Isabel viveu de forma simples. Não era exatamente pobre já que seu pai conseguia extrair parte do dinheiro de quase todo homem que gostava de bebida, comida e música boa, mas sempre acreditou que viveu de forma humilde.
Sinceramente, a palavra humilde naquele momento parecia humilhante enquanto olhava cada canto colossal daquele lugar. A senhora a acompanhou até um quarto no terceiro andar e Isabel ficou surpresa de não se ver numa masmorra ou num altar de sacrifício. Era apenas um quarto e, estranhamente, um quarto muito bonito.
– Deve estar com frio e fome. Vou preparar um banho bem quentinho para a senhorita. – A senhora esboçou um pequeno sorriso e caminhou a um canto, onde uma linda banheira de vidro se escondia atrás de um trocador.
Isabel se enrolou mais na manta e olhava suspeita a senhora andar pelo quarto, preparando o banho e andando pelo lugar atrás de toalhas e roupas limpas. De repente, ela ergueu o olhar da banheira e viu a moça olhando-a com receio.
– Algum problema, querida?
– Eu só esperava um tratamento menos... cortês. – A menina riu, achando esquisito. A senhora sorriu, olhando-a com contido interesse.
– Uma moça bonita deve ser tratada como tal. Venha, entre. Está bem quentinha.
A senhora estendeu a mão e Isabel tirou a manta e não se importou de ficar nua na frente da senhora. Quando entrou na banheira mal conteve um gemido de prazer em contato com a água relaxando todos os seus músculos. Ela afundou os cabelos na água quentinha e imergiu renovada.
– O que gosta de comer? – A senhora perguntou puxando um banco e com uma escova começou a desembaraçar os cabelos ruivos, agora escuros pela água. Isabel até pensou em protestar, mas ela sempre gostou da sensação.
– Como qualquer coisa, tudo, na verdade.
A senhora assentiu e continuou seu trabalho silencioso de desembaraçar os cabelos molhados enquanto Isabel apenas aproveitava a água aquecida.
– Quantas meninas já passaram por aqui? – Isabel perguntou de forma cautelosa um tempo depois. Talvez conseguisse saber onde estaria se metendo se soubesse mais.
– Sinceramente? Muito poucas e há muito tempo. Vinha uma ou outra mulher há alguns anos, quando o príncipe era mais jovem. Concubinas, mas há alguns anos isso não acontece.
– Eu não sou concubina. – Isabel quis deixar isso claro e olhou para cima, vendo a senhora sorrir.
– Isso está claro, querida.
– Sabe o que ele quer comigo? – Bel sussurrou. Ele havia dito que não tinha intenções de se deitar com ela, nem imaginaria porque ele a escolheria para isso, mas as opções além disso não eram muito melhores.
– Sinto muito, não sabemos. Sua vinda foi uma surpresa.
– E me contaria se descobrisse? – Isabel se virou na banheira para olhar a mulher. Ela piscou algumas vezes, impassível.
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CRUEL PRINCE, Edmundo Pevensie ⋅⋆⊱ As Crônicas de Nárnia.
Fantasia⌜𝐹𝑖𝑛𝑒, 𝑚𝑎𝑘𝑒 𝑚𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑣𝑖𝑙𝑙𝑎𝑖𝑛 ༉‧₊˚✧ Aslam nunca salvou o traidor. Talvez, no fundo, ele soubesse que não havia como salvá-lo; seu coração era de gelo, assim como o da mulher que o recebeu como a um filho. - Você é igual a mim, Edm...