Perto de seu objetivo de ser o rei dos piratas Luffy se vê numa situação onde Law embarca junto a sua tripulação, onde no começo não tem nada demais, e não teria se Law não sentisse nada em relação ao chapéu de palha.
Aviso: Lawlu tem uma continuaçã...
A minha vida tinha tudo para ser bem normal, mas as coisas aconteceram como precisavam e isso me trouxe aqui, por mais que tudo pareça que tenha voado e só acontecido, algumas semanas já se passaram desde que saímos daquela ilha e estamos em rumo a grand line, ultimamente tenho passado o dia com o Luffy, o que me deu pauta o suficiente para conhecer ele mais do que eu pensei que conheceria.
Uma das coisas que aconteceu nesse tempo foram nossos momentos noturnos - não, não é o que parece - da qual ficávamos sentados no convés apenas olhando a vista e conversando sobre as nossas vidas, ele me contou sobre sua família e como havia vivido até o momento em que nos conhecemos, eu tinha um breve conhecimento dos seus irmãos antes, mas agora eu tinha certeza que se me encontrasse com o Sabo, eu estaria minimamente em um momento bem chato da minha vida onde eu precisaria ficar me justificando para estar com o Luffy, além de que não tem explicação, não tem como se explicar o porque de gostar de alguém.
Em uma dessas nossas noites, ele me questionou sobre minha família, não sabia qual deveria citar, mas contei sobre o meu passado e ele ouviu sem me interromper, quando chegou na parte em que iria citar ele, eu simplesmente não consegui, e ele percebeu.
Luffy: Algum problema Torao?
- Não, eu só não quero mais falar disso.
Luffy: A pessoa que você ia falar morreu? Não tem problema em querer chorar na minha frente.
- Não, a pessoa está viva, eu só briguei com ele, não é nada demais...
Luffy: Se você brigou então é só se resolver ue.
- Se fosse fácil eu já teria resolvido, mas não é - quando eu disse as ultimas palavras ele se arrastou até mim e se deitou nas minhas pernas.
Luffy: Você sempre gosta de complicar as coisas, isso é porque você é médico?
- Não, é porque eu sou realista.
Luffy: Isso parece conversa para boi dormir.
- É, eu sei, mas é a verdade, os caras que você considera pai te ajudaram bastante não é?
Luffy: Claro, inclusive tô com uma saudade danada deles, quando me encontrar com algum vai ser uma festa e tanto.
- Fico feliz por você.
E assim, nossa noite foi bem confortável até o momento em que resolvemos ir para dentro dormir, eu já tinha ganhado o costume de dormir ao lado dele, mesmo que o Luffy seja espaçoso até demais eu não chegava a me incomodar com ele dormindo sobre mim ou algo do tipo, e não era só de noite que vivíamos, quando a manhã chegava eu acordava sempre primeiro que ele e já ia para a cozinha fazer um simples café - não sou o Sanji para fazer uma refeição completa - e aproveitava a manhã daquele jeito bom, no silencio.
Na manhã em especifico, saí da cozinha e olhei para a vista, vendo um pouco mais a frente uma ilha, resolvi não fazer nenhum esforço para ir acordar o resto do pessoal, já que parecia ser uma ilha deserta, então se fossemos dar uma pausa, aquele lugar não teria nada que pudesse nos ajudar além de reabastecer o barco com algumas coisas.
E enquanto nos aproximávamos da ilha a porta do dormitório foi aberta e quem saiu de lá foi justamente o Chopper.
Chopper: Bom dia Law - ele disse coçando seus olhos.
- Bom dia, pelo visto já temos uma nova ilha para se aventurar.
Chopper: Você acha que tem alguma coisa boa lá? - ele caminhou em mim direção e parou ao meu lado.
- Talvez, quem sabe.
Chopper: Seria legal se tivesse alguma planta medicinal, porque meu estoque ta acabando.
