𝟎𝟎𝟔.

91 2 0
                                    



𝐒𝐚𝐫𝐚𝐡 𝐇𝐨𝐬𝐬𝐥𝐞𝐫

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

𝐒𝐚𝐫𝐚𝐡 𝐇𝐨𝐬𝐬𝐥𝐞𝐫

𝐋𝐨𝐬 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥𝐞𝐬,
𝐂𝐚𝐥𝐢𝐟𝐨𝐫𝐧𝐢𝐚📍

Morte.

Uma simples palavra, mas uma palavra que carrega um peso enorme. A causa que faz você perder pessoas próximas; pessoas que você ama; pessoas que vão fazer uma falta enorme.

A causa que levou a mulher que eu mais admirava embora. A causa que tirou a vida de uma pessoa incrível.

Por causa da porra daquela doença, hoje fazem sete meses que eu perdi a minha mãe. Sete meses que eu não escuto sua voz; sete meses que eu não sinto mais seu cheiro; a sete meses eu não sinto mais o melhor abraço que alguém poderia ter.

Sempre nesses dias eu apenas me excluo de todos. Tenho apenas vontade de chorar e ficar no meu quarto. Eu preferi não faltar à escola hoje, se eu faltasse, iria passar o dia inteiro chorando.

Fiquei quase a tarde inteiro ocupada treinando. Normalmente os treinam duram duas horas seguidas, mas hoje eu quis ficar mais.

Andei até as arquibancadas e vesti o meu moletom por cima do uniforme de ginástica. Calcei os meus tênis e arrumei a mochila nas minhas costas.

Jaden falou que viria me buscar, mas eu neguei. Queria ficar um tempo sozinha.

Sai andando da escola e fui até um parque próximo dali. É umas cinco da tarde, ou seja, não tem quase ninguém no parque. Sentei em um dos bancos que tinha ali e suspirei.

— Eu sinto tanto a sua falta... — Sussurrei comigo mesma, encarando o céu. O mesmo estava em um por do sol muito lindo. Minha mãe amava ficar horas olhando o céu, não importava a hora.

Meus olhos marejaram e eu não me importei.

— Sarah? — Ouvi uma voz e me virei, vendo Chase parado ali. Seus olhos estavam vermelhos e ele tinha um semblante triste.

— Oi. — Falei baixo, voltando a encarar o céu e sentindo ele sentar ao meu lado.

— Vem aqui pensar também? — Perguntou baixo, quebrando o silêncio.

— As vezes. — Falei e o olhei. — E você?

— Gosto daqui. — Deu de ombros. — Esta chorando porque? Aconteceu alguma coisa? — Perguntou me encarando.

— Nada demais. — Falei e estralei os meus dedos. — E você? Porque está triste? — Questionei curiosa.

— Só te falo se você me falar o seu motivo também. — Falou e eu ri fraco.

— Começa você. — Cruzei minhas pernas e o olhei com atenção.

— São várias coisas. O Hate; as pessoas falando do meu corpo; a minha ex. Tudo junto e ao mesmo tempo. — Ele respirou fundo e me olhou de novo. — E você?

— Hoje faz sete meses que eu perdi a minha mãe. — Falei baixo, mas em um tom que ele pudesse ouvir.

— A-h... E-eu sinto muito, Sarah. Sério mesmo. Me desculpa por perguntar. — Ele segurou minha mão, fazendo um leve carinho e eu sorri fraco.

— Está tudo bem, você não sabia. — Falei. — E em questão ao hate, não liga pra isso, ok? Eu sei que é difícil, mas você deveria se importar com as opniões de pessoas importantes para você, e não com o que pessoas desconhecidas falam. Você é incrível e em pouco tempo eu percebi isso. — Falei e Chase sorriu. O sorriso dele era bonito.

— Obrigado por falar isso, Sarinha. — Ele continuou sorrindo e eu sorri também.

Nós encaramos por mais alguns minutos. Seus olhos eram azuis, mas um azuis diferentes. Eram os azuis mais bonitos que eu já vi. Chase me olhava intensamente e isso fazia eu nunca querer sair dali.

Chase me trazia uma calmaria quando estávamos juntos e olha que nos conhecíamos a pouco tempo. Era estranho, mas eu gostava dele estar ali.

Desviamos o olhar, mas ele continuou segurando a minha mão, continuando com o carinho. Ficamos naquele parque até o céu ficar escuro. Eu avisei Jaden que estava com Chase e que já estava indo para casa, já que o mesmo me ligou umas cinco vezes.

— Esta sozinha? — Hudson perguntou, enquanto andávamos para fora do parque.

— Sim. — Dei de ombros.

— Eu te levo para a Sway, tô de carro. — Ele falou e eu concordei, não eram nem doida de negar uma carona.

Entramos no Jeep de Chase e eu logo liguei o rádio. Comecei a cantarolar a música que tocava baixinhos.

— Porque você se machuca? — Chase perguntou. Chamando a minha atenção e fazendo eu parar de cantar.

— Oque? — Perguntei.

— Porque você se machuca? — Ele disse mais devagar e eu cocei a nuca.

— Eu não me machuco. — Falei e olhei para as minhas mãos.

— Eu vi os machucados no seu pulso, S. Eu vi que você se machuca. — Ele suspirou após falar.

— Por algum motivo, isso faz eu sentir que tira a minha dor. Fazer esses cortes é como se tirasse o peso das minhas costas. — Falei e estralei os meus dedos. — É estranho, mas eu não consigo parar mais... — Falei.

— Sarah, você é uma menina incrível. Sua mãe deve estar muito orgulhosa de você, ok? Mas, por favor, não se machuque mais. Não faça isso com você mesma. Me prometa isso? — Chase me olhou rapidamente, e pegou em uma das minhas mãos.

— Eu não posso prometer isso, Chass. Mas, eu posso tentar. — Falei e ele sorriu.

— Obrigado. — Ele disse ainda sorrindo.

Ficamos o resto do caminho quietos, apenas cantando as músicas do rádio. Chase estacionou o carro em frente a Sway e eu o olhei.

— Obrigado por hoje, vampiro. — Falei sorrindo e ele riu fraco.

— Obrigada também, Sarinha. — Ele beijou a minha testa e eu desci do carro.

Chase Hudson foi a única pessoa que me fez sorrir verdadeiramente no dia que se tornou o mais difícil depois de sete meses.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
𝐀𝐥𝐰𝐚𝐲𝐬 𝐰𝐢𝐥𝐥 𝐛𝐞 𝐲𝐨𝐮, 𝐥𝐢𝐥𝐡𝐮𝐝𝐲 Where stories live. Discover now