Olho por olho

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......

          Ele a beijou nos lábios, tocou seu corpo com gentileza, desceu beijando-a, quando chupou os seios dela o corpo arfou ao se levantar do colchão, ele não parou desceu pela barriga que não seria plana por muito tempo, e enfim a chupou com vontade vendo-a se contorcer no colchão, seus dedos cravaram no lençol, e ela gemia sons baixos e sensuais, ele foi ficando cada vez mais excitado com o que via, o jeito que o corpo dela reagia à ele, quando ela atingiu o climax seu corpo convulsionou nos braços dele, a beijou e lentamente se colocou sobre ela, a penetrou devagar ele era grande demais para ela, que ainda arfava e se acostumava com o tamanho dele, ele a fodeu lentamente se deliciando com o quão apertada ela era, inverteu as posições colocando ela de conchinha elevando sua perna até a cintura dele e a penetrou a devorou com vontade, gozou, ainda não satisfeito a fez montar sobre ele e a comeu ensandecido, gozou novamente mordendo o ombro dela marcando a pele de ébano.
- Você está bem?
          Não houve resposta a mente dela ia e vinha, ele irritado com a situação, visto que o que havia feito era caracterizado como estupro de incapaz, mas sabia que o trauma era grande, e que havia mais chance dele conseguir que ela voltasse ao normal devolvendo o que tirou do que levando ao psicólogo e ameaçar expor toda a organização.
- Vamos comer.
         Ele a vestiu com uma camisola o que mais queria e que ela tivesse seu cheiro impregnado nela, colocou um moletom e desceu com ela nos braços, entrou na cozinha.
- Pode me explicar por que ignorou minhas ordens? Desde quando ela não come? Ou fala?
- Desde que saiu senhor...
- Eu fui bem claro, nas minhas instruções!
- Senhor, ela não come, não fala....não queria feri-la.
             Pelo tom de voz alterado ela começou a reagir de forma negativa, tremia sem parar, tentando minimizar traumas ele diminuiu o tom de voz.
- Vamos falar sobre isso outra hora, prepara algo leve pra ela!
          Ele se sentou na cadeira a ponta da mesa com ela no colo, enquanto aguardava a comida, desenroscava os nos no cabelo dela, e tentava acalma-la e finalizou com o pior coque ja feito na história, enquanto sua cozinheira os observava com os olhos quase fora do rosto.
- Senhor está pronto.
           Colocou o prato de sopa de legumes a frente dele com uma colher, guardanapo e um copo de suco de laranja, ele a colocou de lado em seu colo, encheu a colher quando sentiu que estava frio o suficiente a moveu a frente do rosto dela.
- Coma!
             Olhos opacos e sem vida miraram os olhos dele, medo passou por eles, ela aguardou mais um pouco e enfim comeu, saboreou o gosto, mas não pediu por mais, e assim ele fez colherada por colherada até que a sopa acabasse, e por fim deu o suco a ela, ela acabou de comer se recostou sobre o corpo dele e acabou dormindo.
           Ele não entendia, como ela poderia sentir medo e segura ao mesmo tempo, se não fosse assim como ela poderia dormir depois do experimentaram lá em cima.
            Ele a levou e a colocou na cama, se vestiu e preparou para sair, mas antes precisava resolver as coisas com a cozinheira.
Colocou a Glock na parte de trás das calças e desceu as escadas calmamente, sentindo a cozinha.
- Vai me explicar agora, porque raios a deixou naquela situação sem me avisar.
- Ama....ra ...esteve....aqui..
- Ela fez algo com a garota?
- Agrediu até que perdesse a consciência e nos ameaçou a não entrar lá.
- Você a deixou ferida, sozinha sem prestar nenhuma assistência, mesmo depois da ordem para cuidarem dela?
- Me perdoe senhor...amara e sua mulher...eu apenas não quis contraria-la
- Sim....nem ela e nem eu
            Ele se virou e foi em direção ao balcão, enquanto a empregada de costas suspirava acreditando ter sido perdoada, foi degolada lentamente enquanto ele proferia a sentença...
- Não posso ter alguém indigno de confiança na minha casa...
           Deixou o corpo se debatendo no chão e saiu, no hall de entrada ele deu ordem aos seus soldados.
- Limpem a cozinha!