- É, eu sei, todo mundo andou se machucando bastante nas ultimas aventuras, eles realmente não estavam para brincadeira quando partiram para cima do tubarão só pela carne.
Chopper: É, pelo menos tivemos uma comida.
- É o lado positivo da coisa, e bom, precisamos acordar os outros para dar uma olhada melhor, faz esse favor para mim?
Chopper: Tudo bem, eu faço.
Law: Obrigado.
Chopper foi o responsável por acordar todo mundo, e mais uma vez minha rotina de ficar com o Luffy se iniciou, eu costumo ajudar ele pela manhã porque as vezes ele acorda sem acordar, então fica igual um sonambulo, e como eu sou o namorado dele fico responsável por essa parte que digamos que não é tão difícil.
É quando o Sanji termina de fazer o almoço de todo mundo que finalmente o Luffy acorda, e a essa altura do campeonato já estávamos parados ao lado da ilha, mas primeiro todos nós comemos e depois que fomos andar pelo lugar, Luffy e eu fomos para a parte interna da ilha, procurando pelas plantas medicinais que o Chopper me disse que precisava e o Luffy foi atrás de comida, nada de novo.
Só que minha vida nunca pode ser simplesmente uma missão fácil, Luffy sempre faz alguma coisa que torna um plano simples em uma aventura completa, e calhou dele ir subir em uma bananeira para pegar um cacho de banana e ele cair no chão, foi um susto para mim escutar o som da queda e ver ele caído depois, até achei que estava tudo bem porque ele era de borracha, mas quando o vi se sentar no chão Luffy reclamou do tornozelo, fui até ele e vi que tinha torcido, fiz um procedimento básico para por de volta no lugar, mas como ele reclamou que ainda estava doendo, me ofereci para levar ele nas costas, foi algo bem complicado levar ele nas costas e procurar pelas plantas medicinais, porém foi necessário.
Luffy: Eu não peguei as bananas, tem certeza que não da para voltar para pegar Torao? - ele estava falando disso há 10 minutos sem parar.
- Luffy, eu preciso pegar as plantas que o Chopper precisa antes de escurecer.
Luffy: Você nem sabe se aqui tem!
- Essas plantas não são difíceis de achar, fica tranquilo, quando voltarmos pro barco eu falo pro Sanji fazer alguma coisa para te ajudar a se recuperar, está bom para você?
Luffy: Hm... Tá, só por hoje.
Naquela tarde eu encontrei as plantas em abundancia logo após a floresta, para que eu não tivesse dificuldades desnecessárias para pegar as plantas, deixei ele próximo a uma arvore, e coletei o máximo de plantas que cabiam nos meus bolsos e nas mãos, ao fim voltei para pegar o Luffy que por incrível que pareça estava quieto brincando com uns dentes-de-leão, peguei ele nas costas de novo e voltamos para o litoral que o barco estava aportado, ao chegarmos lá estavam quase todos nos esperando dentro do próprio barco, os únicos que faltavam eram a Nami, Usopp e Franky, mas isso não era um problema já que faltavam ainda 3 horas para escurecer.
Fui até o quarto e deixei Luffy em sua cama avisando que já voltaria, saí de lá indo para a salinha que o Chopper costuma ficar, e lá estava ele, me aproximei já entregando todas as plantas que consegui, ele me agradeceu e me pediu para ensinar para ele um pouco sobre o que sei de medicina, mas como prometi aquilo pro Luffy, disse a ele que poderia ensinar outro dia - até porque talvez os conhecimentos dele sobre medicina se igualem aos meus, então não tem muito o que ensinar - ao fim de toda essa correria, voltei ao quarto e me deitei na cama junto a ele, sendo praticamente puxado a força para perto dele, quase sufocado pelos seus braços de borracha, mas não critiquei e nem fiz nada sobre isso, era o jeito do Luffy demonstrar seu carinho por mim.
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