Capítulo 6

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Isabelly ❤️‍🔥

Duas semanas depois...

Acordo com meu celular despertando às oito horas da manhã, mas como hoje é sábado eu enrolo dez minutos para sair da cama. Minha rotina não é cansativa, durante a semana de manhã vou pra escola e de tarde ajudo minha vó no restaurante dela, e aos finais de semana também ajudo minha vó, é bem fácil e me ajuda a ficar distraída, então morrer de tédio por aqui é que eu não vou.

Separo uma roupa pra quando eu sair do banheiro, depois pego a minha toalha e vou tomar o meu banho, aproveito e escovo os meus dentes. Volto pro quarto ouvindo o meu celular tocar, o que indica que alguém está me ligando, pego o mesmo que estava jogado em cima da cama e vejo o nome da Rayssa no visor.

- Oi rapariga.- ela fala do outro lado da linha.

- Oi gatinha.- me acostumei rápido com ela me dando apelido, tanto que chamo ela por apelidos também.

- Vai ter baile hoje hein.- fala bem animada.

- E o que eu tenho haver com isso?-  tiro o celular da orelha e coloco a chamada no viva-voz pra poder vestir minha roupa enquanto converso com ela.

- Não se faz de sonsa não rapariga velha.- sorrio de como ela fala comigo. - Você não foi comigo na semana passada quando eu te chamei, mas prometeu ir comigo no próximo.- ela me lembra, e sim eu fiz isso, mas só pra parar de me chamar.

- Mas eu não falei em qual próximo.- tento enrolar ela.

- Amiga PARA.- ela praticamente grita.- esse é o próximo.

- Eu posso pensar?

- Pode, mas eu não aceito um não como resposta.

- Eu não prometo nada.

- Vou na sua casa mais tarde pra te buscar meu amor de qualquer jeito, tchau.

- NÃO DESLI...- ela desligou.

A Rayssa é uma garota incrível, acho que até posso dizer uma amiga maravilhosa, me aproximei bastante dela durante o tempo em que passamos juntas. Mas eu nunca fui em uma festa como a qual ela me convida quase todo dia, cheia de traficantes inclusive, apesar de eu saber lidar com eles, ainda é difícil viver no mesmo ambiente.

Deixo de pensar sobre isso e termino de me arrumar pra ir no restaurante com a minha vó, ajudar a minha velhinha e ainda ganhar um dinheirinho pra eu fazer minhas coisas, apesar da minha mãe me mandar dinheiro eu quero saber conquistar minhas próprias coisas.

Vó: Vamos querida?- ela me chama batendo em minha porta.

Correndo pego meu celular em cima da cama e saio do quarto  pra atender minha vó.

Isa: Tô pronta, vamos.- mostro um sorriso pra ela.

Vó: Então bora logo, estou atrasada pra abrir o restaurante.- ela me mostra um sorrisinho delicado, acho minha vó tão fofinha.

Saímos de casa juntas e vamos direto abrir o restaurante.


O movimento tá agitado, vejo um grupinho chegar e logo percebo que é o grupo do LN, eles costumam almoçar aqui todos os dias

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O movimento tá agitado, vejo um grupinho chegar e logo percebo que é o grupo do LN, eles costumam almoçar aqui todos os dias. Esses últimos dias o LN chamou bastante minha atenção, sem contar que quando ele vem aqui ele costuma ficar me paquerando.

Vejo eles pegarem seus pratos e se servirem, depois de colocarem a comida eles fazem uma fila e vem até o balcão pra pesar o prato e pagarem logo a conta. Vejo que o LN é o primeiro da fila, logo me dar um friozinho na barriga.

LN: Oi, tá bonita.- mais um de seus comentários, eu gosto, ele coloca o prato na balança.

Isa: Deu treze reais LN.- vejo ele dá uma leve revirada de olho e fico um pouco confusa.

LN: Gosto quando você fala meu vulgo. Imagino até você debaixo de mim.- meu Deus, ele não disse isso, acho que fiquei vermelha que nem um pimentão agora.

- Anda logo LN, eu tô com fome, deixa pra ficar dando em cima da mina depois.- vejo o cara atrás dele reclamar.

LN: Por acaso algum de vocês está passando fome? Que pressa é essa caralho .- ele pega uma nota de vinte reais no bolso de sua bermuda e me entrega junto com um papelzinho.

Coloco o dinheiro no caixa e totalmente envergonhada coloco o papelzinho que ele me entregou no bolso da minha calça jeans. Pego o troco e devolvo na mão dele que segura a minha por um tempo, imediatamente puxo minha mão pra interromper o contato.

Isa: Próximo.- chamo fazendo com que ele saia da fila, mas não antes de ele me mandar uma piscadela. O homem tem talento pra pequena, deveria participar do programa do Rodrigo faro.

Depois de atender alguns clientes minha vó troca comigo e me manda ir pra casa, assim eu faço, trabalhei a manhã inteira e duas horas pela tarde, então ela me liberou pra ir para casa primeiro.

Quando pego a chave no bolso da calça o papelzinho que o LN me entregou cai no chão, abaixo e pego. Destranco a porta e entro em casa abrindo o papelzinho, estou morrendo de curiosidade pra saber o que tá escrito.

" Tô doido pra te ver hoje, brota no baile."

No bilhete também tem o número de telefone dele, pego o meu celular e salvo o contato. Esse cara consegue me atrair de uma forma diferente.

O filho do dono do morro e ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora