Capítulo 56

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PALOMA
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Fiquei observando o Martim dormindo e dei um sorriso meigo ao me lembrar da noite de ontem, era claro o quanto eu amava ele, as vezes eu me perguntava se seria possível ama-lo muito mais, mas não há cabimento.

Beijei sua bochecha com leveza e saí da cama lentamente, caminhando nua em direção ao banheiro. Escovei meus dentes e logo entrei na box ligando o chuveiro.
Fora um banho bem demorado, uns trinta minutos depois, eu saí enrolada no roupão e andei até ao closet. Enquanto escolhia algo leve e ao mesmo tempo apresentável para me vestir, ouvi o chuveiro ser ligado, indicando que ele também já havia acordado.

 Enquanto escolhia algo leve e ao mesmo tempo apresentável para me vestir, ouvi o chuveiro ser ligado, indicando que ele também já havia acordado

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Terminei de me arrumar e deixei o meu cabelo solto, com os cachos bem bonitinhos e acima de tudo bem cheirosos, tal como o Martim gosta.
Hoje os pais dele viriam jantar aqui em casa, e eu teria que sair com a Teresa para fazer algumas compras, para a receita que ela faria.

Teresa era a empregada aqui de casa, uma mulher de trinta e cinco anos, muito doce e gentil, ela é casada há quinze anos e tem dois filhos que estão morando na Holanda com os avós, pais dela e uma tia, irmã mais nova dela.
Acabamos nos tornando melhores amigas, ela era uma boa ouvinte e tinha sempre bons conselhos, perto dela eu me sentia muito bem, era como se fosse uma irmã mais velha para mim.

Apesar do Martim não aprovar muito essa nossa aproximação, porque segundo ele, ela é apenas a empregada e eu deveria me colocar no meu lugar de patroa, ela era a minha companhia, pois eu só ficava dentro de casa, totalmente entediada. Além disso, eu sentia falta da minha casa, do meu bairro, aqui era tudo muito calmo, e as pessoas eram esnobes demais.

Fiquei sentada na cama, esperando ele terminar de se arrumar para irmos tomar café da manhã juntos, como faço todas as manhãs.

_ Está lembrada que os meus pais virão jantar hoje, não é?_ Perguntou saindo do closet já arrumado e colocando o relógio de pulso.

_ Sim..._ Falei me levantando da cama _ Inclusive irei com a Teresa às compras depois do café..._ Falei simples endireitando a gola de sua camisa.

Ele respirou fundo e ficou me olhando em silêncio, apenas me analisando e eu fiquei tensa.

_ Como assim?_ Perguntou e eu levantei o meu olhar.

_ Ontem eu te pedi, lembra? E você deixou!_ Falei e ele franziu o cenho _ Para que eu me certifique que ela está comprando as coisas corretamente!_ Falei persuasiva.

_ Você não vai!_ Falou decidido e saiu na frente para fora do quarto.

Bati o pé no chão em reprovação, e saí quase correndo atrás dele que já estava alcançando as escadas. Qual o mal de ir às compras? Eu já fico a semana inteira trancada aqui, hoje é domingo e também não posso sair.

CELINA Where stories live. Discover now