01. no amanhecer, encontrei você

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Oi oi, gente! Como estão?

Antes de iniciarem a leitura não esqueçam de dar uma passada nos avisos, ok?

Essa história já estava para ser postada a um tempinho devido ao aniversário da minha amiga Andressa, mas como decidi esperar pela capa, demorou uns dias, no fim, deu tudo certo!

Sasa, como já sabe, a história é inteiramente dedicada a você. Muito obrigada por sempre apoiar os meus projetos e me arrancar boas risadas com sua leve obsessão por lobos kkkkk te adoro!

Espero que gostem, não esqueçam do votinho e boa leitura!

#OSolDaManhãFic

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Jimin durante todos os seus vinte e cinco anos nunca ousou ir contra o seu destino. Para seus pais, a vida dele já tinha todos os passos traçados e permaneceria daquela forma, sem chance alguma de mudanças. Como filho do líder da alcateia do leste e na linha de sucessão daquele cargo, Jimin — desde a mais tenra infância — adquiriu o conhecimento de que quando alcançasse a idade adequada, ele procuraria sua noiva, ambos se casariam teriam uma verdadeira prole de filhos e, se vencesse a disputa contra o seu irmão, ele assumiria o lugar do pai para liderar a alcateia com mãos de ferro.

Amor? Essa não era uma palavra disponível no dicionário da tribo de Clagro. Por essa razão, Jimin nunca conseguiu desfrutá-lo. Nem o paterno, materno e pior ainda o romântico. O pouco do qual sabia sobre a tal emoção, se resumia aos relatos escritos nos pergaminhos sobre párias de sua ou de outras aldeias das quais seguiam uma política semelhante. Afinal, qualquer um que ousasse colocar seus pensamentos e desejos remando na direção contrária à maré, eram exilados sem a mínima chance de retorno. O estranho não era visto como algo bom, mas sempre sinal de mau agouro ou maldição.

E agora, ao atingir a idade adequada e não ter mais o seu irmão para disputar consigo a liderança da alcateia, Jimin teria de se casar e, em algumas horas, conheceria sua noiva. Ele estava mais nervoso do que gostaria e se fosse permitido demonstrar qualquer emoção, provavelmente já teria colocado o jantar da noite passada para fora.

Ainda era madrugada quando despertou. Seu rosto estava molhado de suor e os fios do cabelo preto pregavam em sua testa. Jimin tinha tido um sonho confuso, assustador e por isso sentiu uma vontade desesperada de dar um tempo fora da aldeia. Ele sabia que quando o sol nascesse e a comitiva de sua noiva chegasse, não teria tempo para respirar quando bem quisesse, por essa razão, transformou-se em sua forma lupina e seguiu para o lugar do qual mais sentia paz. Em breve voltaria, quando seus pensamentos estivessem em ordem de preferência.

E a forma lupina era adequada para cumprir o objetivo. Como lobo, Jimin não se sentia frágil, muito menos dava margem para pensamentos intrusivos que o acompanhavam desde o anúncio do noivado. Nessas horas, a racionalidade o abandonava quase por completo, sem dar tempo de fazer questionamentos sobre certo e errado ou de se perguntar se ele desejava mesmo se casar com uma desconhecida.

Jimin não podia brincar com a ideia de se tornar um pária, muito menos pensar em dar as costas para sua família, ele não faria igual ao seu irmão. Isso jamais seria uma opção.

Colocou seu focinho branco para fora da tenda e tudo que recebeu foi o silêncio e a calmaria, com exceção do farfalhar das folhas nas árvores e o som de alguns insetos e pássaros noturnos. Com o caminho limpo de intrometidos, Jimin rompeu com passos lentos a trilha da aldeia da qual o levaria até a vasta floresta na direção do sul, sem sequer olhar para trás.

O Sol da ManhãNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