Prologue

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Khun Korkamon — em breve Kornkamon Armstrong novamente estava sentada na beirada de sua cama de hotel, olhando para a pequena vareta de plástico na mão.

Piscou, sentindo o coração disparar e o estômago se revolver.

Era muita falta de sorte.

E a ironia da situação... Uma risada sarcástica escapou de sua garganta quando ela soltou o ar que estivera prendendo pelos últimos momentos.

Kornkamon estava recentemente divorciada de alguém que pensara ser a pessoa de seus sonhos, hospedada num hotel no centro de Pittsburgh, porque não sabia o que fazer com sua vida, agora que o tapete tinha sido puxado de baixo de seus pés.

E se isso não bastasse para fazê-la questionar onde as coisas tinham dado tão erradas, agora ela estava grávida.

Grávida. Do filho de sua ex, quando não conseguira conceber nos três anos que elas haviam sido casadas, apesar de ter tentado ou  pelo menos, apesar de elas não terem feito nada para impedir uma gravidez.

O quê em nome de Deus ia fazer?

Levantando-se sobre pernas instáveis, atravessou o quarto para a grande mesa na parede e sentou-se na cadeira almofadada.

Suas mãos tremiam enquanto punha a pequena vareta de plástico sobre a superfície lisa e puxava o telefone para mais perto. Respirando fundo diversas vezes, disse a si mesma que podia fazer aquilo. Que era a coisa certa a fazer, e, independentemente de como a outra reagisse, ela lidaria com isso.

Aquela não era uma oferta para que elas voltassem. Kornkamon não tinha certeza se queria isso, mesmo com um bebê no cenário agora.

Mas a outra merecia saber que ia ser pai, independentemente do estado atual do relacionamento delas.

Com dedos frios, discou o número familiar, sabendo que o assistente dela atenderia.

Kornkamon nunca gostara de Heng Kerk, um bajulador falso, tratando-a mais como uma perturbação do que como a esposa da diretora-geral de uma companhia multimilionária, e chefe dele. Após um toque, a voz de Kerk soou na linha.

-  Corporação Khun, escritório de Khun Sam. Em que posso ajudar?
- É Kornkamon.

Disse ela sem preâmbulos.

— Preciso falar com Sam.
- Lamento, Srta. Armstrong, mas a Sra. Khun não está disponível.

Ele usou seu nome de solteira sem mencionar chamando-a de senhorita, sem dúvida, deliberadamente.

- É importante.

Insistiu ela, não se incomodando em corrigi-lo ou em discutir com ele. Já tivera bastante disso no passado, assim como costumara ignorar a falsidade de Kerk apenas para manter a paz.

- Sinto muito, mas a Sra. Khun me instruiu para lhe falar que não há absolutamente nada que você tenha a dizer que ela queira ouvir. Bom dia.

E com isso, a linha ficou muda, deixando Kornkamon boquiaberta. Ela sabia que Sam estava zangada, que elas tinham se separado em termos pouco amigáveis, mas nunca esperara que a outra nem ao menos se dignasse a falar com ela.

Sam a amara um dia, certo?

Ela certamente a amara.

Entretanto, elas haviam chegado a este ponto... Tomando-se duas estranhas que nem podiam ter uma conversa educada. Mas isso respondia à pergunta sobre o que ela ia fazer.

Seria mãe solteira, e sem a ajuda do dinheiro e apoio de Sam, os quais ela não aceitaria com ou sem acordo pré-nupcial. Precisava encontrar uma maneira de cuidar de si mesma e do bebê... E era melhor fazer isso logo.

              





                    1 Year Later...

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