Destinadas

Capítulo 27 - Going Somewhere

Eu não podia acreditar, Lauren me amava! O seu núcleo caudado, ou seja lá como se chamava, podia estar nublado, mas eu iria ultrapassar toda aquela fumaça e acender os seus pontos de atividade cerebral. Eu realmente amava a biologia agora que a entendia! Isso era tão legal.

Demetria me ofereceu uma carona até minha casa e eu era folgada demais para não aceitar. Eu tinha os olhos colados na tela do celular, eu estava obcecada sobre os termos científicos.

"Ei, Demi." Chamei a sua atenção. "Aqui diz que os pontos de dopamina se tornam ativos, especialmente, em usuários de cocaína e apostadores, quando eles vencem."

"Sim." Demi concordou.

"Então, conforme sua comparação, o amor não seria uma doença?" Perguntei esfregando a têmpora. É, talvez essa coisa de ciência não fosse mesmo para mim.

"Você já ouviu falar de mosquitos transgênicos, certo?" A doutora questionou e eu neguei com a cabeça. Afinal, o que isso tinha a ver com a minha pergunta? Demi riu, prosseguindo. "Bem, então eu lhe darei uma pequena aula de biologia. Na segunda década de 2000, quando nenhuma de nós sonhava em nascer, havia uma epidemia chamada dengue no Brasil. O mosquito Aedes aegypti era quem a transmitia. Os cientistas resolveram criar o OX513, um mosquito geneticamente modificado. Basicamente, mexeu-se no DNA do inseto e criou-se um antídoto que combatia a epidemia. O amor é assim, uma doença que combate outra pior, o ódio. O amor é uma doença necessária."

Até que fazia sentido. Mas era melhor eu persistir na minha ideia de ser uma escritora. Quem sabe em alguma vida eu nascesse inteligente o suficiente para ser uma cientista.

O carro estacionou na frente da minha residência e eu me despedi da minha mais nova amiga. Eu não cansava de dizer o quanto Demi era legal. Eu devia me controlar se não quisesse ter que aturar uma Dinah ciumenta.

Eu já havia acertado os detalhes com Demetria, eu tinha dois dias para me organizar, então tomaria o avião rumo à Los Angeles. Estava tudo decidido, só faltava contar a novidade aos meus pais.

Atravessei a porta de casa, mamãe estava assistindo TV com Sofi, um daqueles filmes em 6D. Você podia até sentir o cheiro em uma dessas coisas.

"Ei, senhoritas." Fechei a porta atrás de mim com força, chamando suas atenções. "Tenho algo para falar."

"Oh," Sinu se pôs de pé rápido, "é sobre Normani, não é?"

Uni as sobrancelhas, "Uh, não?!"

Por que eu teria uma assunto sobre Normani nesse momento? Droga, eu havia esquecido, ela tinha o seu encontro marcado para hoje em Ohio. Eu era uma péssima amiga. Chequei rapidamente meu celular, mas não havia nenhuma novidade.

A essa altura mama já havia voltado para o sofá. Eu me obriguei a posicionar meu corpo na frente da televisão, fazendo com que Sofi começasse a lançar pipoca em mim.

"Nós queremos ver o filme, Kaki."

"E eu quero falar com vocês!" Bufei, impaciente.

Sofi cruzou os braços e rolou os olhos, mamãe diminuiu o volume do aparelho e colou os olhos em mim, apressando-me a revelar o que eu tanto queria. Esse filme devia ser mesmo muito importante.

"Fale, Camila, o filme não vai nos esperar!" Mama me apurou.

Apoiei as mãos na mesa de centro e encarei-a nos olhos, "Voltarei à Los Angeles, e, antes que a senhora liste cinquenta motivos para que eu não faça isso, eu já combinei tudo com a Doutora Demetria e ela está a par de todos os riscos, eu estarei segura."

Sinu me deu um olhar repreendedor, entregou o controle remoto para Sofi e fechou a mão no meu pulso, arrastando-me até a cozinha.

"Você está louca, querida."

"Você não pode me impedir!" Avisei. Eu tinha um contrato com o Instituto Cowell, se eu concordasse com isso, meus pais não tinham o direito de reprovar.

Mamãe me fitou, com um olhar estranho, "Quando você se tornou tão dona de si?" Ela riu. "Não te impedirei de nada, Camila. Suas ações, suas consequências. Fico feliz que seja madura o suficiente para querer consertar seus erros... Eu só temo que seja perigoso."

"Não será!" Abracei o seu pescoço. "Eu amo aquela garota, só preciso fazê-la acreditar." Me desvencilhei dos seus braços e fui em direção as escadas, eu precisava começar a arrumar minhas malas, mas girei nos calcanhares antes de subir o primeiro degrau. "Oh, e, mamãe, se alguma Ariana aparecer por aqui dizendo ser minha namorada, uh, ela é apenas maluca."

Mama arregalou os olhos e abriu a boca para pedir uma explicação, mas eu corri escada acima antes de ter de dar satisfações. Ariana, realmente, era a última coisa com a qual eu estava me importando agora.

***

"Ele é legal... Bem, eu não sei. Talvez nós tenhamos outro encontro." Mani deu de ombros.

"Uh, está apaixonada!" Ally bateu palmas e Normani negou com a cabeça, revirando os olhos.

Dinah parecia chateada, ignorando a situação enquanto passava os olhos pelo celular e piscava freneticamente. Isso me lembrava a Lauren, talvez elas fossem as únicas pessoas que eu conhecia que eram preguiçosas o bastante para não deslizar os dedos pela tela do aparelho.

"Dinah?" Chamei sua atenção.

"O quê?" Ela devolveu a pergunta, ainda concentrada no iPhone.

Mani tomou o celular das mãos de DJ, "Sobre o Arin..."

"O seu novo namorado? Bom, eu realmente gostava de te ter na minha família, então eu não gosto dele."

DJ parecia afetada por Normani não estar mais com Thomas. Eu ainda lembro do dia em que eles resolveram ficar juntos, Dinah era provavelmente a pessoa mais feliz da face da terra, ela era como o cupido dos dois. Não havia dúvida de que Thomas sempre gostara de Mani. Já era de se imaginar que, em uma relação onde Dinah serviu de cupido, os dois principais não seriam destinados. O que ainda era um pouco triste de aceitar.

Ally abraçou Dinah e a maior passou o braço por cima dos seus ombros, "Dinah está com ciúmes porque é a única encalhada. Mas não se preocupe, baby, eu e Troy te aceitaremos, caso você não encontre alguém."

"Wow." Deixei uma gargalhada explodir na minha garganta. "Ally propondo um menáge, não é todo dia que vemos algo assim."

"Sinta-se convidada." Allyson pôs um sorrisinho amarelo no rosto. Ela andava tão debochada ultimamente que nem parecia a garota que eu conheci na igreja.

"Ok, ok. Mas e quanto a Lauren?" Normani mudou de assunto como um carro faz uma curva perigosa em um dia de chuva, desviando o olhar para mim, levando as outras a fazerem o mesmo. Certo, e quanto a Lauren?

Eu já havia lhes contado todo o meu plano em parceria com a doutora Demetria. Primeiramente, é claro, eu assinei um acordo com o Instituto Cowell, apenas para garantir a minha segurança e para que o instituto pudésse pagar pelas minhas viagens - eu realmente não tinha como fazê-lo, caso contrário, não teria procurado ajuda. Fora isso, eu não tinha nenhum vínculo com Simon, eu não devia mais favores a ninguém. Daqui a 32 horas eu tomaria o voo para Los Angeles e reconquistaria a minha inválida, custe o que custar.

Eu era uma nova pessoa, e, se Lauren foi capaz de gostar da antiga Camila - aquela cheia de preconceitos, egoísmo e que só pensava em beijar -, ela certamente se apaixonaria pela nova. Dessa vez meu maior desafio não era pescar seus lábios e sim capturar o seu coração.

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HEYAY!

migas fim de semestre eh horribel to com 8 trab pra fazer so nesse fim de semana entao eh complicado. eu tentei fazer um trailer p fic e perdi um dia inteiro nisso pra nada pq nao consegui e daí me perdi toda com os cap e postei essa bosta aí.

no prox capitulo a lauren ja aparece grita todo mundo ALLYLUIA mas obrigado pelo apoio nao tem sido dias faceis

vamo 50k views? vamo.

nao sei mais p quem dedicar os cap entao deixa os user ai quem eu ainda nao dediquei etc

VOLTAREMOS