- Amara está proibida de entrar!
- Protejam a mulher lá em cima com a porra da vida de vocês se for necessário, o que acontecer com ela vou retribuir em vocês e posso garantir que não será agradável!
           Virando as costas ele estava pronto para partir quando se lembrou..
- Alguém sabe cozinhar?
- Eu cursei gastronomia senhor.
- Ótimo, você cuide de alimentá-la e acompanhar de perto, e me avise caso aconteça algo.
             Quando enfim o chefe saiu, todos olharam para o mais novo dentre eles e caíram na gargalhada.
- Você está tão fodido!
- Porque você está tão feliz em virar cozinheiro?
- Gosto de cozinhar.
- Você e gay?
             O menor do grupo não respondeu a pergunta.
- Eu estou curioso sobre a mulher, não sai do posto a mais de 1 mês e não vi mulher alguma entrando ou saindo.
- Isso sugere que ela já está aqui a mais de um mês.
- Bambino, essa é uma boa hora pra você virar gay, o chefe e um tanto quanto possessivo.
- Espera bambino?.....está falando que esse nanico aqui é o psicopata que cruzou o tiroteio sem colete e degolou geral com um facão no último confronto?
- Ouvi dizer que ele perdeu o controle, alguém muito próximo morreu naquele dia.
- Acho que o chefe já sabia disso, ele está colocando você lá por duas razões, proteger a mulher e de quebra cozinhar pra ela.
- Pra onde ele foi?
          Bambino já estava na cozinha arrastando o corpo da última cozinheira e se ocupando de esquecer as memórias do passado onde seu namorado morreu vítima de uma bala que era para ele, naquele dia ele era apenas o motorista, o coração de bambino se quebrou ao ver seu amado sem vida ao chão, ele encontrou a primeira coisa que viu pela frente, todos os anos mascarando quem ele realmente era foram em vão, ele saiu cortando a cabeça de qualquer coisa que cruzasse seu caminho, seus companheiros se afastaram evitando a chuva de balas que ocorria e o próprio, ele cruzou a chuva de balas acabando com o que encontrava pela frente sem colete à prova de balas, desde aquele dia, ele ficou conhecido como o psicopata da organização, mas muitos não conheciam sua aparência, apenas o chefe que o viu andar em meio ao tiroteio coberto de sangue e ódio, ele terminou todo o trabalho da casa e preparou o jantar bem leve , subiu as escadas para avisar a mulher do chefe sobre a comida, bateu na porta e não obteve resposta, sabendo das consequências que seu chefe avisara ele entrou no quarto, vasculhou com os olhos, não encontrou no quarto ou banheiro, foi até a sacada onde encontrou uma mulher de pele escura, cabelos encaracolados até o meio das costas, com uma camisola que esvoaçava em volta dela debruçada sobre a sacada....
- Senhora?
         Ela não respondeu ou se virou, continuou debruçada sobre a sacada.
        Desconfiado da forma como a mulher agia, lentamente bambino se aproximou dela e a agarrou pela cintura e a retirou dali, jogou a de qualquer jeito na cama e trancou a sacada, quando tentou verificar como ela estava a mulher começou a gritar sem parar e se debater feito uma louca.
         Giovanne chegava em casa tarde, quando começou o alvoroço, viu seus soldados adentrando a casa feito loucos,  acelerou mais o carro enquanto pegava a pistola embaixo do banco, desceu as pressas sem desligar o carro e subiu as escada, no quarto encontrou o novo cozinheiro imobilizado, e a sua garota encolhida em um canto chorando....
- Que porra aconteceu aqui?
- Senhor, eu posso explicar..
- Explique bem rápido!
- Eu pensei que ela fosse pular da sacada, então a retirei de lá e tranquei a porta, no segundo seguinte ela começou a entrar em pânico..
- Deem o fora daqui!
- Bambino? O que faremos com ele?
- Solte-o ele precisa preparar o jantar.
            Todos saíram do quarto deixando a mulher magra encolhida no canto.
- Passarinho? Há algo errado, conte para mim, pude ouvir sua voz em poucos momentos e isso me frusta!
           Giovanne se aproximou do corpo frágil que convulsionava, abraçou e levou para a cama, se deitou com ela e a aninhou a si, e continuava a falar de maneira gentil.
