Baby Secret

Wonderful Surprise

Exatamente. Porque a última vez que ela a  deixara, estava grávida com seu filho... E havia uma boa chance de que o mesmo fosse verdade agora.

- Não.

Disse Mon, umedecendo os lábios.

- Quero dizer, sim, estou indo embora, mas não, não estou tentando fugir. Eu lhe deixei um bilhete no quarto... Atrás daquele que você me deixou esta manhã.

Bem, aquilo era diferente pelo menos, pensou com sarcasmo.

- E um bilhete compensa seu ato de ir embora ao meio do dia enquanto eu estou no escritório? Com meu filho?
- É claro que não! Todavia, quando você ler o bilhete, verá que expliquei que não estava indo embora. Estava apenas deixando a propriedade e indo para um hotel na cidade. Eu ia ficar lá até que tivesse a chance de falar com você.

Sam franziu o cenho, intrigada.

- Sobre o quê?

Mon engoliu em seco.

- Sua mãe me mandou embora.

Os olhos de Sam se arregalaram em surpresa.

- Por quê?

Por que sua mãe mandaria sua esposa, sua ex-esposa, embora?

- Pela mesma razão que ela me fez ir embora da última vez... Porque me odeia. Ou no mínimo, me desaprova com todas as forças. Na opinião de sua mãe, eu não sou boa o bastante para você, e nunca serei.

Um pequeno sorriso tocou-lhe os lábios quando ela acrescentou.

- É claro, dessa vez, ela foi muito mais direta ao me mandar embora, provavelmente porque eu a repreendi.
- Você repreendeu minha mãe.

Murmurou, tentando processar o que estava ouvindo, mas sentindo-se mais confusa a cada minuto.

- Por que você faria isso?
- Porque me recuso a deixá-la continuar me intimidando. Recuso-me a deixá-la fazer com que eu me sinta inferior, somente porque ela sempre me verá como uma garçonete de nível baixo, indigna das afeições da filha dela.

Sam meneou a cabeça.

- Isso é um mal-entendido. Minha mãe pode ser distante, eu sei, mas ela está radiante sobre Bambam, e tenho certeza que está feliz em ter você de volta aqui, também.

Sam tentou tocar-lhe os ombros, mas ela deu um passo atrás.

- Não há mal-entendido algum, Sam.

Declarou Mon em um tom de voz implacável.

- Sei que você ama sua mãe e eu nunca lhe pediria para mudar isso. Jamais tentaria, intencionalmente, criar uma rixa entre você e sua família. Porém, por mais que eu a ame, não posso continuar aqui.

O peito de Sam se apertou com aquelas palavras. Ela a amava... Ou assim dizia,
entretanto, estava disposta a deixá-la. Novamente.

- Você me ama.

Jogou a declaração de volta no rosto dela.

- Certo. Você me ama, mas vai embora. De novo. E quanto a Bambam? E quanto ao filho que talvez esteja carregando agora? Vai fugir e esconder outra gravidez de mim? Manter outro bebê longe do pai?

Mon empalideceu com aquilo e que Deus a perdoasse, mas ficou satisfeita.

Sabia que estava sendo cruel, magoando-a intencionalmente.

Mas, ora, também estava magoada. Estava sendo traída pela segunda vez pela única mulher que já amara e que tinha declarado mais de uma vez amá-la em retomo.