𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄 ✦ ʜᴏᴜsᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴ

Capítulo 39

Os guerreiros se juntaram, prontos para criar uma distração.

Quando o sino tocou, o Terror Sombrio sobrevoou tão rápido a muralha de King's Landing que era impossível o acompanhar.

Seu olhar percorreu pela a cidade, vendo que Otto tivera feito um bom trabalho em consertar as Torres e a muralha.

Alecsander apostava sua vida que Arkin tivera ajudado, afinal de contas, ele tinha o povo livre ao seu lado.

Os comandos se intensificaram, e os cavaleiros estenderam suas armas para o dragão.

Arkin apareceu entre eles, erguendo a mão para que não atirassem.

Alec pousou na frente deles com Drake, descendo de sua cela.

Seus cavaleiros ficaram atrás dele, Aemond ao seu lado. Tivera chegado primeiro na reunião, buscando ver qualquer tipo de armadilha.

Nada.

— É uma honra vê-lo outra vez — ironizou Arkin.

— Não posso dizer o mesmo — rebateu Alec, áspero e certeiro.

— Wow! — ergueu as mãos, arregalando os olhos em diversão. — É deveras atrevido, nossa mãe nunca te ensinou a respeitar um rei?

— Apenas os que merecem respeito — retrucou. — Mas não é por isso que estou aqui.

— Eu tenho que dizer, fiquei animado quando recebi sua confirmação nessa reunião em família — deu um passo a frente.

Aemond segurou o cabo da espada, pronto para agir. Alecsander ergueu a mão, o impedindo e se aproximando do diabo.

— Meu julgamento — começou. — Do que mesmo estou sendo acusado?

— Acusado de Regicídio — respondeu, sorridente. — Você tem uma fama e tanto, mesmo não sendo o primeiro filho.

— Você por outro lado — alfinetou o cacheado, vendo o sorriso estúpido de Arkin vacilar por um segundo.

— Você tem três malditos dias para o julgamento — avisou o mais velho, se distanciou. — Falando nisso, sinto muito pelo o nosso irmão. Ele parecia agradável.

— Meu irmão, não seu — corrigiu, negando-se para o fato.

— Não seja malvado, você fica ainda mais cruel — recitou, se distanciando. — Mas não se preocupe, eu te trouxe um presente.

Ele estalou os dedos, e do alto da muralha, uma silhueta apareceu.

O saco de sua cabeça foi tirado, e Jacaerys apareceu.

Os guerreiros levantaram suas espadas, e os selvagens fizeram o mesmo.

— Eu o encontrei a caminho de Cregan Stark! — exclamou o mais velho, parecendo ter ganhado um torneio. — Devo agradecer meus homens por isso.

Alecsander desviou o olhar de Jacaerys, não expressando seu medo.

Aemond sentiu a garganta fechar, vendo sua mãe — Alicent — e seu avô — Otto — subir na muralha.

Merda! Era uma armadilha.

— O que você quer, Arkin? — perguntou de uma vez, seus dentes trincando.

— Você — rebateu. — Ou melhor dizendo, sua vida.

— Não precisa dela, basta eu renunciar o Trono de Ferro e ele será seu — retrucou.

— Por mais que seja tentador, nossa mãe ainda vive, e se ela vive, você não pode viver — balançou sua bengala. — Compreende?

— Foi por isso que matou Lucerys? — perguntou. — É por isso que me chamou aqui? Para que eu veja outro de meus irmãos morrer?