Capítulo 18

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CELINA
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O carro parou e eu suspirei tirando o cinto de segurança, ele desligou o carro e também tirou o seu cinto. Ficamos em silêncio por um bom tempo, talvez esperando que o outro falasse primeiro, mas eu nem sabia o que dizer ou por onde começar, afinal foi ele que quis conversar.

Olhei para ele e o mesmo estava olhando para as próprias mãos, como alguém que estivesse nervoso com o que ia acontecer a seguir. Me endireitei no banco e fiquei ligeiramente de frente para ele que dessa vez levantou o seu olhar para mim.

_ Você não sabia mesmo que eu fui até sua casa?_ Perguntou quase sem voz.

_ Por que eu mentiria para você, Héctor? Tudo bem, eu não atendi suas ligações e nem ao menos respondi as suas mensagens, mas se eu soubesse que estava em minha porta eu jamais mandaria outra pessoa para atendê-lo!_ Falei tristonha e ele me olhou nos olhos.

Eu conhecia mais o Héctor do que ele a mim. Era doloroso demais saber que no fim de tudo, somente eu estava interessada em conhecê-lo, pois o que ele fez comigo da última vez, mostra o quanto ele não me conhece a ponto de acreditar que eu faria uma coisa dessas.

_ Você me deixa muito confuso, Celina!_ Falou passando as mãos em seu rosto em frustração _ Eu cometi um erro com você, sim, eu só queria sexo, mas eu não sabia que estava tão envolvida, achei que era só por pura diversão, eu não te dei esperanças!_ Falou e senti meu coração arder.

Eu te amo Héctor, eu sei que é um pouquinho difícil de acreditar, em tão pouco tempo, talvez eu esteja sendo radical, mas eu me apaixonei por você. Eu não achei que fosse apenas sexo, em minha cabeça estávamos fazendo amor e era muito sincero.

_ Héctor, você me magoou muito quando me tratou daquele jeito, depois de um dia maravilhoso que tivemos, você sendo carinhoso, qualquer mulher ficaria encantada!_ Falei o olhando _ Mas depois você mudou, foi rude, me tratou como se fosse uma qualquer, eu me senti usada, é a pior sensação do mundo, você sabia?_ Falei e ele bufou.

O silêncio pairou, era como se ele estivesse processando tudo o que eu havia dito, ele mal olhava para mim e eu só conseguia perceber que ele realmente não gostava de mim, eu fui fácil demais, não devia ter me entregado logo no primeiro encontro, deve ser por isso que ele achou que eu fosse como uma vadia.

_ Desculpa!_ Falou me olhando e eu o olhei surpresa _ Eu fui um filho da puta mesmo, não devia ter feito você passar por isso!_ Falou e eu não pude evitar um sorriso.

_ Tudo bem, já passou!_ Falei sentindo a felicidade preencher o meu coração.

Sem controlar os meus impulsos, eu o abracei, meio desajeitada por estarmos no carro, mas eu o abracei, ele demorou algum tempo para corresponder, mas logo rodou seus braços em mim e afundou seu rosto em meu pescoço. Eu sorria boba, estava me sentindo muito bem em seus braços, sentia falta do seu perfume, então fechei meus olhos e aproveitei aquele momento.

_ Eu vou te levar para casa!_ Falou ele e eu abri meus olhos saindo daquele meu transe.

Aos poucos me desvencilhei dele e mordi meu lábio, tímida, me sentindo tola por ter sido mais uma vez tão espontânea. Ele ficou olhando para mim e eu voltei a me sentir direito em meu banco, tentando conter a vontade que eu estava de voltar a abraçá-lo e beijar sua boca.

CELINA Where stories live. Discover now