001- Só, até então

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07/2010- Dois meses depois do início do apocalipse {Arredores de Atlanta na Geórgia.}

Thayla nem sabe mais o que fazer, suas pernas doem e seu estômago já não aguenta mais de tanta fome, já fazia 2 dias e meio que ela não tem o que comer, tentou inúmeras vezes sem sucesso entrar na cidade tomada por Walker's, mais de uma vez quase foi pega, mas do que isso importa agora? Ela estava para morrer, se não fosse de fome, seria de cansaço.

Ela carrega uma bolsa preta, que possuía a sua barraca, kit médico básico, algumas roupas e itens essenciais, como cantil com filtro, lanterna, esqueiro , baterias e algumas balas do revólver M17 que ela carregá consigo, não que ela vá usar, já que chama muita atenção o som alto que um disparo da arma faz.

Thayla finalmente se entrega ao cansaço, ela se senta em um tronco perto da estrada, tira o cantil só suporte e bebê um gole generoso de água, que mesmo quanto desce agradável pela garganta seca.  Ela estava quase se permitindo dormir quando escuta um galho quebrar atrás de si, e antes dela ter tempo para se virar uma mão áspera cobre sua boca, seu coração dispara e o pânico a invade.  Seria um Walker? Não foi muito silencioso, então é um humano, e pela mão é um homem, o que ele queria com ela? O que faria com ela?.

—Quietinha gracinha, eu só preciso da sua ajuda em uma coisinha.— A voz grossa do homem causa arrepios na jovem que sem muitas opções apenas concorda com a cabeça.

O homem a solta e anda lentamente até a frete da mulher, que o olha o analisando, ele é grande, provavelmente 1,80 por aí, e pelo porte provavelmente é bem mais forte que ela, então já pode se descartar uma lita física. Ela pensava enquanto analisava o homem, isso até seus olhos pararem em sua mão esquerda, que está decepada, havia apenas um toco com carne queimada, parecia doer.

—Acha que consegue fazer algo sobre isso?—Ele levanta o cotoco deixando mais visível, Thayla não é uma medica formada, mas em seus dois anos de enfermagem devem servir de algo.

—Posso tentar.— Sua voz sai em um fio quase como um sussurro, ela sabe que não deveria ajudar um completo estranho, mas algo nele dizia a ela que ele precisava dela.

Ela se levanta do tronco de vagar a põe a bolsa no chão ao lado, logo tirando o seu pequeno kit de primeiros socorros, ela nem precisou pedir para o homem se sentar, ele já estava sentado no chão encostado no tronco que Thayla estava a pouco. Ela retira um vidro de álcool e outro de iodo, deixa ao lado do homem que a olhava como um falcão, nervosa por estar sendo vigiada ela quase derruba o pano que acabou de pegar a bolsa, mas o ato e ignorado pelo homem.

Ela começa a limpas com um pouco de água a ferida, logo jogando o álcool, que faz o homem gemer de dor, ela vê os músculos do mais velho se tencionar por de baixo da blusa branca já não tão branca e suja de sangue, ela engole seco e volta sua concentração no cotoco, a menina estava prestes a jogar o iodo no ferimento quando tem seu pulso agarrado.

—Poderia ser mas carinhosa meu bem, assim vou pensar que gosta de me ver gemer.—Mesmo com a cara retorcida em dor, o mais velho esboça um sorriso malicioso, que faz a menina se arrepiar.

—Perdão, não foi minha intenção te machucar.— Thayla sente suas bochechas queimarem e ela tinha certeza que estar vermelha.

—Ok docinho pode continuar.—O homem diz sondando o pulso da menina que ficou vermelho com o aperto.

Ela volta a limpar o ferimento fazendo novamente o homem se contorcer e gemer de dor, ela pega a gaze limpa dentro do kit e enrola no cotoco, logo passando uma fita esparadrapo para segurar a gaze no lugar. Os dois ficam quietos por um tempo , o mais velho recuperando o fôlego, e a pequena mulher aguardando para ser liberada.

