quebrando barreiras

101 18 5
                                    

Já  tinha esquecido como era sentir tédio, o sol está quase se pondo e eu ainda estou no esconderijo da jinx, ela está super concentrada em suas criações e já tá nisso a horas,  eu já cheguei a um nível extremo de Tédio, já escutei música, organizei algumas coisas que estavam espalhadas, tentei puxar assunto de novo, mas sem sucesso, então agora eu tô sentada de novo com a mão no queixo apenas observando enquanto a jinx mexe em um monte de peças.

- tô com fome, será que rola uma pausinha pro lanche?

Perguntei na esperança de receber um pouco de atenção e por quê também não lembro de ter comido nada hoje.

- você pode ir comer, aproveita e trás algo pra mim também.

- quero ir com você.

Me levantei da cama e caminhei para perto da mesa em que ela estava, apoiei minha mão na cadeira e fiz com que ela olhasse pra mim.

- não comi nada o dia todo e aposto que você também não, será só alguns minutos.

- tá bom, mas eu vou escolher a comida.

Ela levantou de uma vez por toda com um sorriso no rosto e fomos caminhando até zaun onde tinha uma pequena barraca onde vendia alguns doces, coloquei um sorriso no rosto também até por que pra quem não sabe eu amo doces, a jinx já parecia ter escolhido o que pedir mas eu não fazia idéia.

- vou querer biscoitos e você?

- o mesmo que você.

Assim que pegamos nossa comida fomos a caminho do bunker de novo mas dessa vez o silêncio não se fazia presente.

- jinx, vamos jogar um jogo?

- depende, que jogo?

- eu irei falar algo que ninguém sabe sobre mim e em troca você fará o mesmo, o que acha?

- sem ganhadores?

- é só um jogo para nos conhecermos melhor, não precisa de ganhadores.

- então não é um jogo,  um jogo sempre terá  um ganhador e um perdedor.

- tá bom, que tal fazermos assim, eu irei fazer uma pergunta a você e você a mim mas se uma de nós não querermos responder alguma pergunta perde.

- parece bom pra mim.

- eu que inventei o jogo então eu começo.

Ela acenou a cabeça levemente e continuamos caminhando lado a lado, de início parece um jogo bobo mas posso afirmar que não é nada disso, preciso ganhar sua confiança mas para isso preciso confiar totalmente nela primeiro, afinal, a confiança é uma via de mão dupla.

- Qual é o seu maior sonho.

- essa é fácil, destruir piltover e todo aqueles esnobes do lado alto.

- agora é sua vez, pode perguntar qualquer coisa.

- e como vou saber se você está falando a verdade.

Nesse momento ela parou de andar e se virou pra mim ainda comendo seus biscoitos, seus olhos não estavam frios como mais cedo no túnel e seu rosto tinha uma expressão mais leve.

- não saberá, vai precisar confiar que o que estou falando é a verdade.

Ela ainda não tinha voltado a andar e estávamos paradas de frente uma pra outra, minhas palavras pareciam ter despertado uma certa curiosidade nela e talvez ,só talvez ,estivesse até confusa.

- talvez isso não seja o suficiente.

- ou talvez você só precise confiar em mim assim como estou confiando que você falará a verdade.

JUST TIMEUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum