Eu não dirijo um orfanato!

Curtas 3

Pai?

Acostumar-se com uma nova adição à família tornou-se muito mais fácil para Izuku. Ajudou que Izuku ainda lembrasse muitas das falsas memórias que Kioku deu a ele, dando-lhe uma ideia geral de como ela era e como agia, ou pelo menos como ela se percebia e como agia.

No entanto, havia uma coisa que Izuku não havia se acostumado.

"Aww papai, você é bom demais nesse jogo!" Kioku fez beicinho enquanto seu personagem em Super Hero Bash voava para fora da tela.

Izuku se encolheu ligeiramente. E seu corpo ficou tenso.

Ele ainda não estava acostumado a ser chamado de pai. Afinal, ele ainda tinha quinze anos, muito jovem para a paternidade em sua opinião.

A princípio, ele apenas deixou passar, se perguntando se ela iria parar de se referir a ele como seu pai se eles morassem juntos, mas não era o que parecia.

O personagem de Izuku foi expulso da tela pelo personagem de Sansan enquanto ele estava distraído. Eles estavam todos jogando juntos como uma família, até Inko decidiu se juntar à caótica festa de oito jogadores, e todas as crianças se uniram contra Izuku e Inko.

"Gat yah!" Sansan deu um soco em todos, fazendo vários braços para fora de seu corpo para socar todos de uma vez.

"Não fiquem muito confiantes, crianças", disse Inko, interrompendo imediatamente a comemoração ao nocautear dois deles de uma vez. Como único amigo e parente de Izuku, ela havia se acostumado muito com essa série de jogos.

A maioria das pessoas estava muito envolvida no jogo para perceber o comportamento de Izuku, no entanto Fu, como alguém que não se envolve com as coisas, o viu reagir. E queria tentar algo.

Quando Izuku entrou em seu próximo estoque, Fu decidiu tentar algo.

"Tente se esquivar disso, pai," Fu disse enquanto movia seu personagem para atacar Izuku.

Depois de ser chamado de pai, Izuku se encolheu e foi atingido pelo ataque extremamente telegrafado.

Esse comportamento estranho chamou a atenção das outras crianças e de Inko.

"Izuku você está bem querido?" Inko perguntou a ele.

"Eu estou-eu estou bem." Izuku gaguejou.

"Você está realmente bem, pai?" Fu perguntou a ele.

Izuku se encolheu novamente, fazendo com que ele ataque aleatoriamente o ar.

Vendo o padrão, Kiba decidiu tentar em seguida.

"Pai, estou prestes a atacá-lo!" Kiba gritou alto.

Izuku entrou em pânico e se esquivou muito cedo, fazendo com que ele fosse atingido.

"Ah, entendo, referir-se ao guardião como pai parece assustá-lo e fazê-lo entrar em pânico", disse Kiba, antes de perceber o que ela acabou de dizer. "Espere o que?"

"Você não gosta quando o chamamos de pai?" Kei olhou para ele com curiosidade. "Por que?"

"B-bem, quero dizer, você sabe..." Izuku começou a suar nervosamente. "Eu não tenho certeza porque você quer que eu seja sua figura paterna e eu pensei que eu era mais uma figura de irmão mais velho."

Todas as crianças olharam confusas para Izuku.

"Mas... você é nosso pai." Fu apontou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

"Como o homem que cuida de nós e nos sustenta, isso faz de você nosso pai adotivo", disse Kiba com naturalidade. "Não sei por que isso te perturba tanto."