XXXVIII - Reflexões

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02/05/1888 - Sábado

- Hm...

Minha visão ainda estava meio embaçada, meu corpo leve, e os olhos ainda pesados.

Eu realmente dormi bem...como não dormia a um bom tempo.

- Bom dia.

- AH?!

Tomei um susto, me desequilibrando!

Sebastian me segurou, antes que pudesse cair da cama. Ele estava de pé, já vestido, olhando para mim.

Eu, estava NUA!

As lembranças da noite passada começaram a voltar!


"As mãos de Sebastian já haviam viajado de todas as formas, por todos os lugares."

"A tal ponto, estávamos uma bagunça. Minha camisola estava perto de cair, suas calças estavam amarrotadas e minhas coxas molhadas...por sua saliva."


Senti meu rosto queimar, meu corpo todo arrepiar e tudo pareceu virar uma bagunça dentro de mim!

Merda, merda! Que vergonha!

Engoli em seco e, enquanto surtava internamente, percebi que Sebastian continuava me encarando. P-precisava pensar em alguma coisa!

Engoli em seco.

- Desde quando você está aqui?

- A um bom tempo.

- EM?! D-digo, por quanto eu dormi?!

- Não se preocupe. São seis da manhã.

- A-ah, aham...entendi.

Dei uma pequena olhada em volta e reparei um pouco mais em meu corpo, vagamente coberto pelo lençol em algumas partes, mas não o suficiente para esconder toda a minha nudez. Me enrolei no lençol o mais rápido que pude.

Sebastian continuava lá. Parado. Me encarando.

Eu, e-eu PRECISO sair daqui!

Ainda agarrada nas cobertas, me levantei o mais rápido possível!

- Eu preciso me arrumar!

- Mas, hoje não teremos reuni...

- Ah não, nós temos muito o que fazer! Provavelmente Bard precisa de mim para fazer o café da manhã! - Corri até meu armário e peguei meu uniforme. - Mey-Rin também vai querer minha ajuda para limpar a sala de música! Sabe como ela é! - Tentando me vestir por cima dos lençois, andei meio destrambelhada até minha penteadeira, pegando minha escova de cabelo, que estava podre. - Sem falar do Finny!

- A senhorita quer que eu...

- NÃO LEVANTA! Q-quer dizer, n-não precisa levantar! - Com MUITA dificuldade, vesti meu uniforme, mesmo sem conseguir fechar o zíper atrás. - Eu vou ao banheiro!

- O zíper de seu vestido está aberto. Venha aqui, eu posso fechar.

- Não precisa! Estou indo! Bom di...

Senti algo segurar meu punho.

Em segundos, ele estava de pé, em minha frente. Segurando meu punho.

MERDA!

- Eu entendo o nervosismo, mas não há necessidade disso. Afinal, - Sua boca se aproximou de minha orelha. - não há nada aqui que a senhorita já não tenha visto...ou eu não tenha visto que, inclusive, - Seus mãos correram a minhas costas, alcançando o zíper de meu vestido. - é lindo.

Serva Infernal - KuroshitsujiOnde histórias criam vida. Descubra agora