- Ninguém irá toca-la a menos que seja necessário, somente eu posso tocar você!
Sei que esta confusa passarinho, mas não faça nada a si mesma.....
Ele subiu a camisola fina e verificou parte por parte dela, havia um hematoma em suas costelas que mal haviam se curado.
Ele não resistiu e a beijou, ela não retribuía o beijo mas ele acreditava que com o tempo faria ela desejá-lo, a beijou como se estivesse no deserto e ela fosse a única capaz de matar sua sede, ele a saboreou uma e outra vez com a delicadeza nunca antes demonstrada, sempre que a possuía ele fazia questão de beija-la e tratá-la com respeito que ele jamais sentiu por mulher alguma, ele a banhou e penteou os cabelo, e a levou para a sala de jantar onde bambino acabava de colocar a mesa, quando os viu entrando, ele respeitosamente a baixou a cabeça.
- Senhor tenho permissão para falar com ela?
- A vontade.
- Senhora me perdoe pelo mal entendido, pensei que estivesse em perigo, desculpe me se a machuquei de alguma forma.
         Ela lentamente subiu os olhos para bambino e rapidamente escondeu o rosto no peito de Giovanne.
- Quando ela se sentir confortável vai falar com você.
         Ele ainda se sentia culpado quando abaixou os olhos e se retirou da sala de jantar.         
             Assim que ele saiu ela levantou os olhos e fitava a mesa sem ânimo, ele se sentou e a colocou no colo, dispensou o prato e puxou a bandeja com o peixe assado e legumes para perto, a fitou nos olhos e levou o garfo com pedaço de peixe aos lábios dela, ela o encarava sem piscar até que desistiu e abriu a boca, ele alimentou-a até que estivesse satisfeita, ela se recostava em seu peito e olhava tudo ao redor, no decorrer dos dias, se seguiram assim, ele não a retirava da propriedade, ele acreditava que ela nunca havia colocado os pés para fora do quarto sem que ele a carregasse, ele sempre voltava para casa o mais cedo possível para comer as refeições com ela.
             Ele precisou ir a uma reunião no fim de semana e não podia voltar para casa cedo, discou o número do Bambino que ele tinha certeza que seria o unico a cuidar dela sem intenções.
- Leve a para a sala de jantar e alimente-a, estarei aí em breve.
- Ok.
            Bambino subiu as escadas devagar, ao chegar a porta do quarto, bateu de leve. Ele começava a achar que ela era muda em todo o período que chegou ela nunca proferiu uma palavra, abriu a porta lentamente.
- Senhora?
             A mulher sobre a cama, se encolheu ao máximo na cabeceira da cama.
- O chefe está no trabalho, vai chegar tarde e você precisa comer!
             Ela o olhava desconfiada, como se entendesse mas o medo a mantinha vigilante.
             Bambino pegou as pantufas da mulher aos pés da cama e andou lentamente até estar próximo a ela que mal piscava, colocou no chão lentamente.
- Consegue andar?
             Ela olhou para as pantufas e para bambino, lentamente removeu os lençóis, e as calçou brincando com os pés.
- Vamos.
             Ele andava lentamente tentando não assusta-la, ela o seguia bem devagar ainda era dificil se locomover mas olhava tudo ao redor a pelo menos 5 passos de distância, ao descerem as escadas um dos soldados entrou com tudo, e a assustou rapidamente ela se escondeu atrás das costas de bambino e fechou os olhos como se pudesse se esconder do mundo.
- Acabou seu turno bambino?
- Você está assustando ela, de o fora!
        Rapidamente o soldado viu a silhueta de uma mulher frágil atrás de bambino, a camisola esvoaçava com o vento que entrava pela porta aberta, rapidamente o soldado correu, se lembrava bem do aviso do chefe.
- Senhora está tudo bem, e só o vento, vamos?
       Ele continuou andando e ela o seguia olhando para todos os lados ainda assustada.
             Ao chegar na sala de jantar ele colocou a salada e o frango assado dispostos em um prato, e colocou na frente dela, que comia delicadamente com as mãos, aguardou que ela terminasse e se dirigiu para a cozinha para terminar seu trabalho.
- Você precisa lavar as mãos.