—Valeu aí princesa, você salvou minha vida.—O homem diz enquanto se levanta olhando a pequena menina de cima a baixo.—Qual seu nome garota?

—Tha-Thayla.—Ela desvia o olha do olhar do homem com medo.

—Ok Thayla, eu sou Merle.—Ele estende a mão para ela que recua assustada.—Calma princesa, eu não vou fazer nada com uma criança.

Ela o encara confusa, ela se parecia com uma criança? Que estranho, ele é diferente dos outros homens que cruzaram sua vida, um belo exemplo seu padrasto, por conta desse desgraçado ela tem que usar uma blusa de manga num calor sufocante da Geórgia.

—Qual sua idade Thayla? —Merle podia não querer nada com ela, mas algo nele fazer se sentir no dever de cuidar dela, depois dela o ter ajudado.

—Eu tenho 25.

—Mentira!—Merle fica espantado, a pequena menina a sua frente não aparentava ter mais que 17, ela é magra e bem pequena, mal batendo em seu ombro, além dos grandes olhos azuis e o cabelos vermelhos alaranjado como fogo mas sujos os deixando bem opacos e mais escurecidos, ele não sabia se ela era ruiva mesmo ou se era pintado, mas pelas sobrancelhas ele deduziu que era natural. —Você tá me dizendo que tem 25 com esse tamaninho? Não tenta bancar a adulta no apocalipse garota.

—Eu realmente tenho 25, sou de março de 1985.— Merle congela, uma criança já era quase impossível de sobreviver sozinha, mas uma mulher debilitada como ela era totalmente improvável, ela estava desnutrida e não precisa ser nenhum gênio para reparar nisso.

—Ok então.—Ele da alguns passos e para, esfrega a mão boa na cara e cabelos, tentando pensar no que fazer agora, ele não é obrigado a ajuda ela, mas ela o ajudou mesmo com medo, ele está completamente desarmado e sem mantimentos, ela tem uma arma e isso já é uma vantagem.—Docinho por quê não fazemos assim?— Ele da uma pausa e se vira se aproximando dela.— Estamos nos dois fudido, você a qualquer momento vai desmaiar e virar comida de zumbi, eu não tenho arma e com a mão assim duvido aguentar muito tempo.

—Você quer uma aliança? Comigo?—Thayla já havia feito parte de um grupo, mas eles a expulsaram por ser fraca de mais e não conseguir contribuir.

—Isso aí mesmo, pelo menos até conseguirmos sobreviver sozinhos, aí eu meto o pé.

Thayla sabe que não é forte o suficiente para viver sozinha, tanto que esse homem consegui facilmente a surpreender, ela teve sorte que ele não queria nada de mais dela isso a faz abaixar a guarda, mas ela não pode se deixar levar assim novamente, e mesmo não confiando 100% nele, ele também não tinha motivos para confiar nela.

—Ok— Ela concorda com a cabeça Merle se aproximar dela, que ainda estava sentada no chão, e pega a mochila dela.

—Então bora, não gosto de ficar tão visível assim, ele diz entrando na floresta, ela tem que se levantar e correr meio debilitada até ele.

Ele a olha de cima a baixo, a pequena ruivinha não é feia, tá um pouco suja, mas nada que um banho não resolva, tem grandes olhos azuis esverdeados, e a pele é de um caramelo claro, provavelmente queimada de sol, e ela está magra, mesmo com a grande blusa disfarçando bem, as pequena pernas expostas pelo short a entregava.

—(Tenho que alimentar ela o mais rápido possível!)—Esse pensamento grita na cabeça de Merle, ele agora estava fraco pela minha perda de sangue, mas vai procurar um lago e pescar alguns peixes para os dois.

The Walking Dead -{Um começo no fim}Where stories live. Discover now