Os ministros apresentavam os rendimentos das plantações e Edmundo calculava o quanto pegaria. Ter Nárnia sobre a neve não era muito proveitoso para as colheitas, então pegar parte da colheita deles era o acordo.
– Alteza, eu gostaria de uma concessão, se possível. – Murmurou o rei por fim, olhando o príncipe com cautela.
– Diga. – Balbuciou o moreno meio avoado.
– Tivemos uma febre nos últimos meses e muitas pessoas morreram. Nossa mão de obra está baixa. Sei que sempre apreendem servos nas visitas, mas pensei que podíamos negociar. Talvez mais plantações em substituição?
O príncipe ouviu e não tirava os olhos azuis reprovadores e desapontados de Isabel. Ele ainda não digeria o seu próprio desgosto por não fazê-la gostar dele.
– Não precisa. Tenho servos o suficiente. De qualquer forma, será proveitoso a mão de obra para a colheita do próximo ano se manter no mesmo padrão.
– Oh... muito, muito obrigado, alteza. – Sussurrou o rei, quase desfalecendo em alívio. Ele esperava qualquer coisa, menos que o príncipe aceita, muito menos com tão boa vontade.
***
– Está divina, senhorita. – A dama suspirou maravilhada e me peguei encarava espelho. Não, aquela não podia ser eu.
Segundo a tradição, o príncipe chegava a tarde para um almoço, descanso pessoal, depois uma reunião onde a Arquelândia devia mostrar seus rendimentos e ofertar uma parcela de acordos a Nárnia e, ao fim, era feito um baile em sua homenagem com a realeza e elite do país.
– Você fica lindíssima de azul, combina com sua pele e seus cabelos. – Comentou outra enquanto eu ainda me encarava, um tanto assustada.
Eu realmente estava muito... diferente.
Os produtos que as damas indicaram realmente deixaram meus cabelos mais macios e alinhados e o vestido era... com certeza era obra de Edmundo, mas era lindo. Cravejado de cristais, tinha um tom de branco gelo e era justo ao corpo com uma ousada fenda na perna esquerda e as costas nuas. O tom do vestido se mesclava com a minha cor pálida dos anos sem sol e o meu cabelo parecia destacar-se mais do que o normal.
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CRUEL PRINCE, Edmundo Pevensie ⋅⋆⊱ As Crônicas de Nárnia.
Fantasy⌜𝐹𝑖𝑛𝑒, 𝑚𝑎𝑘𝑒 𝑚𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑣𝑖𝑙𝑙𝑎𝑖𝑛 ༉‧₊˚✧ Aslam nunca salvou o traidor. Talvez, no fundo, ele soubesse que não havia como salvá-lo; seu coração era de gelo, assim como o da mulher que o recebeu como a um filho. - Você é igual a mim, Edm...