Symphony

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Disse, olhando entre seu terno caro e seu filho, que tinha papinha de bebê desde os cabelos até os dedos dos pés.

- mas...
- Definitivamente não.

Mon concordou, pegando um pano úmido para limpar o pior do excesso de comida da boca e queixo de Bambam.

- Vamos deixar tia Sorn limpá-lo, e talvez você possa segurá-lo quando nós voltarmos se ele ainda estiver acordado.

Sam não pareceu muito satisfeita com a ideia, mas assentiu mesmo assim.

- Vamos.

Incentivou-a quando se levantou e tia Sorn rodeou a mesa para tirar Bambam do cadeirão. Ainda parecendo relutante em partir, Sam a seguiu para a porta da frente. Do lado de fora, conduziu-a para seu carro, e ajudou-a a entrar.

- O que você faz quando ele está assim todo sujo?

Perguntou Sam quando se sentou atrás do volante.

- O que você quer dizer?
- Como você não pega seu próprio filho?

Mon piscou. Havia uma ponta de culpa por trás daquelas palavras?

Culpa de alguém que ela não pensou que entendesse esse conceito? Que a deixara ir embora sem uma luta, sem uma explicação decente?

- Sam.

Meneando a cabeça, ela abaixou o queixo para tentar esconder o sorriso divertido nos lábios.

- Eu sei que isso tudo é novo para você, que descobrir sobre Bambam foi um choque, mas você não tem nada pelo que se culpar. Ele é um bebê. Contanto que tenha suas necessidades atendidas, não se importa com quem o está
alimentando, quem o está abraçando ou trocando sua fralda.
- Isso não é verdade.

Disse Sam.

- Bebês sabem a diferença entre seus pais e uma babá, entre mãe e pai.
- Certo.

Concordou ela.

- Mas muitas vezes eu não o pego depois que ele comeu, porque não quero que Bambam suje as minhas roupas com comida.

Sem pensar no que estava fazendo, ela estendeu a mão e deu-lhe um tapinha na perna.

- Se você vai ficar um tempo na cidade, compre algumas calças jeans e camisetas, e espere que elas fiquem sujas com frequência. Mas não se preocupe sobre esta noite. Eu não o segurei esta manhã também porque estava arrumada para a reunião com você. Essa é uma das grandes vantagens em ter tia Sorn por perto. Não posso fazer tudo sozinha, e ela me ajuda muito.

Prendendo-lhe o olhar, Sam entrelaçou os dedos nos dela, segurando-lhe a mão com firmeza, mesmo quando ela tentou puxá-la.

- Deveria ser eu ajudando-a com Bambam, não sua tia. Mas nós conversaremos sobre isso durante o jantar. Entre outras coisas.




(...)





Apesar da ameaça da grande conversa, o jantar foi bastante agradável.

Ela a levou para o restaurante do hotel, que era um dos melhores da cidade e tentou manipulá-la com vinho e o prato de caranguejo crab cake. É claro, uma vez que estava amamentando, ela teve de recusar o vinho, mas o caranguejo estava delicioso, principalmente porque Sam a deixou comer em paz.

Assim que o garçom levou o café e eles escolheram a sobremesa, todavia, o interrogatório começou.

- Como foi à gravidez?

Perguntou, indo diretamente ao ponto como sempre.

E Mon suspirou, aliviada que Sam estava começando com uma pergunta fácil, em vez de com acusações.

Baby Secret Where stories live. Discover now