14 - Arquivos, Armas e Chupetas

268 25 16
                                    

Bebês são adoráveis e sempre trazem alegria para o ambiente em que estão. Mas se há esse lado bom, também há um lado ruim, independente da idade. Talvez ruim não seja a palavra, acredito que a palavra correta seria cansativo. E Natasha estava experimentando esse lado.

Peter era um bebê sorridente, carismático e fofo. Extremamente fofo. E a ruiva adorava dizer isso enquanto apertava as bochechas do pequeno. Mas também era espoleta, bagunceiro e manhoso. O garoto parecia ligado no 220V, não parava um minuto.

Fazia menos de 24h que ela estava cuidando sozinha de Peter e já estava esgotada.

Natasha tomou para si a responsabilidade total de cuidar de Peter, ela não confiava em todos naquela agência, tinha medo que a KGB pudesse estar atrás de Peter assim como estava atrás de seu pai. Ela prometeu para Reymond que protegeria o menino, e era isso que ela faria. Até que Nick mudasse sua identidade e o entregasse para o sistema de adoção, ela quem tomaria conta de Peter.

- Sai daí, Peter - Natasha dizia pela milésima vez enquanto se levantava para tirar o menino que tentava entrar dentro do guarda-roupa

A ruiva estava sentada em sua cama estudando o perfil de seu próximo alvo enquanto cuidava de Peter.

- Olha só esse carrinho legal que a Maria comprou pra você - Natasha disse sentando o garoto no carpete do quarto - Brinca com ele, toma - colocou o brinquedo na mão dele, Peter não deu a mínima, empurrou o carrinho e tratou de se levantar logo indo em direção ao guarda roupa novamente - Não, Peter! - a ruiva o repreendeu, dessa vez aumentando seu tom de voz - Lá não pode!

Peter fez um beicinho e encheu os olhos de lágrimas. Natasha sentiu o coração doer por ter brigado com o garoto, mas ela sabia que precisava ser pulso firme ou o menino ainda poderia acabar se machucando e ela não terminaria de estudar seus arquivos.

- Não chora - Natasha disse mas já era tarde demais - Você tá cansado de ficar preso aqui no quarto, não é? - perguntou pegando o menino no colo - Se você ficar quietinho aqui comigo eu consigo terminar de estudar esses arquivos e aí a gente pode sair pra dar uma volta, o que acha? - propôs e Peter pareceu entender, já que ele abriu um pequeno sorriso ainda com os olhos cheios de lágrimas

Licópitero - Peter falou batendo palminhas e a ruiva riu, até então, o lugar que o menino mais havia gostado era o terraço onde ficava um dos helicópteros da agência

— Certo, daqui a pouco vamos ver o Helicóptero

Romanoff sorriu e se sentou com Peter na cama. Enfiou a chupeta em sua boca e lhe deu uma caneta e um pedaço de papel para que ele pudesse rabiscar.

— Se eu soubesse que ia funcionar tinha feito isso antes - pensou em voz alta vendo que sua solução havia funcionado, Peter se entreteu riscando a folha e então Natasha pode finalmente prestar a atenção em seus arquivos

***

- E agora? - Maria questionou após Aram sair da sala - Não podemos entregá-lo para um orfanato, ele pode vir a ser um perigo não só para a família que o adotar mas para ele mesmo quando crescer, sem contar na possibilidade dele cair em mãos erradas e o transformarem em uma arma

Fury tinha essa mesma preocupação. Peter não poderia ficar pra sempre na agência mas também não poderia ser adotado por uma família que não entenderia e nem saberia como lidar com a situação caso ele venha mesmo a desenvolver algum tipo de anomalia quando crescer. Eles também tinham que ter um pé atrás com a KGB em relação a Peter, Reymond estava morto, mas seu filho não. Eles com certeza adorariam colocar as mãos no garoto, principalmente se descobrissem que ele é um meta humano.

Segunda Chance | BlackHillOnde histórias criam vida. Descubra agora