        Ela o seguiu obedientemente, e lavou as mãos, se virou e sentou no mesmo lugar que ele lhe havia apontado que era o lugar do chefe, parecia uma criança que havia acabado de fazer arte, olhava a porta a cada 5 minutos e a cada trovão da tempestade que se aproximava ela se encolhia na cadeira.
              Bambino encerrou o trabalho e precisava aguardar até seu chefe chegar, assim a levou ao andar de cima e ligou a tv que se desprendeu do suporte no teto, ela se deitou e ele procurava por algo para distraí-la, selecionou um noticiário e deixou rodar enquanto se sentava na poltrona mais distante, resolvendo seus assuntos pelo celular.
            As 04:00 da manhã o Don chegou, bambino aguardou até que seu chefe adentrasse ao quarto, a mulher já havia adormecido a tempos.
- Como foi?
- Sem problemas.
- Ela comeu?
          Bambino acenou.
- Pode ir!
      Bambino curvou a cabeça e saiu silenciosamente.
      Giovanne subiu na cama de sentiu o cheiro da mulher, rapidamente seu corpo despertou, ele a beijou por todo o corpo, e ela abriu os olhos e o viu, rapidamente seus braços enrolaram no torço dele e ela colocou a cabeça em seu coração com lágrimas nos olhos.
- Sentiu minha falta?
     Ele ja estava se acostumando a não obter respostas, lá fora a chuva caia sem descanso, a mulher se mantinha agarrada ao seu corpo, como se ele fosse fugir a qualquer momento.
     Com o passar dos meses ela foi ficando cada vez mais faminta e sonolenta, dormia a maior parte do tempo, e ele a observava a desconfiança de que seu objetivo tivesse se realizado o deixou receoso.
      Deitada na cama em posição fetal ela dormia e ele a observava da poltrona próxima a cama, pensando se a atitude que ele havia tomado era a certa, ela havia passado por um trauma imenso qualquer pessoa inteligente sabia que precisava de ajuda psicológica, mas ele se recusava a expor a organização e por meios escusos que nem mesmo se orgulhava a faria voltar ao normal, a vulnerabilidade a fez ver nele seu algoz e salvador, ele acrescentou mais um a lista (síndrome de Estocolmo), a culpa o consumia por inteiro a cada dia, por não ter verificar quem ela é ,o aborto, ferrar a cabeça dela e o mais sujo de todos, o estupro ele queria abominar mas gostava a cada vez que dormia com ela, a maneira como ela reagia e ele, mas no fundo ele sabia que a estava usando da maneira mais suja que existia, usou seu corpo sem consentimento, no futuro ela o odiaria, mas ele não podia voltar atrás.
       Os dias se passaram ela ganhou peso, estava cada dia mais linda, os cabelos de um brilho intrigante, a barriga era quase imperceptível, o apreço dele por ela só aumentava, cuidava dela como se fosse o bem mais preciso.
            A noite enquanto dava banho nela, ele a parou em frente ao espelho.
- Não vê nada diferente?
      Olhos confusos o encararam e ela nada proferiu.
      As mãos dele foram ao ventre dela de forma protetiva, os olhos dela baixaram para o local e ela ficou atônita, lágrimas surgiram em seus olhos, o choro a quebrou, sua mãos desceram e ela ficou fraca nos braços dele.
            Sustentando o peso dela ele proferiu.
- Olhe para o espelho, veja você não está mais sozinha, tudo o que sente ele sente também.
         Ele a virou de lado para que ela pudesse ver a diferença perceptível em seu corpo, o choro se tornou alto, ele a aninhou em seu colo e beijou sua têmpora.
- Nn...ao há....bebe..... não minta , você o tirou.... de mim.....
           Seu choro era dolorido, mas ele ficou feliz ao menos havia conseguido gerar uma reação nela.
- Nosso bebê está aqui, eu vou garantir que tenha um ou quantos quiser....
      Eles terminaram o banho, ele a colocou na cama, e se sentou a sacada para fumar, estava ciente do problema que se meteu, prometido a uma mulher e havia engravidado outra, e quando descobrissem a merda ia ser grande mas não havia nada que ele pudesse fazer devia uma vida a mulher na cama e ao devolver o que foi tirado vinculou-se até o fim a ela e não gostava de dever nada a ninguém, se dissessem que ele um dia faria tal coisa, ele pensaria que a pessoa era louca.

OblívioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora