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Você e JJ estão juntas há anos, desde quando ela começou a trabalhar no BAU (Tá certo isso?) até agora.
Você entendeu que ela não era muito aberta com seus relacionamentos pessoais, pois sabia que o trabalho era a principal preocupação dela, e a sua também, mas isso não te impediu de ver um futuro com ela, de querer se casar e adotar crianças, não importa o quão cansativo qualquer um desses processos possa ser.
Era tarde da noite quando você tocou no assunto, vocês duas se preparando para dormir.
— Você já pensou em se casar? — Você falou nervosamente atrás dela, brincando com os dedos.
Você estava na cama enquanto ela estava sentada em sua penteadeira, removendo a maquiagem do dia e escovando o cabelo loiro que você tanto amava.
— Ocasionalmente, por quê? — Os olhos dela encontraram os seus através do espelho.
— Bem, eu tenho pensado sobre isso... muito na verdade — Você riu um pouco para si mesma — E eu também quero — Ela ficou em silêncio antes de olhar para si mesma pelo espelho.
— Não podemos — Suas sobrancelhas franziram com a frase dita pela loira.
— Por que não? — Você não pôde deixar de perguntar, um poço de tristeza se instalando no fundo de seu estômago.
— Porque é muito arriscado.
— Arriscado JJ? É- Não é. Se você está preocupado com o que os outros vão dizer, tenho certeza de que ninguém vai nos julgar, eles são nossa família, o casamento gay é legal aqui e… — Você foi interrompido por ela.
— Eu não quero discutir com você sobre isso, não esta noite, certo? — Você zombou, jogando os cobertores sobre as pernas enquanto se levantava.
— Então, quando vamos falar sobre isso? Porque estamos juntos há tempo suficiente para que seja hora de falar sobre isso! — Você estava começando a ficar chateada, principalmente porque sentiu que ela estava tratando essa conversa como incômoda.
— Qual é o sentido de falar sobre isso se eu digo sempre a mesma coisa?! — Ela estava ficando agitada também.
Era verdade, você tentou falar com ela sobre isso antes, e ela disse que não estava pronta para considerar a possibilidade ainda, e você respeitou isso, mas já se passou um tempo significativo desde então e foi difícil, um incomodo no fundo do seu cérebro como uma coceira que você não consegue coçar.
— Então você está certo, não há sentido em nada disso — Você pegou seu travesseiro da cama.
— Onde você está indo? — Ela perguntou confusa, mas parcialmente preocupada.
— Vou dormir no sofá esta noite, não posso... não posso ficar perto de você agora — Seu coração se partiu quando ela não lutou para que você ficasse, o que foi um pensamento egoísta que você deve admitir.
Vocês não foram capazes de falar sobre isso desde então.
Não era todo dia que você poderia dizer que alguém poderia dizer que foi mantido sob a mira de uma arma, especialmente nas mãos de um suspeito muito errático.
Foi entre Spencer ou você, o homem praticamente jogando um jogo, você trocou um olhar com Spencer, um olhar que dizia que você estava prestes a fazer algo impulsivo e estúpido. Engolindo seus nervos, você atacou o suspeito, sua arma disparando enquanto você o jogava no chão, ele perfurou seu peito à prova de balas, tirando o ar de seus pulmões enquanto você lutava com o homem, mas o reforço chegou rapidamente e o puxou de cima de você.
Ao se sentar nos degraus da ambulância, você foi auxiliado a tirar o colete, um silvo saindo de seus lábios. Você poderia dizer que a bala deixou uma contusão, o que você não estava preparado era para uma JJ muito preocupada, atacando você e puxando você para seus braços com o melhor de suas habilidades.
— JJ? — Você perguntou suavemente, envolvendo seus braços em volta das costas dela.
— Eu não posso acreditar que você fez isso. — Você a ouviu murmurar contra seu cabelo.
— Bem, se eu não tivesse, eu tinha certeza que Spencer iria se machucar... Prefiro que seja eu do que ele — Ela apenas suspirou, afastando-se de você, mas deixando a mão ao lado do seu rosto.
O pda dela a deixou nervosa, mas agora você tinha certeza de que o resto da equipe havia percebido o que estava acontecendo rapidamente.
— Eu odeio que você tenha feito isso, mas eu teria feito isso também, então não posso estar muito bravo com você — Pela primeira vez desde sua briga, ela sorriu para você.
— Sinto muito, por como agi na outra noite, foi insensível da minha parte, e eu deveria ter tentado te ouvir, mas... Estou com medo, com medo de te perder, e pensei que talvez se não nos casarmos ou se eu nem pensasse nisso, faria com que o impacto doesse menos, mas depois do que aconteceu hoje, eu diria que foi um pensamento estúpido.
Você descansou sua mão em cima da que te segurava, roçando seu polegar nela confortavelmente.
— Está tudo bem, eu também não estava sendo muito atenciosa, É que... eu te amo tanto, e não consigo imaginar não ter você ao meu lado pelo resto da minha vida, mas se apenas ser sua namorada é o que você pode lidar então... então estou bem com isso.
— Eu também te amo, e o casamento não está completamente fora de questão, acho que vamos ser um pouco mais equilibrados sobre isso desta vez.
