A mensagem part. 2

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Durante o caminho até o hospital, Renata, estava com a cabeça encostada no vidro, enquanto segurava seu celular na espera de quaisquer noticia positiva de sua mãe até a chegada ao hospital, mas ninguém havia chamado.

- Ela vai ficar bem – disse Bonner, enquanto olhava rapidamente para Renata.

- Eu estou sentindo algo estranho...

- Os gêmeos tem essa ligação sobrenatural, não é mesmo?

- Não posso dizer que não e nem que sim... só posso dizer que sentimos.

As atenções da mulher foram levadas ao visor que estava brilhando de seu celular e nele estava escrito, Mãe.

- Mãe? – falou com a voz tremula.

- Ela está sendo atendida pelo médico. Estou aguardando você...

- Estou a caminho.

- Pode trazer um par de roupas para a sua irmã?

- Claro! Irei ligar para o Miguel, pedir para que leve algumas roupas minhas.

- Liguei para ele e ele me informou que está viajando.

A jornalista levou uma das mãos a cabeça ao recordar que pela manhã daquele mesmo dia, seu marido havia ido viajar para Londres à trabalho.

- Sim! Eu havia esquecido que ele havia ido para Londres...

A mulher ficou em silêncio ao escutar a voz em sussurro do homem ao seu lado.

- Em 5 minutos estamos em sua casa.

- Obrigada! – sussurrou assim que tapou o alto-falante no celular – Estou ai em... – olhou para Bonner que lhe olhou e continuou.

- 30 minutos.

- ... 30 minutos, mãe.

- Você está dirigindo, filha?

- Não! O Bonner está comigo.

- Que bom meu amor... fiquei com medo de você estar sozinha...

- Estou bem mãe e por favor, qualquer notícia me avise.

- Tudo bem. Até depois.

Ao chegarem no apartamento de Renata, Bonner permaneceu no carro para a surpresa da mulher ao seu lado

- Você vai ficar aqui?

- Sim...

- Bonner, eu não mordo e o Miguel não está em casa. E irei apenas buscar algumas roupas.

- Não quero causar problemas ou falatórios.

- Não estou nem aí para falatórios, Bonner... Deixa que falem... – Falou Renata enquanto tirava o sinto de segurança – estou mais preocupada com a minha irmã!

Neste momento o homem se sentiu um egoísta por estar preocupado com o que iriam falar sobre eles ao invés da real situação que estava acontecendo com a irmã da mulher ao seu lado e acabou cedendo, assim que percebeu os olhos cheios de lágrimas de sua parceira de bancada.

Desceu e prontamente abriu a porta do passageiro para que a mulher também descesse para que ambos fossem até a entrada do local, onde passaram pelo porteiro que estranhou o homem estar ali com Renata, mas não falou nada.

Ao se aproximarem do elevador e esperar a porta se abrir, Bonner, carinhosamente pegou a mão de sua parceira e ao perceber o olhar preocupado dela e cheio de lagrimas reprimidas, a puxou para um abraço e falou:

- Ela irá ficar bem, Renata.

O porteiro olhou com uma visível expressão de espanto com a cena.

A porta se abril e ambos entraram depois de se separarem.

A DuquesaOnde histórias criam vida. Descubra agora