Capítulo 2

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Quando eu comecei a ler o livro eu achei muito clichê e até pensei em desistir, porém com o passar dos capítulos eu comecei a me sentir cada vez mais ansiosa e exitada, quando me dei conta já havia lido mais da metade do livro, eu olhei para o relógio, estava marcando 02h48min, eu queria terminar o livro pois havia chegado no momento que eu mais esperava: a morte de Iris, eu criei um grande ódio contra ela por viver importunado Annabel, porém  eu tive que me forçar a  parar de ler, pois tinha que ir para a faculdade  de manhã, assim desliguei o celular e me enfiei de baixo das cobertas.

Eu adormeci estranhamente rápido, durante o sono eu tive um sonho muito estranho, era como se memórias de outra pessoa passasem na minha cabeça, desde vagas memórias de uma pequena criança de aproximação 3 ou 4  anos até  a idade de uma jovem de aparentemente 17 à 18 anos.

Nas memórias a menina parecia feliz quando estava em público com seus pais, porém dentro da casa, recebia inúmeros olhares hostis de escárnio e desprezo da parte dos empregados e olhares frios de seus "pais", exeto por uma jovem senhora que aparecia vagamente em suas memórias de infância.

A última imagem a aparecer  foi a da jovem senhora sendo condenada a guilhotina por traição ao Duque, com a imagem sangrenta da jovem senhora sendo decapitada e o grito de desespero de uma garotinha de 8 anos eu acordei  soando frio.

Eu pasei as mãos em meu rosto ainda com a terrível imagem presa em minha cabeça, ainda desconcentrada e com os olhos semiabertos caminhei em direção a onde ficava o banheiro, continuei a andar quando de repente bati com a cabeça em uma parede e tropecei para trás

-Aii! Não lembro de ter uma parede aqui!

Resmunguei me levantando com a cabeça ainda dolorida e olhei ao redor, foi quando eu me dei conta de que estava em um lugar totalmente estranho, perplexa caminhei em direção a varanda,quando  abri as portas fiquei ainda mais chocada com o que vi.

  Era totalmente diferente de Seul, que continha diversos prédios de todos os tamanhos, em frente tinha um jardim exageradamente grante e extenso e ao longo podia se ver um grande  portão dourada com uma espécie de brasão esculpido, era um escudo com dua espadas dourada em forma de X. Além do portão se via grandes mansões gigantescas  e mais ao fundo podia ser visto pequenan casas de madeira.

Eu franzi a testa em perplexidade, rapidamente voltando para dentro do quarto e me sentando na cadeira de uma penteadeira para tentar entender oque estava acontecendo. Só depois de alguns momentos eu raparei em um grande espelho à minha frente, ao olhar para o reflexo foi quando eu perdi totalmente minha razão...

Ao olhar para o reflexo, o rosto que eu vi não era o meu, era uma linda jovem com a pele branca como o leite e incrivelmente macia , incríveis e longos cabelos prateados e olhos brilhavam  em um intenso e profundo vermelho parecendo dois rubis.

Eu mal consegui raciocinar oque havia acontecido quando de repente um barulho extremamente alto ressoou pela porta e uma uma senhora com um olhar hostil me encarou e disse:

- Senhorita Iris, o Duque requesita sua presença imediata ao seu escritório.

Quando ela pronunciou a palavra " Senhorita " não pude deixar de perceber um pequeno toque de sarcasmo em sua voz.... espera um momento, Íris? Antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa, duas empregadas me arrastaram para um quato com uma banheira, uma delas começou a encher a banheira em quanto a outra me despia, antes que eu pudesse reagir eu fui jogada sem o menor cuidado dentro da banheira, e para a minha infelicidade, a água estava extremamente fria.

Após o banho forçado, me vestiram com um vestido azul-marinho que era extremamente desconfortável e sem a menor sensibilidade começaram a mexer no "meu" cabelo.

No final, eu estava coberta de assessórios extravagantes, um vestido desconfortável e tentando processar oque havia acontecido.

Eu fui praticamente arrastada  por um corredor com paredes em um tom de dourado escuro que parecia não ter fim, ao longo eu pude perceber os olhares de desdém dos servos, que mesmo se curvando em saudação, faziam parecer mais com um ato de zombaria. Eu simplesmente os ignorei, pois comparados com olhares que recebi de meus tios durante todos esses anos, isso não chegava a ser digno de ser chamado de um olhar um tanto desagradável.

Quando finalmente cheguei ao fim do corredor, tive que descer uma escadaria que se encontrava com uma outra que vinha do lado oposto e finalmente se tornavam uma só, descendo até o andar principal.

Ao decorrer do tempo em que a serva me chamou de Iris, eu me lembrei do sonho estranho que tive e a aparência desse corpo, nesse meio tempo, depois de pensar no que estava acontecendo, eu chegei a uma teoria ridícula, pensando comigo mesmo que era impossível, eu ri internamente, porém quando eu parei em frente a uma grande porta a empregada a abriu, minha teoria se concretizou assim que eu pôs os olhos na figura alta sentada atrás de uma mesa no centro da sala, meu corpo gelou,meu coração pulou algumas batidas e eu inconscientemente prendi a respiração perante os olhos negros e frios que me olhavam cheios de hostilidade....

"N..n..nã...não pode ser.....?!!!"

Como Sobreviver Sendo A Vilã De Um Romance De Hárem Reverso?!Onde histórias criam vida. Descubra agora