A Mensagem

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A redação de jornalismo da Globo, especificamente a do Jornal Nacional, estava agitada para mais um dia de descobertas, aprendizados e reportagens no cotidiano dos brasileiros em todas as partes do país.

William Bonner, editor-chefe a mais de 30 anos do maior telejornal assistido pelos brasileiros, havia acabado de chegar à redação as exatas 11:35, trajando uma calça jeans azulada e camisa xadrez verde, sem terno e gravata como era acostumado a ser visto. Adentrou e cumprimentou a todos ali presentes, pegou uma bolinha de papel que havia sobre uma das mesas e como de costume à arremessava em uma lata de lixo e sempre acertava o alvo, para surpresa de todos que observavam a cena, logo em seguida, seguia para sua sala e depois para a sala de reuniões, para que finalmente o dia começasse.

As horas foram passando e ao pontuar 14:30, o editor-chefe do Jornal nacional, sentiu que o ambiente estava como ele estava acostumado por mais de 6 anos: leve e aconchegante, com uma luz e atmosfera diferenciada da que encontrou quando chegou as 11 horas da manhã. Ao levantar de sua cadeira e abrir a porta, ouviu ao longe uma voz doce e aconchegante, olhou e a viu parada no fim de um imenso corredor de computadores e mesas, e ela estava com o mais belo sorriso acompanhado por uma dancinha com as mãos e um coração feito com os dedos.

Bonner, caminhou em sua direção e se deparou com mais um sorriso encantador, junto a uma beleza natural que se aperfeiçoava com o passar dos anos. Renata Vasconcellos lhe olhou e sorriu ainda mais enquanto falava:

- Olha o Bonner!! Eeee.

A alegria era visível no olhar da jornalista que trazia para aquele espaço, à mais de 6 anos, leveza e alegria, delicadeza e companheirismo, fazendo com que a seriedade que ele transmitia, nada importasse quando o homem estava perto dela, o fazendo se sentir hipnotizado pelo jeito delicado que ela tratava a todos, por sua forma baixa e calma de falar, pelos seus gostos elegantes e finos, por sua simplicidade e amor por flores, e principalmente, a forma como ela o tratava, com tanto respeito, admiração e por muitas vezes, paciência. Ela sempre foi seu ombro amigo em momentos difíceis e ele o dela, depois de criticas maldosas que a faziam fraquejar e se sentir triste, pois, a mulher em sua frente era sensível como as flores que ela tanto admirava.

- Bom Dia – falou Bonner, enquanto se aproximava de Renata, com os braços abertos.

- Gente, vocês estão filmando? Não pode!! – falou a mulher a um homem que segurava uma câmera no ombro enquanto se aproximava de Bonner e o tocava o braço.

- Estão sim ... – confirmou uma mulher que se encontrava sentada em frente a um computador, achando o comentário da jornalista engraçado.

- É por causa da minha pele... ela tem muito brilho e minha dermatologista me passou um produto incrível... – falou Bonner.

- Ele vai me dar o nome... – falou Renata, enquanto ainda mantinha as duas mãos no braço de Bonner que, mesmo usando uma camisa de manga longa, conseguia sentir a macies da pele da mulher e a única coisa que conseguia fazer, era sorrir.

- Obrigado, gente! – falou o rapaz com a câmera para ambos em sua frente e recebeu como resposta uma piscada de Renata que foi acompanhada com um sorriso meigo e de Bonner um sorriso e Boa sorte!

- Reunião de pauta em 10 minutos! – alertou o jornalista para todos na redação antes de voltar suas atenções para a mulher e finalmente lhe dar o tão demorado abraço.

Ainda abraçados, ambos foram interrompidos pela moça que estava sentada.

- Gente, olhem...

Tanto Renata quando William se encaminharam em direção a um computador depois de terem se separado, mas antes que chegasse próximo, assim como Bonner, a jornalista, carinhosamente apelidada de Duquesa pelo homem, sentiu seu celular vibrar em seu bolço e o pegou para verificar do que se trataria para depois continuar seu caminho, mas assim que o pegou, verificou no visor o nome de sua mãe acompanhado por uma mensagem de texto que dizia:

A DuquesaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora