Correndo pela própria vida em uma floresta escura, Félix se vê prestes a sofrer nas mãos de um alfa que quer tomá-lo à força como seu. Mas, em meio a escuridão da noite, um lobo surge dentre as árvores, salvando o ômega de um futuro infeliz.
Ao...
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Pra quem gosta de imaginar bem roupas, acessórios e o que for pra eventos dos livros, dessa vez eu deixei lá no fim do capítulo pra ajudar. Não acho que consegui descrever com exatidão o que imaginei, mas me esforcei, é bem diferente descrever roupa tradicional de roupa da realeza, ainda mais masculina...
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Félix se olhou no enorme espelho que tinham deixado em seu quarto após ele dispensar toda uma comitiva preparada só para lhe auxiliar em sua preparação para o baile. As vestes feitas para si foram deixadas em sua cama, junto com sapatos ao pé do móvel. Já os tinha colocado e se fitava no enorme espelho com moldura em ouro puro disposto diante de si.
Sentia-se estranho? Sim, afinal, aquilo era diferente demais de qualquer coisa que já havia usado. Desde como o tecido caríssimo caía com perfeição através da calça, camisa social, colete e o blazer em seu corpo, até as cores em branco e azul bebê, tudo fora perfeitamente selecionado para que transmitisse a todos a beleza delicada que, culturalmente nos reinos daquele continente, era agregada aos ômegas, junto com os adjetivos de afável, comunicativo, sempre aberto e pronto para acolher todos aqueles que precisavam de si, como um ômega da realeza deveria ser, ainda mais o que todos a sua volta diziam ser o futuro ômega rei.
Havia um peso em suas costas, mas Félix começara a dizer para si que talvez devesse abraçar aquilo que parecia estar prestes a carregar, pois mesmo se sentindo estranho com a imagem que via no espelho de um ômega belo, de maquiagem leve e com os adornos de ouro bordados em cada cantinho das vestes caras junto as pedrarias, via alguém forte ali, ganhando coragem pelo que via que podia se tornar.
Queria ser companheiro de Hyunjin, como seus lobos já eram, e sabia que, para isso, teria um trono para aceitar no processo. Se encarasse essa ideia como uma possível realidade, como estava começando a fazer silenciosamente, queria que o reflexo que tinha do seu exterior também fosse o de seu interior. Queria ser de fato um rei amável, gentil e acolhedor, além de um rei justo.
Félix sorriu pequeno, passando as pequenas mãos nas vestes, percebendo em seu reflexo que seus olhos estavam azuis em tom vívido. Seu lobo estava feliz por ele estar tomando a iniciativa, por ele se permitir.
— Você está lindo. — O lobo dentro de si o elogiou, fazendo-o abrir mais o sorriso.
— Acha mesmo? — Félix sussurrou, levemente inseguro, não por não gostar do que via, mas por nunca usar algo tão elegante e que gritava por riqueza quanto seus trajes atuais.
— Sim, nosso alfa vai gostar muito. Tenho certeza.
Félix então se virou para a penteadeira por perto, focando nos detalhes finais: os acessórios. Foi a própria Yuqi quem escolheu para ele.
Anéis para as mãos com unhas feitas naquela manhã, brincos delicados e, para terminar, uma tiara tão delicada quanto.
Colocou os anéis e brincos, mas parou com a tiara em mãos, parecendo receoso por um momento. Acabou por dar um pequeno pulo no lugar e quase soltar o objeto ao ouvir alguém batendo na porta.
