Um nao desfecho? parte 2

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----- Visão de Selena -----

Enquanto corro penso porque papai teria uma arma de verdade dentro do seu quarto.
Não entra na minha cabeça.

Depois que eu acidentalmente atirei no garoto eu corri, eu só corri, sai da escola e eu posso dizer que eu me perdi completamente.

Eu não sei onde estou, é estranho pq eu sempre conheci essas ruas. Eu devo ter andado tanto que nem percebi eu desviando os caminhos de casa.

Está escuro, mais a rua está movimentada pelos carros.
Ando normalmente como se eu não tivesse uma arma dentro da minha bolsinha.
Espero que o tiro não tenha doido..
Tiros doem?
Acho que não
Espero que não...

Eu continuo andando, até que percebo que um morador de rua nada arrumado começa a me seguir me chamando - "Ei garotinha"... Está perdida? Posso te ajudar se quiser - Aumentou seus passos.

- Obrigado senhor, mais não preciso de ajudar, e fui ensinada a não falar com estranhos então por favor se retirasse.

O homem tentou pegar no meu braço, mas consegui desviar levemente - Ai senhor não sei o que você está pensando mais eu não sou uma garota desprotegida.
Eu acabei de atirar num garoto acidentalmente e não vou tentar pegar leve com você - Disse isso tudo, e porfim me afastei dele.

Ele ri e começa a andar devagar deixando eu ir.
Começo a entrar num lugar cheio de casinhas pequenas e com a rua estreia e nada limpa.

Percebo passos atrás de mim, olha pra trás e começo a me tremer de medo.
Ele ainda me segue sem nem se esforçar pra se esconder

Olho pra frente aumentando meu passos, e ele aumenta os dele.

Pego minha bolsinha e abro o zíper tirando a arma da bolsa e deixando a bolsa cair no chão levemente.

- Se der mais um passo eu atiro - Digo com a arma apontada pra ele.

Eu ele começa a abrir um sorriso não acreditando que estou com uma arma de verdade - Assim garota - Deu mais dois passos leves na minha direção - Se fosse uma arma de verdade eu até teria medo..

Levanto a arma pra cima e disparo fazendo um barulhão

Ele congela mais contínua andando lentamente - Você não tem coragem de atirar numa pessoa de verdade né garotinha?

- Que apostar? - Com minhas mãos tremendo eu consigo abaixar a arma em direção a perna dele e ao mesmo tempo pensando se sou capaz de atirar mais uma vez numa pessoa.
Vou ouvir gritos novamente?
Odeio isso..
Mais o barulho é bem legal

Ele aumenta seus passos me dando um susto e logo apertei o gatilho.

Por que não fez o barulhão...?

Eu começo a andar pra trás e ele pra frente.

MERDA MERDA MERDA.

Aperto o gatilho de novo.
Ainda não barulho...

Apertei mais de três vezes e nada, escuto um barulhinho pequeno e curto.

-Pelo jeito a arma era de verdade garotinha? Mais creio eu que aquela era sua última bala.. quando você atirou no céu gastou sua única bala, posso dizer que sou um cara sortudo não? - Ri.

Deixo minha bolsa pra trás correndo com a arma na minha mão.
E como o espero ele corre atrás de mim esperando me pegar.

Quais são minhas chances?
Começo a olhar a minha volta procurando coisas que eu tenho ao meu favor

Uma arma sem munição
Um cara louco correndo atrás de mim
Minhas roupas
Um relógio
Uma pulseira
Um gato preto
Uma lata de lixo
E..

Não imagina logo agora ser puxada pela minha mão e ser jogada pra longe.
Eu caio no chão. Quando ele começa a vir pra cima de mim eu pego a arma e bato com força na cabeça dele.

Ele grita e logo vai levantar sua mão pra me bater, mais adivinha?

Ele grita, não de raiva e sim de dor.

Ouço um barulho, um rugidinho de gato.

Abro um sorriso olhando pra perna do homem.
O gato praticamente prendeu seus dentes na perna do cara.
Vejo até sangue escorrendo pela sua perna.

O gato é muitoo preto, seus olhos são mais pretos ainda.
É como se fosse um buraco negro, você olhando de cima você não consegue saber o que tem no fundo.

O homem tenta se soltar do gato, dando um tapa nele. O gato para de morder sua perna com o tapa e pula bem ensima da cara do senhor arranhando todo seu rosto.
E ao mesmo tempo Miando muito alto como se estivesse com muita raiva também.

Então me levanto e começo a correr pra frente, muito pra frente

Mais paro imediatamente

Papai sempre me disse que gatos pretos dão sorte, e são perversos.
Mais nunca concordei, é um gato, e afinal gatos brancos e pretos deveriam ser tratados com o mesmo respeito.

Ele me ajudou e não poderia deixar ele sozinho, o homem com certeza mataria ele.

Corro pra voltar e percebo que o homem conseguiu pegar ele e com uma pedra na mão pra com certeza atirar na cara do gato.

Vou até a lixeira e a tampa do lixo é feita de metal, pego ela e corre na direção do homem dando um golpe na sua cabeça.
Eu esperava o barulho como um tiro, mais não rolou.
O senhor cai no chão e saio correndo esperando que o gato corra pra outra direção, mais ele corre comigo, do meu lado.

Gostei dele...

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