Novos amigos?

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Estou em aula neste momento, estão sendo apresentados dois novos alunos uma garota chamada Rebeca e um garoto chamado Theo, o professor manda eles se sentarem e eles se sentam justo ao meu lado.

– Oi garota tudo bem, me chamo Rebeca e você? - fala ela se sentando

Serio que ela já tem essa facilidade toda pra fazer amigos? Ainda mais em uma escola onde ela é uma aluna nova.

Logo depois o garoto ao lado dela sussurra - Rebeca e se ela for surda e muda? ela não respondeu a gente até agora, e só está olhando pra a gente com essa cara de tonta.

– Oi me chamo Lua, e respondendo o garoto ao seu lado, não sou surda e nem muda.

Theo olha diretamente em meus olhos e responde – Lua como a Lua?

– Lua como a lua - respondo rindo.

– Deixa ela em paz Theo, seu nome é muito bonito Lua! - a garota abre sua bolsa e pega seu caderno colocando em cima de sua mesa – O que acha de nós três sairmos depois da aula? - fala ela.

Nunca ninguém tinha me chamado pra sair depois da aula, fico um pouco incomodada com essa mudança, além disso não lido muito bem com coisas novas.

Eu aceito o convite, e fico bem feliz.

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Ultima aula e o amigo de Rebeca não parou de olhar pra mim até agora... tentei de várias formas distrair ele para olhar para outro lugar, mandei até um bilhetinho para ele dizendo:

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Garoto que eu mal conheço por favor pare de olhar para mim, não consigo prestar atenção na aula com alguém me olhando do jeito que você me olha.

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Tentei, mas não deu certo.

O sinal bate, saio com Rebeca e Theo e fomos tomar uma sorvete.

Pedi um de chocolate com flocos, Rebeca pediu um de morango e Theo pediu um de baunilha.

Sentamos um pouco até que vejo Lucas com uma senhorinha passando na rua, me pergunto se é a mãe dele?

Sinto vontade de chamá-lo mais fico com uma grande timidez, logo Theo me chama e esqueço um pouco de Lucas.

– Lua qual é o seu tipo? - ele pergunta olhando fixamente em meus olhos.

Confesso a mim mesma que eu não esperava essa pergunta.

– Theo? que tipo de pergunta é essa - reclama Rebeca.

– Não Rebeca, tudo bem.. Theo eu não sei qual é o meu tipo... mas gosto de meninos altos, loiros, românticos e outras características.

Ele fica um pouco em silencio, eu queria saber o que ele esta pensando.

Creio que já está um pouco tarde e preciso ir, comento isso com eles e vamos embora.

São 19 horas da noite e alguém toca minha campainha fico curiosa para saber quem é, minha família quase nunca recebe visitas.

– Mãe! esta esperando alguma visita?- eu grito – Não filha!

A campainha toca novamente e vou abrir a porta.

– Theo? 

– Oi Lua! - Parece que ele correu quilômetros pra chegar aqui, ele parece estar diferente.

-Oi Theo! você está diferente o que fez de novo? O cabelo!! você está loiro Theo?? - falo isso dando gargalhadas.

– Gosto? posso entrar? está o maior calor aqui fora - ele me afasta um pouco da porta e entra.

Não estou entendendo direito o que ele está fazendo, mas neste momento ele está tirando a camisa, começo a ficar com um pouco de vergonha confesso. Logo depois ele me da um abraço.

– Theo como você sabe onde eu moro? me seguiu? - eu pergunto.

–  É um segredinho Lua - fala ele me cumprimentando com sua mão.

– Não é querendo ser chata Theo mais o que você veio fazer aqui?

–  Só queria te ver Lua.

Isso foi bem estranho, espero que ele não esteja querendo nada de mais.

– Theo preciso ir dormir... amanhã preciso acordar cedo para ver uma pessoa.

– Lua, Lua, Lua se dormir é agradável, imagine como isso seria ao meu lado.

Dou uma gargalhada tão grande que minha mãe ouve e vem ver quem é.

– Filha? quem é esse moço na nossa sala sem camisa? - ela olha pra ele sem entender nada.

– Você é a mãe da Lua? teve a quem puxar - fala ele com um sorriso no rosto.

– Sim - responde ela rindo - Amigo da minha filha quer ficar para o jantar? - ela pergunta.

– Não mãe! ele precisa ir embora, a família dele deve estar preocupado.

-NÃO NÃO ! eu fico se for pelo bem de todos - fala ele olhando para mim.

Na verdade, não tinha percebido como os olhos de Theo são tão mais azuis que os de Lucas.

Minha mãe vai para a cozinha e ele vai junto puxando a minha mão.

– Theo me ajude a me apoiar na cadeira para pegar umas vasilhas, não me deixe cair por favor.

Ele me ajuda a subir na cadeira e sussurra baixinho em meu ouvido – Não se preocupe Lua, eu vou te apoiar em tudo ; no balcão, na mesa, no sofá, ate na cama se quiser.

Eu escorrego e caio da cadeira, depois dessa não aguentei.

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