Capítulo 40

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— Você viu quando meus filhos caíram do céu? — perguntou o cacheado, entrando desesperadamente em seu quarto.

Sir. Erryk ficou encarregado de falar com Daemon sobre o que aconteceu.

Sobre Jacaerys.

— Alecsander — tentou o caolho.

— E meu irmão... — sentiu a garganta fechar, estava tendo um ataque de pânico. — Sete infernos!

Aemond o segurou, prendendo os braços do garoto no abraço para que ele não pudesse se machucar.

— Por favor, não se machuque — sussurrou o homem, sua voz suave.

— Eu não posso, Aemond! Eu não consigo mais — soluçou, tentando se soltar do braços do outro. — Eu não sei o que fazer. Dói. Isso dói muito!

Ofegou, sentindo sua visão ficar embaçada.

Aemond se afastou minimamente, agarrando seu rosto e o beijando suavemente.

Gentilmente.

Amorosamente.

Ele sabia o que estava acontecendo, o pânico fazia seu garoto ficar em uma espécie de terror.

Então ele desceu suas mãos para os braços do garoto, puxando-o e o afastando para guiá-lo.

Alecsander estava confuso, já não lacrimejando mais. Apenas fungando quando Aemond se inclinou.

— Concede essa dança? — perguntou.

E o cacheado subiu minimamente o canto dos lábios, aceitando a mão dele em relutância.

O platinado o girou, logo os aproximando e pondo seus braços na cintura do garoto.

Alec riu suavemente, ouvindo Aemond recitar a letra da música baixinho em seu ouvido.

Isso era amor?

Outro rodopio, fazendo os se aproximar ainda mais. Suas mãos levantadas, sem se tocar.

Eles giraram, o príncipe caolho ainda sussurrando a canção. Mais um giro e seus dedos foram entrelaçados, seus rostos próximos e quase se tocando.

Alecsander se afastou, lembrando que não era isso que Aemond queria. Ele iria respeitar.

O garoto virou de costas, indo até a mesa de vinhos.

— Eu te amo — Aemond soltou, escapando de seus lábios.

O silêncio pairou no local, e o cacheado se virou para olhá-lo.

— Amor? — sussurrou. — Eu achei que tivéssemos combinado de não nos apaixonar.

Aemond suspirou fundo, sentindo o peito apertar. Ele não era bom com palavras, mas sabia de uma coisa que talvez ninguém soubesse.

— Eu te amo — ele repetiu.

— Não precisa fazer isso, Aemond — sorriu suavemente. — Não é só porque estou de luto que precise fazer sacrifícios.

O platinado sentiu as palavras engatarem em sua garganta, mas não ousou voltar atrás.

Eu te amo, Alecsander — respondeu. — Eu sou seu.

Alec engoliu em seco, o analisando.

Quando pensou que não era pena que o caolho sentiu, ele correu até o príncipe, beijando-o com paixão.

Aemond retribuiu, deixando que seus sentimentos escorregassem pelo o beijo.

Suas mãos puxaram Alecsander pela a cintura, colando seus corpos. Mas permaneceu alheio a qualquer outro tipo de afeto mais profundo.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄 ✦ ʜᴏᴜsᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴWhere stories live. Discover now