Case-se comigo!

16 3 7
                                    



Quando Lou Lufan acordou, três dias haviam se passado e já era noite. Fraco e grogue devido a doença e seu estado mental, coisa que nunca havia acontecido com ele antes, notou primeiramente que não estava em sua casa. Seu coração pulou para a garganta. O medo fez com que seu corpo gelasse.

Desconfortável com o calor que sentia em seu corpo, logo percebeu que seu estro estava chegando. Talvez a sua doença foi o início do estro que ignorou por anos, afetando negativamente seu corpo. Sua glândula estava pulsando e também seus feromônios já permeava o ar da enfermaria.

Havia esquecido de tomar o medicamento desde o dia que adoeceu.

Esses medicamentos, tomados por muito tempo, sempre deixava sequelas inimagináveis em cada ômega.

Mesmo correndo todos os tipos de riscos devido os componentes desses medicamentos, todos os ômegas oprimidos os tomavam, sem se importar com os resíduos em seus corpos. Suas liberdades eram mais importante. As consequências, eles eram fortes para lidar. Porém, a medicina estava bem avançada e seria muito simples resolver esse problema.

Ninguém sabia onde ele escondeu inibidores. Nem mesmo seus adoráveis bebês.

Lembrando-se deles, procurou freneticamente seus filhos e com alívio, os notou dormindo em uma cama ao lado da sua. Eles pareciam dois anjos louros e lindos dormindo.

Ele respirou fundo para acalmar o coração que batia desenfreado. No entanto, esse órgão se recusava a fazê-lo.

Sem forças, voltou a deitar na cama.

Só quando as crianças acordassem, lhe daria as respostas que tanto procurava.

Por enquanto, teria que recuperar as forças para poder continuar se escondendo e lutar para que seus filhos fossem felizes.

Nunca se permitiria ser capturado pela família Mo e Lou.

Nunca!

Por ironia do destino, estava fadado a ficar a mercê de alguém que tinha profundo medo.

Perdido em desejos e planos para o futuro, não viu o ser de todos os seus medos, sentado em uma cadeira do outro lado do quarto, num canto onde pouca luz batia, olhando-o atentamente, com muita fome e desejo.


Um barulho do farfalhar de roupas despertou Lou Lufan de seus pensamentos desenfreados.

A primeira coisa que viu foi aquele rosto escupido por um cinzel, enfeitado com aqueles olhos frios e brilhantes, parecendo prata liquida, quando ele se inclinou um pouco e seu rosto foi iluminado. E quando ele se levantou, sua altura o suprimia, já que sua estatura era mediana para um ômega.

Alfas geralmente eram altos. Mas esse alfa em questão, superava qualquer outro. Sem falar na aura sombria e fria que o cercava, sinal evidente que ele não deveria ser, em hipótese alguma, desafiado. Ele parecia ser um predador, em busca de sua presa.

Sua aura era tão forte que, além de pressionar as pessoas, havia aquele cheiro que era liberado por ela, parecido com sangue.

O alvo desse predador, nesse caso, Luo Lufan, engoliu em seco, tentando respirar. Só que o medo que sentia dentro de si, não o permitia.

Os feromônios liberados por ele, tentava de todas as formas se impregnar em sua pele, quase como se fosse uma invasão à força, um estupro não consentido. Doía para cacete também. Não havia maneira alguma de expulsar esse feromônio poderoso e sua invasão. Todo seu corpo queria ceder a esses feromônios e ficar submisso a eles e rolarem entre os lençóis, como animais no cio que eram. Porém, Lou Lufan não cederia tão fácil sem lutar.

Be My Only Love(omegaverse)Where stories live. Discover now