma das quais Orion nunca daria falta quando tivesse que enviar algum de seus documentos.

Sua Mãe Esta ErradaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora