Conversa Com Os Pais

456 36 13
                                    

Capítulo 22

Conversa Com Os Pais

P.O.V Chucky

  Eu estava dormindo, até que uma luz bateu em meu rosto, como se a janela do quarto estivesse aberta e a luz do sol estivesse batendo em mim, aos poucos essa luz foi começando a me encomendar, então eu comecei a acordar.
  Assim que abri os olhos, percebi que eu estava deitado numa cama, porém não era a mesma que eu havia dormindo, a cama era mais macia do que a que eu havia dormido e tinha uma roupa de cama... Infantil?
  Me sentei na cama e olhei ao redor para processar o que estava acontecendo e onde eu estava, se parecia com um quarto infantil, levemente família, fiquei observando o ambiente tentando me lembrar onde eu havia visto esse quarto antes.
  Cada brinquedo, a cortina, a luminária, o armário, tudo era muito famíliar mas eu não sabia o porque.

  —Charles!Vem almoçar!

  Eu ouvi alguém gritando no andar de baixo, pelo visto eu estava em uma cada com mais de um andar, mas aquela voz....Aquela voz era de alguém que eu conhecia, mas ei não sabia de quem era, fiquei alguns segundos processando a frase e tentando identificar o dono...Oi melhor, a dona, pois parecia ser uma voz feminina, aquele tipo de voz confortante e doce... A voz... Da minha mãe? Aquela era a exata voz da minha mãe... Mas como ela estaria me chamando do andar de baixo se ela... Estava morta?
  Fazia anos que eu não ouvia aquela voz, que eu não ouvia alguém me chamar assim, com um tom de voz feliz e animado, eu congelei no mesmo momento  em que percebi que era a minha mãe que tinha gritado lá de baixo.

  —Charles?

  Ela gritou novamente em tom de pergunta, mas eu não movi um músculo, até eu começar a ouvir passos de alguém, eram como passos encima de um tipo de madeira, mas bem velha, reconheci o som pois na minha casa antiga, em que eu passei minha infância, havia uma escada feita com uma madeira bem velha e barulhenta, ela fazia o mesmo som quando alguém subia ou descia por ela, o que me fez mais confuso.
  Os passos eram rápidos, como se alguém estivesse andando com pressa, os passos pareciam cada vez mais próximos até que pararam, um silêncio gigantesco começou, como se tudo tivesse parado no tempo e eu estivesse sozinho no mundo inteiro, não sei se não havia som nenhum ou se não era possivel ouvir nada, como se eu estivesse surdo, mas isso não durou para sempre.
  A porta do quarto abriu de uma só vez, quem estava atrás da porta era ela... A minha mãe, era tão.... Perfeito, eu realmente estava vendo ela lá, bem na minha frente, nós nos encaramos por pouquíssimos segundos até ela correr em minha direção.
 
  —Charles! Que bom que você está aqui! Me responde da próxima vez que você me chamar se não eu morro de preocupação lá embaixo!(péssimas palavras mãe..)

  Ela falou com as mãos em meu rosto, eu senti perfeitamente, suas mãos estavam frias e levemente umidas, como se ela tivesse acabado de lava-las.
  No mesmo momento em que eu não acreditava no que eu estava vendo, não acreditava que ela estava lá na minha frente, eu sentia as mãos dela em meu rosto, a sensação era tão.... Boa e perfeita que eu não conseguia saber se era real ou não.
  Muitas coisas passavam em minha cabeça naquele momento, uma delas era, por que ela estava tão preocupada do fato de que eu não a respondi quando ela me chamou? Até que eu me lembrei que as vezes, eu acordava e descia para o jardim para brincar, mas acontece que eu ia para lá... PELA JANELA, por pura DIVERSÃO, e lá eu ficava o dia inteiro brincando, minha mãe quase morria de preocupação quando ela entrava no meu quarto e via a janela aberta, porém também via que eu não estava no quarto..

  *Risadinha de retardado*

  Essa memória explicou a preocupação da minha mãe, e também me tirou um pequeno sorriso quando eu lembrava de bons momentos da minha infância, até me tocar na realidade e lembrar do que estava acontecendo, a preocupação da minha mãe era o menor dos problemas e duvidas que eu tinha no momento, aquilo começou a circular mais na minha cabeça, me deixando cada vez mais nervoso e desligado da realidade, minha visão aos poucos começou a borrar, isso fez eu começar a me desesperar, minha respiração começou a falhar, o que me deixou mais desesperado...Era a mesma sensação de inforcamento, de que havia alguém que estava apertando muito o meu pescoço..
  Aos poucos, eu percebi que minha "crise" estava acontecendo por conta do meu nervosismo e desespero, e aquelas eram as mesmas coisas que eu estava sentindo em outras crises passadas, mas já era tarde de mais para aquilo me ajudar em algo..

  —Charles...Você tá bem?

  Ela perguntou, eu não conseguia responder ou pedir ajuda, a mistura da falta de ar, visão embaçada, nervosismo e desespero também não ajudavam, porém, acredito que ela tenha percebido isso ou pelo menos entendido o porque eu não tava conseguindo responder..Eu fechei os olhos e abaixei a cabeça para tentar me acalmar, então nesse momento eu já não sabia o que estava acontecendo ao meu redor, até eu sentir algo me tocando, como se alguém estivesse me abraçando, aquele era o abraço mais.... Confortável, confiável, real que eu já havia ganhado, mesmo sendo um abraço comum, era um conforto maior, fazia eu me sentir melhor apenas por sentir a pessoa me abraçando, nunca havi sentido isso antes, não sabia que sentimento era aquele mas...Era algo bom..
  Minha cabeça estava nos peitos da pessoa e eu comecei a sentir a respiração dela, aos poucos, passei a prestar mais atenção naquela respiração, uma respiração leve e devagar, bem calma, sentia o corpo da pessoa se mexendo a medida que ela respirava, aquilo era algo tão relaxante e confortável, aos poucos eu comecei a seguir a respiração da pessoa e a respirar no mesmo ritmo que ela, aquilo foi algo inconsciente, apenas aconteceu, e isso me fez voltar a respirar normalmente.
  Minha mãe parou de me abraçar e voltamos a posição inicial, eu abri os olhos e vi ela na minha frente novamente, minha visão estava normal novamente, foi um alívio ver isso, mas eu ainda não sabia o que dizer ou fazer, não sabia diferenciar o que era real ou não, eu apenas queria aceitar que ela realmente estava lá, mas ao mesmo tempo eu não conseguia.

  —Charles..Por que você não está me respondendo..?
  —M-mãe..?É você..?É você mesmo?

  Consegui finalmente dizer algo, gaguejando muito em meio as perguntas, porém consegui dizer, meu nervosismo ainda era grande e eu não sabia o que dizer, minha mãe teve uma resposta rápida.

  —Querido..É claro, sou eu!Eu tô aqui..Aconteceu alguma coisa?Você sonhou com algo?
  —Não...Eu...Eu não sei...

  Eu disse olhando para baixo e voltando a respirar de modo rápido e desesperado.

  —Calma querido...Você quer que eu te levo lá para baixo? Para você tomar um copo de água e esperar o papai junto com migo?

  Não sabia mais o que eu podia falar, apenas balancei a cabeça para cima e para baixo, indicando "Sim", ela me pegou no colo e se levantou, eu me encostei nela no mesmo momento, pensando no que eu faria ou pelo menos no que estava acontecendo...

  1345 palavras
 
  Nota final:

  Galera, eu vou postar mais capítulos ainda hoje, não puxem meu pé de madrugada por favor 😥
  A(o) caramelosstuff, minha(meu) amiga(o) aqui do Wattpad, vai sumir por um tempinho, o pai dela(e) olhou o celular dela(e) e ela(e) se fud-
  Então se demorar para postar capítulo na fanfic dela(e), é por isso.
  Aliás, recomendo ler pois nos próximos capítulos, algumas coisas da minha fanfic e da dela(e) vão se juntar.
  Obrigada por ler!E daqui a algumas horas eu volto!
 

Meu Ruivinho Preferido [Chucky X Leitora]Where stories live. Discover now