Meu chefe odioso

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Lou Lufan foi embora da cidade em que viveu muitos anos de tristezas e também, de um certo modo, de felicidade. Apesar do coração e alma dilacerado, mesmo desejando por um fim a tudo, lembrou-se que havia mais alguém que deveria amar e proteger.

Suas mãos involuntariamente, massageou sua barriga plana e sexy. Lágrimas amargas rolou por sua face, na qual limpou com fúria.

Nesse momento, jurou aos céus que jamais daria seu coração novamente a alguém que não o amasse de verdade.

A dor que estava sentindo agora, faria Mo Qilan senti-la também um dia.

Quanto a família Lou... eles cuspiriam tudo o que comeram!


Lou Lufan escolheu uma cidade pequena do interior, lugar ideal para que pudesse ter seu filho longe daquela gente,(referindo-se a Mo Qilan e sua família, se é que se pode chamá-los assim).

Por serem gananciosos, talvez viessem atrás dele para pegar dinheiro ou forçá-lo a casar-se a quem oferecesse mais. Já conhecia muito bem os truques feitos por eles. Escapou muito de casamentos arranjados por seu tio mais velho, na esperança de se juntarem a famílias extremamente ricas, de olho na beleza de um ômega único e valioso, nas palavras daqueles hipócritas. 

A primeira tentativa de casá-lo, foi quando ele tinha apenas sete anos de idade.

Eles eram monstros!

Livra-se desses escórias era a coisa certa a fazer no momento. Vingar-se deles, ficaria para outra hora. No momento, tinha prioridades. Essa, estava em seu ventre e logo viria ao mundo.

Viveria escondido por um tempo. Depois, encontraria um trabalho na sua área e voltaria a atuar na sua profissão.


Antes de procurar um emprego nesse lugar pequeno, a primeira coisa que fez foi torar, literalmente seu lindo cabelo e colocar um óculos, daquele tipo, fundo de garrafa para se disfarçar. Assim, ninguém olharia duas vezes para ele e nem tentaria abusar dele, como já aconteceu em seu passado conturbado.

Deu uma dor no coração quando viu os fios dourados caídos no chão.

Voltaria a tê-los comprido quando pudesse se defender sozinho e não precisar se disfarçar novamente.

O pouco dinheiro que tinha em sua conta, alugou um pequeno quarto, colocou uma aliança falsa no dedo e foi procurar um emprego.

Seria um pouco difícil para ele sendo um ômega e ainda por cima grávido que não foi marcado.

O bebê sofreria um pouco por falta dos feromônios do pai. Mas, tentaria outras opções. Havia alguns remédios que ajudavam os ômegas abandonados nessas situações, principalmente os marcados, desprezados por seus companheiros, não marcados e grávidos.

Ainda bem que a sociedade mudou. Ou quase.

Antes, os ômegas não tinha o direito de estudar em escolas ou mesmo trabalhar fora. Só eram usados para parir e cuidar da casa e nada mais.

Eram troféus para suas famílias e maridos. Existiam apenas para isso, sem qualquer tipo de identidade que não fosse essa.

Devido a uma lei criada anos antes, foi possível que os ômegas, escondidos por suas famílias como parideiras em potencial, vendidos para pessoas muitos ricas, se libertassem e vivessem como qualquer pessoa normal.

No entanto, na sociedade atrasada que era essa, os alfas arrogantes por natureza, não queria que seus belos troféus escapassem de garras e muito menos que tivesse qualquer tipo de liberdade. Muitos casos de mortes de ômegas foram relatados e abandonos sem fim dos mesmos.

Be My Only Love(omegaverse)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora