O filho do dono do morro e Ela

Capítulo 18

Lorenzo - LN

Essa Isabelly meche com a minha cabeça, tá maluco, curto ela pra cacete e sempre que a gente tá ficando só nos amassos, eu fico com mais vontade ainda de ter ela pra mim, mas a real é que nunca namorei ninguém, gosto de ficar me pegando com todo mundo, nem sei como eu não peguei nenhuma doença no pau ainda, já enfiei em tanto buraco diferente que pareço até tá no cio.

A vó dela quase me garguelou, me deu mó esporro no dia que pegou a neta no meu carro, falou que não era pra eu ficar de pilantragem com a neta dela não, coloco mó fé na tia Bela, tem meu respeito aquela velhinha. Mas tudo que ela me falou entrou por um ouvido e saiu pelo outro, pois no outro dia eu já tava com as mãos na neta dela. Papo reto, daquela neguinha eu só solto quando ela me pedir.

Sei que ela disse pra mim que nós ia ficar sem compromisso, mas ela é uma mina resposa, novinha e já tem uma certa maturidade, sei que ela falou uma coisa mas quer outra. Só que eu sinceramente não tenho papo de futuro não, se ela estiver esperando isso é melhor ela até partir pra outro.

Dentro do carro, aonde eu estou "prendendo" ela, a gente fica se provocando. Praticamente ela fala que é pra eu assumir ela.

LN: No começo eu falei que não era sério o que a gente ia ter Isa.- tiro minha mão da nuca dela e me afasto, destranco a porta do carro.

Isa: Eu sei, só tô falando que ia ser melhor pra gente. Se a gente realmente estivéssemos juntos eu não ia ter que ficar fugindo de casa e ia poder te ver a hora que eu qui...- eu não deixo ela terminar de falar.

Isabelly já estava querendo demais, pensando além do que a gente tinha conversado.

LN: As meninas estão te esperando, depois a gente conversa sobre isso.- falo sem olhar pra cara dela.

Ela não fala mais nada, apenas sai e bate com um pouco de força a porta do carro. Sei que eu não deveria ter falado assim com ela, mas é assim que funciona minha vida, não acho que eu tenha maturidade para ter um relacionamento, pelo menos não agora, nem quero ter relacionamento pra colocar um monte de chifre na cabeça da mina. Vejo elas entrando no shopping e vou embora.

Quando já é seis horas da noite, estou em casa jogado no sofá, pensando na conversa que eu tive com a Isa, gosto muito do que a gente tava tendo e sem brincadeira nenhuma, recordando dos dias que a gente estava "junto" não lembro de eu ter pegado outra garota, logo percebo "namorados" praticamente a gente já era, só não tínhamos oficializado, namoral desnecessário a conversa que eu tive com ela, ou seja, surtei por nada, eu solto uma risada dos meus próprios pensamentos.

Meu celular vibra e eu vejo que é a Sara.

Sara:
"Hein, tem como você vim buscar a gente?" 18:17

LN:
"Tem sim, já tô indo." 18:18

Sara:
"É só eu e a Isa, porquê a Rayssa já foi embora mais cedo com o Rafa." 18:19

LN:
"Blz."

Desligo o celular, pego a chave do meu jipe e vou buscar as meninas, já estou com o pensamento de conversar com a Isa, deixo a Sara em casa e depois vou dar uma voltinha com a princesinha.

Paro na frente do shopping e buzino pra elas, quando me veem corre pra dentro do carro, as duas entram e se sentam no banco de trás, fico desapontado por ela não querer nem sentar perto de mim. Olho pra trás e meu olhar cai nela que logo fecha a cara pra mim. Assim eu me apaixono, essa carinha de marrenta dela me deixa fraco. Que gay. Sorrio pra ela que desvia o olhar para janela.

LN: Aproveitaram?- tento puxar conversa enquanto jogo o carro para a estrada.

Sara: Foi muito divertido, um menino deu em cima da Isa você acredita?- quando ela fala isso tento olhar pro rosto dela pelo espelho.

LN: Foi mesmo?- pergunto nada interessado em saber quem foi o filho da puta que está tentando pegar minha preta.

Sara: Pediu o número dela e tudo.- Eu apenas murmuro algo querendo que a Sara continue contando.- Mas aí como a boa irmã que sou, falei que minha cunhadinha já era comprometida e expulsei o urubu de lá.- nesse momento eu queria da um prêmio para minha irmã.

Se ela soubesse que eu praticamente expulsei a amiga dela do carro, ela não teria feito isso, acho que ela mesma teria dado o número da Isabelly para o tal garoto.

Isa: Só não dei meu número porquê não gostei do garoto. Se não eu tinha passado meu contato pra ele.- quando ela termina de falar logo procuro o olhar dela pelo retrovisor.- Até porquê eu e seu irmão não temos nada.- fala olhando em meus olhos.

Vejam só a gatinha tem garras.

Sara: Podem parar de graça, não tem mas vão ter, porquê eu estou gostando muito de ver meu irmão de quatro por você.- agora eu quero garguelar essa garota, quem deu essa liberdade pra ela?

Entro no morro e vou subindo direto, passo da rua que leva para casa da Isa.

Isa: Você já passou da minha rua.- fala comigo pela primeira vez durante o trajeto.

LN: Calma preta, eu vou dar a volta.

Não sei qual foi a reação dela, mas acho que ela não sabe o que estou planejando fazer. Paro o carro na frente da casa do meu pai e deixo Sara. Vejo elas se despedirem e ouço Sara falar que está de olho.

Depois como eu disse que faria dou a volta no morro e paro alguns metros antes da casa dela por causa da avó.