003-Não confie

238 32 2
                                    

07/2010- Cidade de Atlanta-{Flashback}

Thayla e Merle estavam procurando alimento em um shopping da região, os dois estão no grande supermercado, o shopping era um dos poucos locais que não havia tanta concentração de hordas, já que a maioria dos Walker's foram para as ruas a procura de carne fresca.

Thayla estava olhando as prateleiras de um lado do corredor enquanto Merle olhava o lado oposto, não havia muito alimento já que praticamente tudo foi saqueado no início da infestação, Thayla pegou um dos salgadinhos que tinha na prateleira quando escuta um grito de socorro, Merle por sua vezes da a volta pelo corredor que estava e vai para o lado da menina.

—Você ouviu isso?— Ela pergunta sem olhar para o homem.

—Ouvi, vamos terminar aqui e da o fora.—Merle ainda não havia se recuperando 100%, e não estava afim de por sua vida em risco, mas a menina o ignora.

—Vamos ajudar!—Ela fala pegando o facão e correndo em direção ao grito sem dar chances do homem protestar, então ele apenas a segue.

Os dois se deparam com um homem caucasiano com uma roupa de motoqueiro tentando se livras de dois zumbis que o cercava, Thayla faz sinal para Merle que bufa e pega a faca de caça dele e se aproximar de um dos zumbis enquanto Thayla se aproxima do outro, os dois acertam a cabeça dos Walker's que caem morto no chão. O homem desconhecido senta no chão exausto e aliviado por ter sido salvo.

—Muito obrigado.—Ele diz ofegante.

—Não a de quê.—Thayla olha o homem o analisando, ele era menor que Merle, e também mais magro, tem o cabelo castanho de tamanho médio e meio fino, e possuía um nariz meio torto indicando que já havia quebrado.—O que faz aqui sozinho?

—Acabei me perdendo do meu grupo, e pensei que conseguiria comida.—O homem começa a olha Thayla de cima a baixo o que a deixa meio desconfortável, Merle percebe e entra na frente da menina tampando a visão do homem.—Sou Max prazer.

—Eu sou Merle é essa aqui atrás de mim é Thayla.—Merle fala de forma firme e fria, sem nenhum pingo de humor como o habitual.

—Obrigada novamente Merle, Thayla.—O homem de levanta ficando de frete para Merle e estendendo a mão que é ignorada pelo mais velho.—Eu poderia ficar com vocês até encontrar meu grupo? Eu acho que.

—Não!—Merle diz rígido cortando a fala do mais novo, Thayla por sua vez sai de traz do maior e o encara.

—Pode sim!— O grisalho a olha indignado, mas dá as costas bufando, não estando afim de discutir.— Me desculpa por ele, ele é um cabeça dura mas não é uma má pessoa.—Ela da um sorriso doce para o homem.

—Sem problema, seu pai deve só querer te proteger.—Thayla o olha confusa e depois cai na gargalhada.

—Ele não é meu pai!—Ela diz rindo.

—Oh desculpa, então o que ele é seu? Namorado?— ele pergunta quando os dois começam a andar atrás de Merle que voltava para o supermercado.

—Não somos nada, apenas nos encontramos no meio desse caos e eu ajudei ele.—Ela diz lembrando de como eles se conheceram.—Nos dois estávamos praticamente mortos, mas acabamos salvando um ao outro.

—Entendi, agradeço novamente por me deixar ficar com vocês.—Thayla o olha, e vê que ele estava com aquele sorriso nojento de novo, ela tenta ignorar, e vai para o lado de Merle.

—Eu não confio nele.— É a única coisa que Merle diz a ela, antes deles entrarem no supermercado e cada um ir para seu canto.

\-”-

Os três saíram do shopping com as duas bolsas cheias de comida, e voltaram para seu acampamento, Thayla havia pego outra barraca na qual Max iria dormir já que os dois, ela e Merle iriam dividir a barraca com todas as noites.

