004-Lar?

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08/2010- Fundos de uma loja em alguma cidade na Geórgia.

Merle encarava a menina e a frente da loja, ele não podia ignorar ela e nem podia ignorar o pedido de socorro, mas ele agora não pode pensar nisso, ele tem o dever de proteger Thayla, ela havia o salvo, se não fosse por ela provavelmente ele estaria morto.

—O que vamos fazer?—A voz dela saiu num sussurro o tirando de seus pensamentos.—Não podemos condenar todos por erro de uns!—Ele novamente dividiu seu olhar entre a menina e a frente do estabelecimento.

—Garota você me irrita!—O grisalho esbraveja, ele pega a arma no cós da causa da menina e se levanta indo em direção a menina.—Vamos fazer isso, mas no menor sinal de perigo você corre!

Ela apenas assente, ela sabia que o havia convencido de salva o homem, e ele cuidaria dela se qualquer coisa acontecesse, igual da última vez. Os dois andaram cautelosos pela rua deserta, seguiram os gritos e pelo que parece não era apenas um homem, e sim um pequeno grupo.

Um homem branco com cabelos castanhos e um tapa olho estava se pondo em frente a uma mulher baixinha e dois homens altos e forte com aparência exausta estava tentando afastar ao todo 7 zumbis.

Merle analisou aquilo por alguns segundos e assim que seus olhos caíram na mureta atrás do grupo ele deu uma cotovelada no brava da ruiva ao seu lado, ele apontou para o muro com o queixo e não precisou falar mais nada, ela correu cruzando por meio das casas até ele ver a pequena mão pulando mostrando que estava livre.

Merle pegou o facão e bateu forte num carro do outro lado da rua, o mesmo começou a apitar num barulho internal, o Walker's próximos ao grupo desviaram a sua atenção dos mesmo e se dirigiram ao carro barulhente, Merle também já havia saído de perto do automóvel e se encontrava do outro lado do muro ao lado de Thayla que se assustou com a aproximação.

Eles pegaram a caçamba de lixo e empurrando até o lado do muro, o grupo escutou o barulho de Thayla subindo a caçamba e olharam, ela ajudou a puxar a meninas e o homem com tapa olho, e Merle teve que dá uma força a ela para puxar os outros dois por serem muito mais pesados.

—Muito obrigada!—A loira a abraçou deixando Thayla super desconfortável com o contato, Merle logo percebeu e puxou a ruiva do abraço de agradecimento, o que deixou a menina confusa.

—Me desculpa pela minha amiga, Amanda não sabe respeitar o espaço pessoal.—O de tapa olho se manifestou.— Eu sou Philip, como minha amiga disse, muito obrigado por nós salvar.—Philip estendeu a mão para apertar a de Merle, mas o Dixon apenas levantou o cotoco, enquanto escondia a ruiva com seu corpo.

—Eu não queria salvar vocês, sinceramente preferia que tivessem morrido para pode pegar suas coisas—A última parte deixou o peque o grupo em alerta.—Mas a vermelhinha aqui quis bancar a boa moça.—Merle diz como se tudo fosse uma grande piada.

—Eu...entendo.—Philip balbuciou.

—Não ligue para ele.—Thayla espantou os homens com sua voz, que até o momento não fora escutada.—O Dixon tem um humor bem peculiar.

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Depois que eles saíram de lá, os dois sobreviventes e o grupo foram para o lago, onde Thayla e Merle montavam acampamento. Thayla conversou bastante com o grupo, mas Merle se manteve calado, apenas solta do algumas piadas de mal gosto aqui e ali, ele estava claramente irritado com algo, só não sabia o que.

—Por quê governador.—Thayla questiona Philip o apelido dado pela comunidade dele, na qual todos eles iriam na manhã seguinte.

—Tambem não sei, um dia alguém me chamou assim e o apelido pegou, agora eu sou realmente um tipo de governador de lá.—Ele responde, pegando um graveto e mechendo na fogueira para atiça as chamas.—Mas e você? Por que vermelha?

—Ha, isso é apenas um apelido que ele me deu não e nada de mais.—Merle havia passado a chamar ela sim depois que os dois pegaram certa intimidade e ele teve a certeza que ela realmente era ruiva.

—Desculpa a pergunta mas qual é a relação de vocês? São um casal?—Amanda se põe no meio da conversa.

—Nã.

—Sim.—A voz grave do Dixon interrompe a voz baixa da Smith.— somos um casal.—Ele lança um olha para a ruiva que não precisa ser nenhum gênio para entender. Ele não confiava neles.

—Oh isso explica muita coisa.—Amanda fala com uma voz marota, e Thayla a olha confusa.— A forma que ele cuida de você, ele só poderia ser duas coisas.—A loira levanta dois dedos.— um amigo bem próximo, ou um namorado.—Ela diz abaixando cada dedo.

Depois disso eles não conversaram muito mais, Merle puxou Thayla mais afastado do grupo e eles entraram em consenso em dar uma das barracas para o grupo dormir, enquanto ela e ele dividiriam a outra barraca.

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A noite foi tranquila, como estavam longe da cidade todos puderam dormir, e mesmo assim Merle passou grande parte da noite acordado, não por que queria, mas por que não conseguiria dormir com a ruiva tão próxima de si na barraca apertada que os dois dividiam.

No amanhã todos já levantaram acampamento e foram andando pela estrada, não teve muito papo, apenas Amanda que não falava a boca e ficaba tentando se aproximar da ruiva, provavelmente não tinha muitas meninas da idade delas na comunidade.

Três horas de caminhada eles chegaram em um grande portão, Merle olhou para a esquerda e direita, e viu que os muros eram altos e largos, devia ter no mínimo duzentos metrô para cada lado a partir do portão.

Assim que viram que era o Governador um homem moreno alto abriu o portão permitindo a passagem do pequeno grupo de 6 pessoas. Merle olhava ao redor quando viu a sua amiga se encolher em volta de si mesma e se abraçar, ele a puxou pelo braço e passou os braços pelos ombros da menor que o olhou confusa mas aceitou o acolhimento do mais velho.

—Sejam bem vindos a nossa comunidade, e se quiserem seu novo lar.—Philip disse se virando para os dois e abrindo os braços num ato exagerado de recepção.

Thayla procurou o olhar de Merle, ela não irá tomar essa decisão pelos dois, ela tinha medo e o Dixon percebeu isso, ele desviou o olha da menina e olhou para o governador que aguardava a decisão do dois.

—Não temos mais nenhum lugar para ir mesmo.—Ele diz com o tom habitual de sarcasmo e abriu um sorriso para a ruiva que sorriu de volta, ele esfrega a mão áspera pelo braço da menina que ainda estava abraçada a ele.

The Walking Dead -{Um começo no fim}Where stories live. Discover now