Ela estava na fogueira esquentando três latas de feijão enquanto o peixe que Merle havia pescado fritava na base improvisada que ela mesma fez. O homem mais velho estava afiando sua faca enquanto o moreno mais novo estava sentado na pedra tentando pegar mais algum peixe, Merle se levanta e vai até a mulher.

—Vou sair para ver se acho alguns esquilos para amanhã, não saia daqui e se precisar grite, eu não vou longe.—Ele diz e sai mata a dentro.

Ela deu de ombros e continuou alim na fogueira, até que Max se aproxima com três peixes amarrados pelo rabo com uma corda.

—Fiquei duas horas naquela pedra e só consegui isso.—Ele diz irritado, da de ombros e se senta do lado da menina.

—Normal, Merle fica quase cinco horas por dia para pegar peixes o suficiente para o dia.

—Você gosta dele né?— Thayla olha o homem ao seu lado incrédula.— Todas as conversas que tivemos até agora, você o mencionou pelo menos uma vez.— A menina da um risada nasal.

—Acho que é por que fiquei muito tempo apenas com ele, não tive muito contato com outras pessoas sem ser ele.—Ela diz com um certo carinho nas palavras.— E mesmo se eu gostasse dele, não adiantaria nada, ele me vê como uma criança.—Ela da de ombros.

—Mas não deveria.— Max se aproxima mais dela passando a mão pelo braço dela.—Thayla, você é simplesmente a mulher mais linda que eu já vi, e não estou falando isso apenas por estarmos num apocalipse.

— Eh valeu Max.— ela fala de forma desconfortável e se afasta um pouco do homem.

—O que você acha da gente se divertir um pouco?

—hã? Não! Max a gente acabou de se conhecer.— ela fala incrédula se levantando e sendo copiada pelo homem.

—Vamos lá ruivinha, você também me quer que eu sei.—Ele se aproxima dela a prendendo contra uma árvore próxima.— Tenho certeza que vou te dar muito mais prazer que aquele velhote.

—Max para você tá me assustando!— Thayla começa a se exaltar, sentindo seu coração martelar no peito, mas não dá forma gostosa que acontece quando Merle a toca, dessa vez doía. Ela estava entrando em pânico.

—Vamos lá, só uma vez!— Ele prende as mãos da menina sobre a cabeça dele e começa a beija o pescoço da menor enquanto passa a mão livre pelo corpo dela.

—Max para!—Ela diz tentando se solta.—Max para por favor!—Sua voz aumenta e ela estava praticamente gritando.

—Cala a porra da boca!— O moreno grita com ela e da um tapa na cara da pequena mulher, e em seguida volta a beija o pescoço dela.

—Merle!— Ela grita sentindo seu rosto arder e lágrimas se formarem em seus olhos.—Merle socorro!

—Ele não vai te ouvir, eu vi ele pegando a faquinha dele e saindo para ca-çar.— Max fala falhando na última palavra, ele olha para o próprio peito onde tinha um facão atravessando o mesmo.

O homem cai dando a vista para Thayla de Merle que estava atrás do mesmo com o rosto retorcido pela raiva e nojo, Thayla conhecia bem essa cara, é a mesma que os amigos de seu padrasto faziam quando descobriam o que ele fazia com a menina, ela se abraça se encolhendo, ela tinha medo de Merle decidir a abandonar agora que vou o quão nojenta ela era.

Mas ele fez algo que a surpreendeu, ele a pegou no colo e a tirou de perto do corpo de já morto Max, ele se sentou no troco perto da fogueira com ela no colo, e a abraçou, fazendo carinho em suas costas.

—Ja passou.—Ele diz com a voz rouca.—Eu não sei o que fazer, nunca consolei ninguém, mas saiba que estou aqui, tá tudo bem.—Ela abraça o pescoço dele e começa a chorar mais, e ele apenas a consola do jeitinho dele.

The Walking Dead -{Um começo no fim}Where stories live. Discover now